Lula converte Haddad em azarão com cara de favorito


Ricardo Stuckert

Por Josias de Souaza - Folha Online
Divulgado neste sábado (10), o último Datafolha injeta na eleição municipal de São Paulo um quê de 2010.

Os dados da pesquisa conferem a Fernando Haddad, o candidato novato do PT, uma aparência de surpresa esperando para acontecer.

Haddad frequenta a sondagem com índices de intenção de voto ainda miúdos: entre 3% e 4%. O grosso do eleitorado (63%) não o conhece.

Ao lado desses índices, o grande trunfo do desconhecido: praticamente metade dos paulistanos (48%) admite votar no nome indicado por Lula.

Quer dizer: se não protagonizar nenhum grande vexame pessoal, Haddad sobe ao ringue com um potencial de crescimento nada negligenciável.

Visto como a principal ameaça a Haddad, o tucano José Serra aparece na sondagem do Datafolha em situação diametralmente oposta.

Velho conhecido do eleitorado, Serra ostenta um percentual de largada de 18%. Favorito? O índice de rejeição do grão-tucano responde: não.

Nada menos que 35% dos entrevistados declaram que não votariam em Serra de jeito nenhum. Ou seja: são limitadas as chances de crescimento de Serra.

De onde vem tamanha aversão? Um palpite: eleito prefeito, Serra abandonou o mandato pelo meio para tornar-se governador de São Paulo.

Ninguém desconhece que Serra sonha com o Planalto, não com a prefeitura. O eleitor não parece disposto a ser ludibriado pela segunda vez.

Neste sábado (10), Serra reafirmou que não será candidato. Supondo-se que fala sério, Haddad terá um rol de antagonistas inexpressivos como ele.

Nenhum candidato obteve mais do que 20% no Datafolha. Os mais bem postos são Celso Russomano (20%) e Netinho de Paula (15%).

Ambos devem os percentuais à visibilidade que obtiveram fora da política –Russomano como pseudodefensor dos direitos do consumidor. Netinho como pagodeiro.

A despeito dos ares de celebridade, o histórico de Russomano e de Netinho não os recomenda como portentos eleitorais.

No mais, desfilam sobre o tabuleiro de São Paulo nomes sem expressão –uns mais outros menos que Haddad. Porém...

...Porém, só Haddad dispõe da matéria prima que o eleitor parece valorizar: o apoio de Lula. Algo que, indica o Datafolha, pode fazer a diferença.

Retorne-se ao início: em São Paulo, 2012 pode ter um quê de 2010. Lula converte Haddad em azarão com cara de favorito. Uma espécie de versão municipal de Dilma.

Comentário: Faz tempo que essa história se repete. No tabuleiro político da América Latina, os piores estão sempre nas alturas. 'Demonstramos aqui no blog, como se faz esse circo na praça. Não é possível que nos últimos tempos o povo tenha preferência por ladrões, cafajestes que dão surras em mulheres e incompetentes. Deve existir acertos secretos com esses institutos de pesquisas. O Lula nunca topou comparecer onde estivesse a multidão - nos jogos Panamericanos, vimos a sua grandiosa popularidade ao som da VAIA. Desse jeito nunca mais sairemos dessa orgia, desse comportamento de quem só pensa em roubar o dinheiro público para festejar a "honra" do golpe rasteiro, e a eternização do "atraso peludo". Movcc

2 comentários:

Anônimo disse...

A folia de SP é a mesma empresa que imprimi o ENEM, ponto final. Tá explicado o resultado da "peskiza" da "Folia de SP"

Anônimo disse...

não confundam paulistanos com os ¨estrangeiros ¨.

paulistano e paulista autêntico jamais vota no pt.