Vocês leram, num post abaixo, que o mensalão caminha para um grande pizzão em razão da prescrição de crimes. Na VEJA desta semana, resenho o livro “Estado de Direito e Jurisdição Constitucional”, do grande ministro Gilmar Mendes, que traz os seus votos na corte entre 2002 e 2010. Pois é… Um titular do Supremo precisa ser aplicado, trabalhar muito, ser dedicado. Só retórica subcondoreira não adianta nada. Os patriotas que estrelaram o maior escândalo da história republicana, tudo o mais constante, ficarão impunes. Alguns deles estão por aí, pontificando. José Genoino, por exemplo, é a “assessor” do Ministério da Defesa. João Paulo Cunha é nada menos do que presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Delúbio Soares ainda acabará escrevendo um livro de Educação Moral e Cívica.
Enquanto isso, os braços a soldo do `Partido” continuam a produzir “provas” — literalmente: eles têm empresas de produção de “provas”, financiadas com dinheiro público — contra pessoas inocentes.
A eventual impunidade da canalha que produziu o mensalão representará uma espécie de colapso da moralidade pública. Os petistas já acham hoje que podem fazer o que bem entendem porque, afinal, venceram as eleições. Imaginem depois. Na vida privada, então, nem se diga, não é, presidente Dilma?
Quando todos estiverem livres, o Apedeuta, então, dirá: “Viram? Não falei que nada daquilo tinha existido?”
A eventual prescrição dos crimes significará a desmoralização do Supremo.
A hipótese da prescrição antes do julgamento é um escândalo. O que é o Supremo? É a garantia do cumprimento da Constituição e, pois, da proteção dos cidadãos contra indivíduos e grupos que pretendem desrespeitar a Carta. Se esse tribunal permite que expire o prazo sem dar uma satisfação à sociedade, nega a si mesmo.
Melhor ser um clube amador, o que dispensa verba púbica, de assuntos lítero-musicais.
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