Ex-governador chama 'aliados frequentes', e diz que "em São Paulo haverá dois lados na eleição: o nosso lado e o do PT"
O ex-governador José Serra discursa durante homenagem ao ex-senador Artur da Távola, no Senado (José Cruz/ABr)
VEJA ONLINEO ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB-SP), defendeu uma aliança do seu partido com "aliados frequentes" para enfrentar o PT na disputa pela prefeitura de São Paulo em 2012. O tucano referia-se ao grupo do atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), que já manifestou reiteradas vezes sua disposição em buscar aliança com os tucanos. Serra participou da inauguração de uma sala na liderança tucana da Câmara que recebeu o nome de Artur da Távola, em homenagem ao senador Paulo Alberto Monteiro de Barros, falecido em 2008.
"Em São Paulo haverá dois lados na eleição: o nosso lado e o do PT. O Lula disse, antes de ficar doente, que o PT deveria trabalhar, unir os diferentes para enfrentar os antagônicos. Não sou habitualmente seguidor do pensamento do Lula, mas, nesse caso, eu sou. Nós temos que ter uma aliança em São Paulo porque essa eleição vai ter dois lados, não vai ter três", disse Serra.
Na segunda-feira, o prefeito Gilberto Kassab disse no Rio de Janeiro que seria "uma honra" apoiar José Serra na corrida pela prefeitura de São Paulo. “A cidade de São Paulo ganharia (com Serra como prefeito). É uma das pessoas mais qualificadas que o país tem. E São Paulo ter a oportunidade de ser mais uma vez governada por José Serra é um prestígio que poucas cidades têm”, disse.
Fernando Pimentel - O tucano comentou ainda a situação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que tem sido questionado por causa de sua atividade como consultor entre 2009 e 2010. Serra afirmou que é preciso dar a Pimentel o mesmo tratamento oferecido a Antonio Palocci, que deixou a Casa Civil após suspeitas de tráfico de influência por meio de consultorias enquanto estava fora do governo.
"Não se pode ter dois pesos e duas medidas. O caso do Pimentel é semelhante ao do Palocci. É uma questão de coerência. É como se houvesse ministro de primeira e de segunda classe, ministro acima do bem e do mal e outros que são passíveis de toda sorte de investigação. Para mim, essa história da faxina é um mito", afirmou o tucano.
(Com Agência Estado)
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