Eduardo Suplicy, o falso abestado, recita versos de Wando no Senado, faz digressão sobre calcinhas e se solidariza com Rita Lee, que atacou a PM em Se

Um BABACA útil ao PETÊ, porém, muitíssimo perigoso. Leiam, abaixo. MOVCC

Por que falar do senador Eduardo Suplicy (PT-SP)? Porque, por incrível que pareça, há quem dê bola a este senhor. Ele participa em São Paulo de um enredo sórdido, que tenta colar na Polícia Militar a pecha de uma corporação que abriga estupradores, num enredo prá lá de surrealista. Não obstante, a acusação, fragilíssima, foi parar nos jornais e nas TVs.

Suplicy, já escrevi, tem o ar apalermado, mas palerma não é. Busca os holofotes. Sempre! Conseguiu, assim, eleger-se três vezes senador por São Paulo. Não tentem buscar uma única proposta sua em defesa do Estado. Não há! Ao contrário: neste momento, ele se empenha em satanizar umas das Polícias Militares mais competentes do país.

Ele aprontou mais uma. Resolveu homenagear o cantor Wando, que morreu nesta quarta. Até aí, vá lá — quando Villa-Lobos se foi, por comparação, o Brasil deveria ter praticado suicídio coletivo. Declamou trechos de músicas e fez uma digressão sobre calcinhas, tentando explicar o que o próprio Wando nunca tentou. Vocês podem imaginar o resultado. Suplicy já desfilou com um cueca vermelha no Senado por cima do terno — ao menos isso. Hoje foi a vez das calcinhas.

Poderia ter parado por aí. Mas ele não tem limites. Resolveu também homenagear Rita Lee. É aquela senhora que desferiu há dias, no palco, alguns xingamentos contra policiais militares presentes a seu show em Sergipe. Os PMs estariam importunando alguns maconheiros. Rita pediu que se retirassem, chamou-os de “filhos da puta” e recomendou que fumassem um baseado. Acabou detida e solta logo depois.

A propósito: Rita Lee deveria ter marcado um show em Salvador nos últimos 9 dias. Parte dos PMs está em greve. Mais de 130 pessoas morreram assassinadas. Mas os maconheiros não devem estar sendo importunados por ninguém. Ela poderia subir no palco sem PMs para importuná-la.
Considerem o momento por que passa a Bahia, com o risco de a crise da PM se alastrar por outros estados. Suplicy achou que era um bom momento para exaltar Rita Lee, a que chamou os policias de “filhos da puta”.

Eis um senador da República. É tão responsável quando homenageia as pessoas como é quando as ataca, a exemplo da operação indigna em que está metido contra a polícia de São Paulo. Poderia ser apenas um homem ridículo. Mas já vimos que ele também pode ser perigoso.

Leiam reportagem de Iara Lemos, no Portal G1:
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O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) declamou no plenário do Senado na tarde desta quarta-feira (8) versos de uma canção do cantor e compositor Wando. O músico morreu na manhã desta quarta, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória, no Biocor Instituto, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde estava internado desde 27 de janeiro.

Na homenagem que prestou ao músico, Suplicy lembrou a vida de Wando, desde o apelido que ganhou da avó até o começo na vida musical, em meados dos anos 70. “Então, tantas pessoas cantaram: ‘Eu quero me embolar nos seus cabelos, abraçar seu corpo inteiro e morrer de amor, de amor me perder’”, declamou o senador da tribuna. Suplicy recordou como o cantor começou a ter a fama de “o cara das calcinhas”.

“Ao longo da década de 80, Wando consolidaria a reputação, como ele mesmo dizia, de ‘obsceno, o cara da maçã, o cara das calcinhas’. Por que cara das calcinhas? Porque eram tantas as moças que jogavam calcinhas em direção a ele, durante seus shows, que ele simplesmente resolveu passar a colecionar calcinhas”, afirmou o senador. Na análise do senador, com a morte do cantor, a música romântica fica enfraquecida. “Nosso povo gosta das histórias da vida amorosa de pessoas comuns, em situações reais [...] Com a morte de Wando, a música romântica perde um de seus ícones”, lamentou.

Rita Lee
Suplicy também aproveitou a sessão para prestar homenagem à cantora Rita Lee, que na semana passada se envolveu em um conflito com policiais durante seu show de despedida dos palcos, em Sergipe. O senador recuperou a trajetória musical da cantora, e lembrou a prisão de Rita Lee em 1976, quando estava grávida.

“Em agosto de 1976, aos três meses de gravidez, Rita é presa em sua própria casa, sob a acusação de porte de drogas, num dos fatos de truculência explícita mais revoltantes da ditadura que vinha dominando o Brasil desde 1964″, disse. “Você vai deixar um vazio até que outra mulher, ou eventualmente algum homem, possa criar uma arte para os jovens que no mundo todo estão dando seu sangue por um mundo mais humano”, disse o senador.

Por Reinaldo Azevedo

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