Foi Duda Mendonça, quem diria, quem
concebeu o comercial destinado a reforçar, enquanto a campanha presidencial de
2002 não começava, a falácia que promovia o PT a detentor do monopólio da
ética. Veiculado insistentemente na TV, o vídeo em que ratos roem a bandeira
brasileira foi considerado um exemplo de propaganda eleitoral eficaz.
Depois do mensalão, transformou-se num
caso exemplar de propaganda enganosa e em prova material de estelionato
político. Neste outubro, pode produzir um formidável tiro pela culatra. Basta
que os candidatos da oposição divulguem no horário eleitoral a peça
publicitária „Ÿ sem identificar quem a encomendou. Os espectadores saberão
associar os bichos às pessoas.
Lula vai berrar nos palanques que, com
inveja do sucesso do metalúrgico que virou presidente sem estudar, FHC resolveu
compará-lo a um roedor. Dilma Rousseff vai gaguejar outro besteirol
incompreensível. O PT vai pedir ao Tribunal Superior Eleitoral que proíba a
exibição da ignomínia. Fernando Haddad vai recitar que José Serra descambou de
vez para o terreno da ofensa pessoal
Em contrapartida, Duda Mendonça vai
ficar com fama de vidente: em 2002, adivinhou como estaria o Brasil no
fim de
2012.
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