Esta foto explica por que o Brasil, na fórmula famosa, é um país rico composto de uma imensidão de pobres


A imagem marca o encontro entre o prefeito Gilberto Kassab (PSD), em cima de quem Fernando Haddad (PT), o eleito, venceu a disputa. A campanha petista praticamente não disse por que o tucano José Serra não poderia ser eleito. As suas virtudes ou defeitos pessoais ficaram de lado. Dizia-se que não poderia ser porque continuaria a… gestão Kassab.
Agora de volta à foto. Os idiotas da… subjetividade (!) diriam que aí está uma prova de civilidade política, não é mesmo? Mas não! O que se tem acima explica por que, na formulação conhecida, o Brasil é um país rico composto de uma esmagadora maioria de pobres — embora os bate-paus da versão neoliberal do lulismo tenham inventado uma “classe média” de gente que ganha uns R$ 300 por mês… “Neoliberal por quê, Reinaldo?” Porque são supostos liberais que hoje estão a serviço do “estado forte” petista. São apenas oportunistas rematados — alguns são meros “dinheiristas” disfarçados de defensores do livre mercado… Tenho por estes mais desprezo do que pelos, sei lá, economistas do… PSOL!
Nos EUA, adversários se abraçam e se cumprimentam depois de eleições e coisa e tal. Mas republicanos sabem que seu papel é fazer oposição a democratas, e democratas sabem que seu papel é fazer oposição a republicanos. “Fazer oposição” significa vigiar o outro, em nome dos eleitores.
O que se tem acima é mero exercício de cooptação, que já estava em curso no próprio processo eleitoral, é bom deixar claro! Se o PSD não é nem de direita, de esquerda ou de centro, seus receptores estão prontos a receber quaisquer proteínas, né? Os eleitores é que não sabiam. O prefeito vencido era, ora vejam!, na verdade, o vencedor. A derrota, a julgar pela expressão de Kassab, era só de Serra. A má gestão de Kassab, a julgar pela expressão de Haddad, era só um truque para pegar os trouxas.
Haddad, claro!, tem mais sorte do que teve José Serra, quando assumiu a Prefeitura em 2005. Encontrou o caixa vazio e filas de credores. A partir de hoje, a reputação de Kassab no jornalismo que o destroçou muda. Ele agora pertence ao “campo progressista”. Também em boa parte da imprensa brasileira, pecado mesmo é fazer oposição. Como poderia dizer o tal “cientista político” Humberto Dantas, isso é coisa de gente que tem ódio no coração. Quem ama faz como Kassab: adere.  
Abaixo, reportagem de Carolina de Freitas na VEJA.com:
Agora, Kassab elogia Haddad: ‘É capacitado, inteligente e tem formação moral’ AQUI


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