Orientações
Rosemary Noronha já tem muito a
agradecer a José Eduardo Cardozo. Embora não tenha atendido o seu
telefonema na manhã do dia da operação Porto Seguro, é ele quem está cuidando
da blindagem dela no Senado. Cardozo passou o dia em contato com parlamentares
da base aliada.
A ordem é: não admitir a convocação de
Rose e, se possível, dos irmãos Rubens e Paulo Vieira . Como se
sabe, a primeira batalha foi ganha.
O segundo capítulo da guerra será
amanhã, na sessão da CCJ. E Cardozo continua na luta. Por isso, está
conversando com seus pares e lembrando que o potencial ofensivo de um eventual
depoimento de Rose no Congresso é incalculável.
A avaliação é que Rosemary não tem nenhum
preparo para suportar a pressão dos opositores ao governo. Além disso, após a
operação da Polícia Federal, Rose perdeu o pouco que tinha, menos a
solidariedade dos petistas, claro.
A base aliada já entendeu. Obviamente, o
ideal é blindar todo e qualquer membro do governo, mas, se não der para vencer
todas, que o Congresso ouça apenas os caciques de AGU, ANA, Anac e até o
próprio Cardozo.
No caso dos comandantes das agências
reguladoras e da AGU, a questão crucial são os pareceres emitidos. E
acredita-se que Luís Inácio Adams, Marcelo Guaranys e Vicente Andreu Guillo
darão conta de atenuar os danos do bombardeio a que eles seriam submetidos,
seja na Câmara ou no Senado.
Já no tópico Rosemary, o risco não está
na caneta, mas na língua. Se ela resolver abrir a boca, sai de baixo.
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