Rosemary
Nóvoa só foi demitida após operação da Polícia Federal revelar que ela usava
cargo de chefe de gabinete para fazer tráfico de influência
V E J A
Próxima de Lula, Rose
ocupava desde 2009 um cargo com salário de 11 200 reais (AE e Reuters)
Rosemary
Nóvoa de Noronha, uma das personagens centrais do
esquema de corrupção desarticulado pela Operação
Porto Seguro, foi a única funcionária não concursada
da Presidência mantida em cargo de chefia após a transição de poder entre Luiz
Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Próxima
de Lula, Rose, como era conhecida, ocupava desde 2009 um cargo DAS 6 –
reservado a secretários, chefes e diretores de departamento, com salários na
faixa de 11 200 reais. Rose foi demitida há 15 dias, após
a operação da Polícia Federal (PF).
O levantamento sobre
os 6.515 servidores federais não concursados que estão em postos de livre
nomeação (DAS) mostra que, quanto maior a importância e a remuneração do cargo,
menor é a taxa de "sobrevivência" dos remanescentes da gestão Lula – tanto
no âmbito da Presidência quanto em ministérios. É nos cargos DAS – sigla de
"Direção e Assessoramento Superior" – que se acomodam a maioria dos
servidores indicados por partidos políticos.
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No caso dos salários
mais elevados, de 8.988 a 11.179 reais, não há cota mínima de concursados. São
esses postos os mais visados. Mesmo nesses casos, porém, os servidores de
carreira são maioria: 60% entre os DAS 6 e 68% entre os DAS 5.
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