PT barra depoimento de Valério para blindar Lular de acusações do mensalão. Publicitário acusou ex-presidente de ter pago despesas pessoais com dinheiro do escândalo


Débora Álvares - O Estado de S. Paulo

O PT entrou em campo nesta terça-feira, 12, para blindar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e desqualificar declarações que o ligam ao mensalão. Senadores do partido articularam uma votação contra requerimento que convidaria o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza para falar ao Senado.
  Além disso, eles tentaram diminuir o depoimento de setembro do operador do esquema à Procuradoria-Geral da República (PGR) no qual o empresário acusa Lula de ter dado "ok" à compra de votos de parlamentares, além de dizer que o dinheiro do mensalão ajudou a bancar "despesas pessoais" do ex-presidente. O depoimento foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em dezembro passado.

Dos 13 senadores presentes na Comissão do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), pelo menos sete rejeitaram o requerimento, em uma ação coordenada pelo PT. 
Originalmente, o requerimento do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) pedia esclarecimentos de Valério acerca das afirmações dele, no mesmo depoimento, sobre o Banco do Brasil. O receio governista, porém, é que, uma vez no Congresso, falando sobre operações financeiras do mensalão, Lula acabasse na linha de tiro.


Segundo afirmou o empresário no depoimento, dirigentes do Banco do Brasil cobraram, desde 2003, uma espécie de "pedágio" das agências de publicidade: 2% dos contratos eram repassados para o caixa do PT. Em dois anos, os repasses do banco às cinco agências de publicidade com quem mantinha contrato superaram R$ 400 milhões - uma delas era a DNA Propaganda, de Valério.

O suposto esquema de desvio de dinheiro público que teria de ir para a publicidade foi criado por Henrique Pizzolato, ex-diretor do BB, e Ivan Guimarães, ex-presidente do Banco Popular do Brasil, que integra a estrutura do Banco do Brasil, de acordo com o depoimento de Valério.

Para Jorge Viana (PT-AC), o fim do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) esgotou o assunto. "Teria sido importante para o País se ele tivesse contado a origem que ele montou, inclusive envolvendo partidos que governaram esse país antes a gente, mas que ainda está dependendo de um julgamento do Supremo.", afirmou.

Aníbal Diniz (PT-AC) deixou claro o temor de atingir o ex-presidente. "É chegada a hora de o Brasil seguir em frente. Se temos um processo eleitoral por acontecer em 2014, vamos tratar dele, mas sem expor nomes, como do ex-presidente Lula."

Um comentário:

Marcio disse...

NÃO É À TOA QUE O PT, O PARTIDO DOS 1001 TRAMBIQUES QUER CENSURAR A NET!
Esse tipo de procedimento de barrar acusadores do PT para não falar mal deles é velha jogada, mas desmerece ainda e cada vez mais o Partido dos Trambiques pois toda vez que alguém quer fazer acusações é barrado; os eleitores que votam no PT estão por detrás disso, pois confiar neles é depois ser submetido a essa situação de nunca poderem saber a realidade dos fatos, pois apenas eles é que querem ter direito e darem a versão aos fatos.
Sabemos que detestam os imperialistas, como os americanos e outros, mas eles são praticantes do IMPERIALISMO ESTATAL, como em Cuba, todos os cidadãos reduzidos a escravos e os irmãos Castro a manter o Estado Imperialista de Cuba, sob forte repressão.
Só Fidel Castro tem mais de 100 000 mortes no lombo para dar contas.
Quem vota no PT colabora com todas as corrupções e carrega sua parcela de culpa por ter ajudado pessoas que fazem o diabo consigo e com os outros!