ÉPOCA – edição 777)
O
Ministério Público pediu à Polícia Federal abertura de inquérito contra Lula. A
base do pedido é a denúncia de Marcos Valério de que o ex-presidente teria
intermediado um repasse de R$ 7 milhões de uma telefônica para o PT. Valério
teria ido a Portugal em 2005 para preparar essa operação.
O
Ministério Público parece que bebe. Será possível que os procuradores ainda não
entenderam? Lula não sabia. Tanto não sabia, que até outro dia afirmava, para
quem quisesse ouvir, que o mensalão não existiu. A condenação dos seus
companheiros mensaleiros, aliás, deve ter sido um choque para ele. Se é que ele
já sabe o que aconteceu no Supremo Tribunal Federal.
É
uma injustiça essa suspeita de armação petista para sugar milhões de uma
empresa privada de telefonia. Todos sabem que o PT prefere extorquir empresas
públicas. Até porque as estatais são coisa nossa (deles). Com tanto trabalho
para chegar ao poder e passar a ordenhar os cofres do Banco do Brasil, da Caixa
Econômica, do BNDES, por que Lula e sua turma iam perder tempo achacando uma
telefônica portuguesa?
Ao
receber a notícia sobre o inquérito contra Lula por suspeita de envolvimento
com o valerioduto, José Dirceu reagiu imediatamente. E disparou o argumento
fulminante: o mensalão não existiu. Se existe alguém com autoridade para
afirmar isso, esse alguém é José Dirceu. Condenado a 10 anos de prisão, ele
sabe que essas coisas que não existem podem dar uma dor de cabeça danada.
Assim, se Lula não sabia de algo que não existiu, nada melhor do que ser
defendido pelo lendário Dirceu guerreiro do povo brasileiro – personagem que
também não existe.
Enquanto
o filho do Brasil espera esfriar a denúncia do pedágio colhido com a
telefônica, recebe a solidariedade dos fiéis por seu trabalho com as
empreiteiras. Sabe-se agora que o ex-presidente fez uma série de viagens
internacionais bancadas por algumas grandes construtoras brasileiras. Lula
explicou que isso foi um ato patriótico – ele foi ajudar empresas nacionais a
fazer negócios no estrangeiro, para o bem do Brasil. Não restam mais dúvidas: a
vida é bela. E é feita de gestos nobres como esse: um ex-presidente aproveita o
seu tempo livre para fazer boas ações, ajudando empresários a ganhar dinheiro
no exterior, porque país rico é país sem pobreza empresarial.
Aí
surge um comovente coro de progressistas, éticos e crédulos para afiançar as
turnês lulistas, gritando que o ex-presidente não fez nada de mais. De acordo
com a nova moral da república companheira, não fez mesmo. Qual é o problema de
o líder máximo do partido que governa o país desenvolver uma relação particular
(ou patriótica) com grandes empreiteiras que têm o governo como cliente? Que
mal haveria na ajuda de Lula a empresas que são decisivas no jogo político com
suas doações às campanhas eleitorais?
Qual é o problema de o ex-presidente ter
viajado à Venezuela para arrancar de Hugo Chávez US$ 1 bilhão devido a uma
dessas empreiteiras, que pagou a viagem de Lula? E se essa empresa for a que
realizará o sonho do ex-presidente de construir o estádio do seu clube de
coração para a Copa do Mundo, fazenda a alegria de milhões de
torcedores-eleitores fiéis?
Não
tem problema nenhum. Esse é o Brasil moderno, onde as coisas acontecem às
claras, inclusive o tráfico de influência. A não ser quando o ministro do
Desenvolvimento declara secretos os documentos de financiamentos do BNDES a
Cuba e Angola, para obras dessas mesmas construtoras amigas de Lula. Deve ser
para a imprensa burguesa não meter o bedelho – o que sempre é uma boa causa.
Por acaso, o ministro do Desenvolvimento é Fernando Pimentel, o amigo de Dilma
que prestou consultorias milionárias à indústria de Minas Gerais. Como se sabe,
essas consultorias nunca foram demonstradas, o que indica que devem ter sido
também apenas um ato patriótico (nova definição para o velho ditado “uma mão
lava a outra”).
Pelo
visto, a mão que nenhuma outra lavou no final das contas foi a do companheiro Valério
– logo ele, que lavou tanto para tanta gente. Agora, o operador do mensalão que
não existiu quer mostrar a mão grande do chefe. Será mais um susto. Ele não sabia.
3 comentários:
Lula não só sabia do Mensalão, como foi o chefão de toda a sórdida tramóia. Acontece que os nazipetistas tentam blindá-lo de todas as maneiras. Não será nenhuma surpresa se amanhã a venal 'folha de são paulo' vier com a seguinte manchete:
"Se as eleições para presidente fossem hoje, Lula venceria no primeiro turno com 82% dos votos"
Alguém quer apostar comigo?!
"Lula terá coluna mensal distribuída pela agência do 'New York Times'"
É a última e mais safada cartada do maior corrupto do planeta almejando ainda a conquista do Nobel da Paz 2013. Só dirá, na maior cara-de-pau, da fome no mundo em especial na África, e que ele é a pessoa mais preocupada com esta questão, pois acabou de vez com a fome no Brasil. (alguém ainda trem alguma dúvida?!)Será que ele vai escrever direto em inglês?! Um analfabeto escrevendo para o "New York Times", meu Deus, quanto isto vai no cu$tar??!
Quero ver se existe alguém no New York Times capaz de traduzir isso tudo para o inglês???!
'Então, essa questão do clima é delicada por quê? Porque o mundo é redondo. Se o mundo fosse quadrado ou retangular, e a gente soubesse que o nosso território está a 14 mil quilômetros de distância dos centros mais poluidores, ótimo, vai ficar só lá. Mas, como o mundo gira, e a gente também passa lá embaixo onde está mais poluído, a responsabilidade é de todos'.
(Lula da Silva)
MISSÃO IMPOSSÍVEL!!!
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