“(O plebiscito) É um instrumento popular
para legitimar governos e conferir aos governantes superpoderes, um cheque em
branco para que o governante dê o significado à autorização dada pelo povo nas
urnas. Isso pode manietar o povo”, Gustavo Binenbojm, professor de Direito
Administrativo e Constitucional da UERJ e da FGV
MAU EXEMPLO - Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, presenteia presidente Dilma Rousseff com uma imagem do falecido coronel Hugo Chávez. Na Venezuela, referendos foram usados para dar uma máscara de legitimidade a um governo autoritário (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Destinada a
confrontar a população com questões objetivas e diretas, a realização de um
plebiscito é uma ferramenta legítima do processo democrático. A história
recente, entretanto, demonstra que ele pode ser utilizado para propósitos pouco
nobres: vizinhos sul-americanos recorreram ao mecanismo para tentar governar
diretamente com o povo, passando por cima das instituições democráticas e se
perpetuando no poder. Em resposta à inédita onda de protestos que chacoalhou o
Brasil, a presidente Dilma Rousseff propôs uma consulta popular para promover
uma reforma política no país - ainda que nenhum cartaz tenha reivindicado isso.
A estratégia bolivariana, tirada da manga no momento mais crítico do seu
governo, acoberta um perigoso interesse: aprovar o financiamento público de
campanha e o voto em lista, antigos sonhos do PT.
Como
avalia o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, a opção pelo plebiscito
“joga areia nos olhos do povo”. Um levantamento do Datafolha constatou que a
reforma política era uma reivindicação de apenas 1% dos manifestantes que
tomaram as ruas de São Paulo nas últimas semanas. Mas o governo não quer perder
a oportunidade aberta pelo clima mudancista.
Ciente das intenções de seu principal aliado, o PMDB é majoritariamente
contrário ao financiamento público. Os peemedebistas têm bom relacionamento com
o empresariado e um elevado número de governos estaduais; também por isso, não
veem razões para uma mudança no sistema. Continue lendo aqui
Um comentário:
Incrível, Madame Satã de vermelho??!
Coisa rara hoje em dia, não?!
A fujona desistiu do Maracanã. Foi uma pena, pois ela iria pro livro dos recordes como a mulher mais vaiada do mundo.
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