O
PPS formalizará nesta terça-feira (11) um pedido de destituição de Guilherme
Afif Domingos, governador interino de São Paulo. A legenda vai requerer ao
presidente da Assembléia Legislativa, Samuel Moreira (PSDB), que declare vago o
cargo de governador e assuma o posto até o retorno do titular Geraldo Alckmin,
em viagem à França.
Líder do PPS na Assembleia, o deputado estadual Alex
Manente disse ao blog que encaminhará o pedido por meio de uma “questão de
ordem” a ser formulada em plenário. “Achamos que o acúmulo das funções de
ministro de Estado e de governador interino, além de imoral, é ilegal.”
Manente dá de ombros para o fato de Afif ter sido
exonerado do cargo de ministro por Dilma Rousseff. “Todo mundo sabe que ele vai
voltar para o cargo. Esse afastamento momentâneo é o jeitinho que deram. E o
Estado de São Paulo não pode ser governado pelo jeitinho.”
Deve-se
a movimentação do PPS paulista a um pedido do presidente nacional da legenda, o
deputado federal Roberto Freire. Ele telefonou para o líder Manente na noite
passada. Inspirou-o o gesto do secretário de Energia José Aníbal (PSDB), que se
licenciou do cargo em protesto contra
o que chamou de “imoralidade” de Afif.
“A
meu ver, o Aníbal foi brando”, disse Freire. “O acúmulo de funções é, sim,
imoral e aético. Mas é também ilegal. O próprio procurador-geral do Estado
[Márcio Elias Rosa] já atestou isso
na semana passada. Cabe à Assembléia declarar vago o cargo. Na ausência do
governador Alckmin, quem assume é o presidente da Assembleia.”
O bloco que dá suporte legislativo ao governo Alckmin
é majoritário na Legislativo estadual. Porém, essa maioria inclui o PSD de Afif
e o PTB, cuja direção já declarou não ver problemas no acúmulo das funções de
ministro e de vice-governador. Quer dizer: o pedido do PPS vai causar debates e
constrangimentos, mas as chances de prosperar são pequenas.
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