28/07/2013
às
19:29 \
REYNALDO
ROCHA
Tempo de contrastes.
Dias de redescobertas. Assim vi a passagem de Francisco pelo Brasil.
Nada mais chocante ─
pelo impacto do contraste ─ do que ver Dilma, Evo e Cristina na missa de
Copacabana. Nada falaram, o que merece nossos agradecimentos. Foi suficiente a
visão da Viúva Eterna, do índio de araque e da surreal presidente que não
assumiu ainda. Sem contar a presença de Sérgio Cabral, a salvo de
manifestações, preocupado apenas com o helicóptero (e com o Juquinha).
A presidente que temia
pela segurança do Papa promoveu reuniões infindáveis com os responsáveis pelos
aparatos de segurança. A preocupação com o clima de insatisfação popular
visível nas ruas foi estendida à visita de Francisco. Mais uma cortina de
fumaça. Previsível como qualquer ação oriunda dos militontos do PT.
O Brasil ─ em especial
o Rio de Janeiro ─ mostrou de modo insofismável contra quem é a revolta que
explodiu nas ruas.
Não, presidente, não é
contra tudo e todos! É contra o que você e seus asseclas representam. Duvida?
Dê um passeio pela Avenida Presidente Vargas num carro com os vidros abertos. E
reze para não ficar presa num engarrafamento.
A segurança oferecida
era desnecessária. Um tal de “povo” sabe cuidar da segurança de quem admira.
Sabe distinguir perfeitamente mensageiros de boas-novas de apóstatas que pregam
a mentira.
Mais que a religião
católica ou a fé de cada um, Francisco representou o retorno e resgate de
alguém que fala a verdade. Não oculta nem reescreve uma história. Não encobre
erros, não demoniza quem discorda, não diz coisas incompreensíveis.
Isso
Dilma jamais entenderá. Na entrevista à Folha de S. Paulo,
ela insiste em descrever um país de fantasia, inventa números, quer ser
inteligente (e soa somente vulgar).
De novo, senhora
copresidente, faça um teste! Tente reunir mil pessoas em Copacabana para ouvir
sua mensagem. Qualquer uma. Se entenderem, vão vaiar. Se não entenderem, vão
viras as costas.
Ficarão somente os
apaniguados, a gritar histericamente que Lula é o Senhor e Dilma a nova
Senhora! (Eles berram qualquer coisa. Basta ter emprego, sanduíche de mortadela
e tubaína).
Mais uma diferença. As
pessoas que participaram dos eventos protagonizados pelo papa Francisco
estavam pagando ─ do próprio bolso ─ para lá estarem. Só como exercício
matemático: para colocar 3 milhões numa praia qualquer do país, o PT gastaria
módicos R$ 210.000.000,00 (a R$ 70,00 por cabeça, o preço de um “manifestante”
pró-governo). É caro, ainda mais sem o apoio da dupla José Dirceu e Marcos
Valério.
Já vimos a
redescoberta da força das ruas. Agora constatamos, entusiasmados, que podemos
ouvir mensagens inteligentes (e inteligíveis) no Brasil real. Quase esquecemos
que era possível.
Não é o caso de
concordar ou não com o que Francisco disse nestes dias memoráveis. Trata-se de
compreender que, mesmo discordando, não seremos demonizados.
Entre o papa Francisco
e Dilma, numa estranha inversão, quem se preocupa mais com o capeta é ela.
Embora
o papa tenha opositores, não se ouviu uma só comparação entre a fé que
Francisco professa e outra qualquer. Na entrevista de Dilma à Folha, há um elogio (??) a Lula e cinco comparações com
Fernando Henrique.
Francisco enxerga o
futuro. E agradece o passado, no que ele pode dar de contribuição para hoje.
Dilma dirige de olho no retrovisor. E amaldiçoa quem lhe permitiu ser o que é.
É um contraste. Mais
um.
Dizem os antigos que o
diabo não fala. Só age.
Dilma é ou não
especialista no coisa-ruim? http://goo.gl/8xOfpg
Um comentário:
Sim, de fato, de verdade o post!
Mais ainda: quem vota nessas pestes compartilha da pestilência que geram para todos!
@014, como fizeram no Paraguai, será a saída de cena do Brasil dessas múmias e seus amigos, como o cocaleiro e a viúva.
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