Mauro Pereira: ‘Desmoralizados pelas manifestações de rua, os petistas procuram fragmentos de sujeira nos porões inimigos’

Nosso governador Geraldo Alckmin é muito bem avaliado pela população de São Paulo. Sem dúvida alguma, um governador de primeiro mundo, que vive em um país, cujos políticos da situação atuam como verdadeiros gangsters de terceiro submundo abaixo. MOVCC 


MAURO PEREIRA
O PT é uma fonte inesgotável de matérias que abastecem o noticiário político-policial. Algumas vezes como caçador de políticos desonestos, noutras ─ hoje amplamente majoritárias ─ como caça de instituições honestas. Atualmente invade a mídia exercitando a primeira alternativa. No campo da política, usa até hoje usa a mesma máscara de paladino da justiça que sempre encobriu o caráter torpe que caracteriza a personalidade desvirtuada de seus maquiavéis autodidatas, especialistas na montagem de planos mirabolantes para destruir seus adversários. Mas eles se mostram pateticamente incapazes de se sustentar no poder sem a utilização da mentira como forma de convencimento e da miséria como método de persuasão.
Administradores de competência questionável, não conseguem ao menos amenizar o caos que assola a saúde, a educação, a segurança, o saneamento básico. E estão igualmente desqualificados para estancar a corrupção que, se numa ponta os enriquece, na outra tripudia sobre a dignidade humana ao negar o acesso de grande parte da população às mais comezinhas condições de sobrevivência digna, oferecendo-lhes como alternativa programas sociais de víeis escandalosamente eleitoreiros.
Na esfera policial, de tanto conviver com os corruptos, companheiros ou aliados, aprenderam a contornar o imenso lodaçal que os sufoca distribuindo afagos aos bandidos de estimação, absolvendo-os de crimes eventualmente praticados mesmo antes que a Justiça se pronuncie. Os exemplos abundam de tal forma que falta espaço para elencá-los.
Desmoralizados pelas manifestações de rua, em pânico pelo iminente recrudescimento dos atos de protesto,vasculham os porões da podridão política à procura de algum fragmento de sujeira de seus adversários para redimir-se dos próprios pecados. O escândalo envolvendo o governo dos tucanos em São Paulo, decorrente da formação de cartel na construção das linhas do Metrô paulistano, foi a deixa para a bancada petista da Assembléia Legislativa recompor a maltrapilha fantasia de honoráveis defensores da lisura no tratamento da coisa pública. Oportunistas juramentados por pouco não tentaram instaurar uma CPI antes que a edição do jornal com a notícia chegasse às bancas.
É óbvio que uma CPI é o caminho natural para apurar as acusações contra os governadores tucanos. Depois de uma investigação séria, isenta e profunda, os culpados ─ sejam quais forem sua graduação ou importância ─ devem ser formalmente denunciados e responder na Justiça por seus atos.
Também me parece cristalino que a crise de honestidade que se abate sobre as hostes petistas tem como objetivo principal as eleições governamentais de 2014. Bastante experimentados na arte da empulhação, procuram fantasiar-se de democratas indignados. Posam de donzelas pudicas, quando é notório que teriam sérias dificuldades para conseguir emprego mesmo em bordéis de quinta categoria.
Se comprovadas as denúncias, os petistas estarão fadados a experimentar o gosto amargo da vitória, pois perceberão tarde demais que a dedicação que sempre demonstraram desde 1994, recitando versos estilizados para provar que eram, no mínimo, iguais aos tucanos, apenas os fará descobrir, com quase vinte anos de atraso, que os tucanos é que eram, no máximo, exatamente iguais a eles.
No imaculado universo habitado pelos petistas não faltarão testemunhas para atestar a conduta criminosa dos tucanos. José Dirceu, Erenice Guerra, Antonio Palocci, José Genoino, Delúbio Soares, João Paulo Cunha, Rosemary Noronha e outros personagens de caráter ilibado e acima de qualquer suspeita estarão à disposição dos acusadores. É só escolher.

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