O ministro Manoel Dias (Trabalho) acha que o
apodrecimento da pasta que supostamente comanda não enodoa seu partido, o PDT. “Insinuações existem sempre, mas até hoje não há um processo
que incrimine os nossos companheiros”, disse. Com a lama a roçar-lhe o bico do
sapato, agarrou-se aos seus autocritérios e proclamou: “Somos um partido ficha
limpa.”
Sob controle do PDT desde 2007, a pasta do Trabalho
atravessa o seu segundo ciclo de escândalos. O primeiro teve seu desfecho em
dezembro de 2011, com a queda do ministro de então, Carlos Lupi, presidente do
PDT federal. O atual arrasta, já no nascedouro, o segundo da pasta, Paulo
Roberto Pinto, homem de confiança de Lupi. Para Manoel Dias, fatalidades.
Como
se desejasse compensar de algum modo os cadáveres políticos ao redor, o
ministro evocou os mortos do
passado: “A contribuição do trabalhismo para esta área vem desde Getúlio
Vargas, passando por João Goulart. O partido tem tradição nesta área.
Infelizmente aconteceu isso.” É, infelizmente aconteceu. Aconteceu uma, duas
vezes.
Por sorte, o PDT não tem nada a ver com isso. Perdidos
no meio do lodo, os filiados da ex-legenda de Leonel Brizola fazem lembrar as
virgens. Não qualquer tipo de virgem. Não, não. Absolutamente. Lembram as
virgens de Sodoma e Gomorra.
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