O esbelto escritor Fernando Morais e seu camarada do peito, o quadrilheiro Dirceu
Por Rodrigo Constantino - Veja Online
“A Folha erra. Contratou o Demétrio e o Magnoli (sic),
quando até as ratazanas do rio Tietê sabem que O CARA é o gordinho carioca, o
Rodrigo Constantino. Quem não leu, leia. Com ele não tem conversa: é mercado,
mercado, mercado”, postou o escritor Fernando Morais na sua página no Facebook,
neste sábado, segundo um site chapa-branca repleto de anúncios estatais.
Não encontrei o comentário de Fernando Morais para
confirmar se foi verdade isso, e confiar no jornalismo desse site é ato, no
mínimo, ousado. Mas assumindo ter sido verdade, seria a cara da esquerda mesmo.
Falar do tecido adiposo em vez de rebater argumentos é típico de esquerdistas,
não é verdade? Seu feio bobo!
O que até as ratazanas cubanas sabem é que Fernando
Morais é camarada do chefe de quadrilha José Dirceu, e que defende até hoje a
mais cruel ditadura do continente, na ilha-presídio caribenha. Ou seja, o
ataque veio direto do esgoto!
Mas não posso reclamar. Afinal, segundo o site, o
autor de “Olga” recomendou aos seus seguidores a leitura de meus textos e
livros: “Quem não leu, leia”. Em agradecimento a esta generosa propaganda, e
como não sou um sujeito mesquinho ou insensível, vou retribuir seu gesto com um
ato de caridade.
Eis
minha tese: Morais folheou o Esquerda Caviar seguro de que se encontraria por lá, entre os ícones,
e nada. Ficou frustrado, e partiu para o ataque. Realmente, tinha tudo para
estar lá. E estava! Só que resolvi retirar alguns nomes, talvez porque seria
levantar a bola de quem já está queimado até entre parte da esquerda e é
caricatural demais (aviso antes que outro nome retirado foi José de Abreu –
fica o recado, caso queira me agredir ou falar dos adipócitos também).
Portanto, para a felicidade do escritor, segue o
trecho que não mais faz parte do livro, para sua apreciação:
O escritor brasileiro mais fiel à defesa
do regime cubano é aquele que escreveu um livro em homenagem ao inferno
caribenho, sem relatar os fatos infernais. Trata-se de Fernando Morais, claro.
Após Fidel, Morais declarou sua paixão por
Chávez também. Em artigo na Folha, ele saiu em defesa da revolução
bolivariana quando Chávez estava entre a vida e a morte (ou morto, mas
fingindo-se de vivo):
Como
milhões de outros admiradores do processo venezuelano, torço para que Hugo
Chávez vença a batalha contra o câncer e volte logo ao batente. Mas sei que,
como todos os demais seres humanos, o presidente é mortal. Sei também, no
entanto, que a Revolução Bolivariana que ele concebeu e lidera é para sempre.
Quem viver verá.
A revolução bolivariana é aquela que fez a
inflação disparar totalmente fora de controle, levou os índices de
criminalidade a patamares incríveis, acabou de vez com a liberdade de expressão
no pais, enriqueceu absurdamente uma casta de burocratas e políticos, tudo isso
regado a muitos petrodólares. Eis o que o esquerdista caviar, de longe e do seu
conforto material, defende.
Sem falar das ligações espúrias com
regimes ainda mais nefastos, como o iraniano. Um ex-ministro de Finanças do Irã
foi encontrado com um cheque de US$ 70 milhões no aeroporto da Alemanha.
Lavagem de dinheiro das drogas das Farc? Ou financiamento ilegal para a compra
de plutônio? Quem saberia dizer?
Mas Morais não defende com tanto afinco
apenas ditadores no cargo; ele também defende aqueles em potencial, que
lideraram quadrilhas (segundo o próprio STF) em busca da concentração de poder.
Eis o que o escritor, que chegou a escrever uma biografia autorizada do homem,
que jamais foi publicada (por motivos obscuros), disse sobre o líder dos
mensaleiros naFolha:
É uma
injustiça. Estou convencido de que é inocente. O que se julgou não foi o
Dirceu, mas o primeiro trabalhador a chegar à presidência e seu governo. Dirceu
foi condenado por suas virtudes: dedicou a vida a causas populares.
Acho que nem o próprio Dirceu teria tanta
cara-de-pau! Afinal, Dirceu certa vez disse, talvez em ato falho, que estava
cada vez mais convencido de sua inocência. Ou seja, não estava tão certo assim
dela. Mas o amigo do peito, o camarada que recebe belos direitos autorais por
livros comoChatô: O Rei do Brasil, esse está convencido da inocência
do homem.
Não tenho nada contra uma amizade tão
bela, com laços de fidelidade tão fortes. Mas bem que ambos poderiam curti-la
em Cuba, naquele paraíso que eles defendem com tanta paixão, sob o carinho de
Raúl Castro. Isso depois que Dirceu cumprir sua pena de quase 11 anos,
naturalmente… Aqui
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