Em 36 dias, Haddad não consegue mandar arrumar a grade de um viaduto, pondo em risco a vida dos paulistanos. É um dos “postes” de Lula!

Por Reinaldo Azevedo - Veja Online


No dia 10 de novembro — há 36 dias!!! — o motorista de uma Mini Cooper perdeu o controle do veículo e despencou do Viaduto Okuhara Koei, caindo na Avenida Rebouças. Felizmente, nada de pior aconteceu com o casal que estava no carro. Já a cidade, coitada! Vejam a foto (J. Duran Machfee/Futura Press/Estadão Conteúdo). Volto em seguida.



Não sei se o conserto foi feito nesta manhã. Até ontem, dia 15 de dezembro, a proteção do viaduto estava assim, como vocês veem, com cavaletes e fitas. Atenção! Esse viaduto tem uma calçada larga, com passagem intensa de pedestres. Está a algumas dezenas de metros apenas da Avenida Paulista, área de constantes protestos. Há escolas, bares e lanchonetes no entorno, o que sempre atrai muitos adolescentes — nem sempre os mais, como direi?, prudentes.  O viaduto é passagem para os hospitais de Clínicas e Emílio Ribas, além de ficar coado a  uma estação de metrô, Uma criança que se desgarre da mãe pode sofrer um acidente fatal.
Trinta e seis dias, e a gestão de Fernando Haddad não conseguiu fazer o conserto. Ainda que se alegue que toda a grade, que está velha, precisa ser trocada, não se pode deixar de fazer o menos, quando serviço de emergência, porque é preciso fazer o mais.
Com um ano de gestão, nota-se uma degradação impressionante da zeladoria da cidade. As avenidas 23 de Maio e Ruben Berta, por exemplo, estão um lixo, como pichações de cabo a rabo. Os “especialistas” de Haddad devem achar que isso é expressão da criatividade…
Lula nos deu um poste: Dilma. É meia-bomba, mas vá lá.Lula nos deu outro poste: Haddad. A cidade vive um apagão de competência.Lula agora quer dar aos paulistas outro poste: Alexandre Padilha.
Assim como o ex-presidente diz que Haddad foi o “melhor ministro da Educação deste país”, sustenta que Padilha já é “o melhor ministro da Saúde deste país”. Faça o seguinte, eleitor paulista: antes de votar, verifique como andam os hospitais públicos. E veja como está a cidade de São Paulo. Aí você decide o que fazer com o novo poste de Lula.
Explicação para quem não conhece São Paulo: escrevo sobre uma área nobre da cidade, contígua a um de seus mais famosos cartões-postais. O bobinho logo pensa: “Ah, por isso a reclamação! Fosse na periferia…”. O raciocínio esperto e civilizado é outro: quando uma gestão deixa de lado até as regiões nobres é porque as pobres já foram abandonadas há mais tempo.
Por Reinaldo Azevedo

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