Os detalhes macabros da Bolsa Crack do PT. Ou: Em SP e no Brasil, ser viciado é moralmente superior a ser pobre. Ou: Haddad consolida parte de sua herança maldita: o Centro foi entregue para sempre a viciados e traficantes

                     Haddad: ele entregou para sempre o Centro de SP ao consumo e ao tráfico de drogas

As palavras são fortes, sim, mas, infelizmente, as coisas precisam ser classificadas segundo aquilo que são. A Prefeitura de São Paulo deu início a um programa que me parece moral, filosófica e tecnicamente criminoso de suposto combate ao crack. Por que “suposto”? De fato, a gestão do petista Fernando Haddad deu início, nesta terça, ao financiamento público do consumo de crack. Agora é para valer: está criada a “Bolsa Crack”. E, como sempre, os que trabalham, os que levam uma “vida careta”, passarão a financiar o consumo dos viciados, que não terão nem mesmo de se submeter a tratamento para receber salário, comida e moradia gratuitas. A cidade de São Paulo se torna, assim, o paraíso dos traficantes e continuará a ser o inferno dos dependentes — mas, agora, em fase de estatização. É isto: a sede estatizante do PT chegou ao crack. O presidente do Uruguai, José Mujica, é um doidivanas, mas é intelectualmente mais honesto.
A primeira grande impostura
Vamos ver o que a Prefeitura decidiu fazer e analisar as medidas no detalhe. OJornal Nacional levou ao ar nesta terça uma reportagem bastante favorável ao programa da Prefeitura. Faz sentido. A emissora está ligada a grupos e entidades que defendem a descriminação das drogas e se opõem à internação de viciados. Já escrevi posts a respeito. Ok. As pessoas e as emissoras são livres pra ter as suas crenças.
Mas não estão livres dos fatos. O texto do Jornal Nacional começou assim:
“A cidade de São Paulo começou, nesta terça-feira (14), mais uma tentativa de combater o consumo de crack. Dependentes químicos vão ganhar hospedagem, alimentação e emprego.
Os barracos de madeira e lona na região da Cracolândia começaram a ser desmontados durante a tarde. Uma nova tentativa de acabar com a Cracolândia, que concentra dependentes de crack no centro da cidade. A partir de agora, 300 vão receber ajuda desse novo programa.”
Epa! Se o objetivo, como se anuncia acima, é “acabar com a Cracolândia”, então é preciso apontar a primeira impostura: o público volante da região é de… DUAS MIL PESSOAS, NÃO DE 300. Se o programa, então, pretende extinguir a Cracolândia oferecendo emprego, comida e moradia a 300 viciados, cumpre perguntar o que pretende fazer com os outros… 1.700! Uma coisa, pois, é a convicção, a escolha ideológica ou sei lá como chamar. E outra pode ser a verdade. Assim, a primeira grande mentira do programa está no seu alcance. Vai atingir apenas 15% dos frequentadores da área.
E que publico é esse?
A segunda grande impostura
Justamente aquele que passou a construir barracos em pleno logradouro público, no chamado quadrilátero da Luz, nas ruas Helvétia e Dino Bueno e Alameda Cleveland. O leitor de outras cidades e estados talvez não saiba. Com a chegada do PT ao poder na cidade e a determinação da Prefeitura de não mais “reprimir” o consumo de drogas, os viciados voltaram a ocupar hotéis caindo aos pedaços, casas abandonadas, praças e calçadas. E deram início à construção de uma “favela do crack” nas ruas, como se pode ver na foto abaixo.
O programa que agora tem início, pois, busca atender apenas esses viciados. Assim, está para ser provada a tese do Jornal Nacional de que se trata de, como é mesmo?, “uma nova tentativa de acabar com a Cracolândia”. Não! A Prefeitura está tentando é acabar — e ela logo vai voltar, já digo por quê — com a favela do crack que surgiu logo nos primeiros meses da gestão Fernando Haddad.
Não há programa nenhum para as centenas de pessoas que se concentram na praça Sagrado Coração de Jesus. Aliás, até a Guarda Municipal saiu de lá. Agora, aquela praça é dos viciados e traficantes como o céu é do condor.
Ao Jornal Nacional, José de Filippi Junior, secretário municipal de Saúde, afirmou, num tom quase carnavalesco: “O tratamento é pra que essa pessoa reconstrua sua vida. Reconstrua a vida dela e possa ver que ela pode ser feliz. Que possa buscar no trabalho, no emprego, a reestruturação dos amigos, da família e a saúde. Acho que é um passo importante pra isso, buscar o seu bem-estar integral”. É preciso ter estômago forte. De que TRATAMENTO este senhor está falando? Continue lendo aqui

Nenhum comentário: