Em depoimento na CNV do Paraná a socióloga SÔNIA LAFOZ, da organização VAR-PALMARES mostra orgulho quando relata os crimes que praticou.


Veja o relato de quem testemunhou o depoimento.


Prezados amigos, cordiais saudações.
Nesta semana assisti a uma reunião da Comissão da Verdade do Paraná.
Assistência? Nenhuma (só eu). Televisões? Aos montes...
A depoente foi Sonia Lafoz. Terrorista urbana de primeira hora, com uma longa ficha corrida de ações subversivas, mas que nunca foi presa ou processada.
O depoimento de agora seguiu em tudo o depoimento que ela deu no livro "Mulheres que foram à luta armada" (1998), apesar de transcorridos dezessete anos entre os dois.
De seu depoimento, alguns aspectos chamaram-me a atenção.
O uso do verbo fazer - "fiz" ou "fizemos" - para referir-se à realização de ações as mais diversas, algumas relatadas com um mais elevado tom de orgulho. Fiz o banco tal...(quer dizer, assaltamos o banco tal...); fiz o supermercado tal...(quer dizer, assaltaram o supermercado tal...); "fizemos" dois carros na avenida tal...(quer dizer, roubaram dois carros na avenida tal...) E assim vai, num longo rosário de ações que ela "fez" ou "fizeram".
Orgulho mesmo a Sra. Lafoz demonstra quando relata que "fizeram" o embaixador alemão no Brasil, depois trocado por presos políticos. Desta ação, ela se lembra, mas omite, que foi assassinado um agente de Polícia Federal que fazia a segurança do embaixador e outras pessoas ficaram feridas.
Mais orgulho ainda quando trata do roubo do cofre do ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros, ação que descreve com detalhes, dizendo desconhecer o destino dado pelas organizações subversivas à grande parte do dinheiro roubado.
Noutro ponto, conta que ela e outros três companheiros estavam reunidos numa pracinha quando foram abordados por policiais civis. Como os quatro estivessem armados "romperam o cerco" correndo e atirando, ao que os policiais responderam. Sônia foi ferida com três tiros, o que considera um absurdo por parte da repressão, como se ela e seus amigos - que abriram fogo primeiro - não merecessem receber o troco na mesma moeda.
Emocionou-se em poucas vezes - apenas quando se referiu a antigos companheiros amorosos que teve - e, no depoimento atual, esqueceu-se de um deles, o último, que se suicidou.
Os relatos das ações de que "Mariana" participou estão detalhados nos livros "A Verdade Sufocada", do Sr. Coronel Ustra e no "ORVIL", do Coronel Lício e do Tenente Conegundes.
Acho que o que importa eu dizer aqui é o estranho senso de moral que essa senhora demonstra, pois, em todos os relatos de ações, as pessoas são tratadas como lixo, os chamados "efeitos colaterais", não se nota na senhora um mínimo respeito pelas mortes e males que causaram. Para ela, sequestrar uma pessoa e colocá-la dentro de um caixote de madeira, sem que essa pessoa saiba o que está acontecendo, não é tortura. É só mais um serviço que "fiz".
Devo destacar que se trata de uma senhora serena no expor suas ideias e não aceitou perguntas provocativas quando, por exemplo, lhe perguntaram se havia fatos ainda ocultos pelas organizações de que participou (foram muitas...), ao que ela respondeu que, do ponto de vista dela, tudo já se tinha revirado. Outra pergunta provocativa foi feita por alguém querendo que ela se manifestasse sobre se havia algum nome de militar ou de outro tipo de "agente do estado" que tivesse sido o responsável pelos sofrimentos a ela infligidos, tendo ela respondido que não. Não tinha nenhum nome a citar (logo ela, que nunca foi presa...nem processada).
Por fim, declarou acreditar no assassinato de João Goulart, estar com medo da atual situação do Brasil (no sentido de ver avolumarem-se as movimentações contra um governo eleito pelo povo) e que, na próxima semana, estaria viajando para Caracas. Segundo declarou, para ver in loco o que se passa na Venezuela. Cabe dizer que sobre as manifestações previstas contra o governo, um dos componentes da mesa ridicularizou a "marcha com deus pela família... (prevista para 22 de março próximo.
Contrariando minha natureza, termino. De forma elegante e educada como querem alguns.
Sobre o evento em si eu poderia escrever mais. Mas estou de "saco enchido" de ver outra vez uma total inversão de valores. O bandido (neste caso a "bandida") narrando seus crimes para um grupo de comissários embasbacados (exceto por um, que é meu amigo).
Jorge Alberto Forrer Garcia - Curitiba/PR 06Mar14  
http://sociedademilitar.com.br Veja o relato de quem testemunhou o depoimento.

Um comentário:

LIa disse...

Uma doida dessa como pode ostentar o título de SOCIÓLOGA???????Ela é uma CRIMINOSA...