ONU acusa Venezuela de torturar presos políticos. Membros do Comitê de Direitos Humanos questionaram os representantes venezuelanos apontando fatos e números que comprovam as torturas no país


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Jose Ribas, estudante de Caracas que foi linchado por Colectivos dentro da universidade - 08/04/2014
Jose Ribas, estudante de Caracas que foi linchado por Colectivos dentro da universidade - 08/04/2014 - Luiz Maximiano/VEJA
(As fotos da galeria acima foram feitas em abril de 2014, quando a reportagem de VEJA visitou a Venezuela e colheu depoimentos de pessoas torturadas pelo regime bolivariano)
Comitê contra a Tortura da Organização das Nações Unidas (ONU) acusou a Venezuela nesta quinta-feira de ser responsável pela tortura, maus-tratos e humilhações em mais de três mil presos detidos após a onda de protestos do início do ano. A equipe da ONU apontou diversos fatos e citou números alarmantes sobre os muitos casos de abuso e a ineficácia do sistema judiciário venezuelano. Pela primeira vez em 12 anos, a Venezuela compareceu ao Comitê, que entre hoje e sexta-feira analisará se o país cumpre com os acordos da Convenção contra a tortura e outros tratos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes. Para a ONU, a Venezuela atua como se vivesse "em um estado de exceção".
Durante o discurso inicial, o chefe da delegação, José Vicente Rangel Avalos, vice-ministro de Política Interna e Segurança Cidadã, afirmou que a “Revolução Bolivariana é fiadora absoluta do proveito dos direitos humanos de todas e todos”. A afirmação foi rebatida através de perguntas por Jens Modvig, responsável pelo relatório sobre a Venezuela. “Em nosso país contamos com um modelo policial e de segurança humanista que respeita de maneira irrestrita os direitos humanos”, declarou o ministro. “Há denúncias de que, durante os distúrbios de fevereiro, houve mais de três mil detenções e que estas pessoas foram despidas, ameaçadas de violação, não tiveram direito a atendimento médico nem a um advogado, nem puderam ligar para a família, e outras denúncias de tortura. Que medidas foram tomadas para prevenir a tortura', questionou Modvig. Continue a leitura no site de VEJA

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