Ceder o hino e o pavilhão nacionais para a estreia de um governo bandoleiro é caso de polícia

Camisa de força – Que o PT é responsável pelo período mais corrupto da história brasileira todos sabem, mas é preciso doses mínimas de coerência por parte dos políticos em determinados ocasiões. Quem conhece os bastidores do poder, em Brasília, não nega que o grau da corrupção que toma conta do País é impressionante e inusitado. Mesmo assim, os quadrilheiros com mandato continuam dando ordens e fazendo negociatas, como se no Brasil inexistissem leis.
Ao arrepio do que desejam os brasileiros de bem, o atual momento político é de degradação avassaladora, sem que os operadores do Estado, como um todo, se incomodem com os crimes que cometem no vácuo do enfadonho discurso “você sabe com quem está falando?”.
Na cerimônia de posse ocorrida há instantes no Congresso Nacional, o que se viu foi um encontro de corruptos, tamanha era a quantidade de envolvidos no escândalo do Petrolão que marcaram presença na sede do Legislativo federal. Ao chegar ao Congresso, Dilma recebeu honras militares e em seguida foi cumprimentada, com direito a beijos no rosto e na mão, por parlamentares que se beneficiaram do esquema criminoso que funcionava em algumas diretorias da Petrobras e que foi desbaratado pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.
O escândalo de corrupção que derreteu a Petrobras, a maior empresa nacional, foi a prova inconteste da atuação criminosa de um partido que abusa do populismo e não esconde sua vocação para o banditismo político. Ver a presidente reeleita ser recebida com agrados de delinquentes com mandato sepulta qualquer nesga de esperança que restava em relação ao futuro. Os brasileiros de bem têm o dever de reagir a esse status quo que diuturnamente corrói o País, caso queiram deixar aos seus descendentes uma nação próspera e minimamente justa.
Nada pode representar melhor uma nação do que o Hino Nacional e seus pavilhões. Contudo, no Brasil esses símbolos foram vilipendiados na tarde deste 1º de janeiro, pois é inaceitável que o Hino Nacional, cuja letra carrega importante significado, seja executado para recepcionar um governo que reestreia à sombra da corrupção e da roubalheira. Mesmo que alguns justifiquem que esse procedimento faz parte do ritual. De igual modo, ultrapassa os limites do compreensível ver a bandeira brasileira emprestando seu dístico – “Ordem e Progresso” – a um governo que levou o País à vala da crise e promoveu, como ainda promove, uma desordem sem limites.
Resta torcer para que os brasileiros que não optaram pela continuidade do desgoverno do PT cobrem de Dilma Rousseff mudanças radicais na condução do País, sob pena de, isso não acontecendo, o País mergulhar em um desarranjo sem precedentes. Para muitos pode parecer pessimismo de nossa parte em relação ao futuro, mas basta conferir a equipe ministerial escolhida pela presidente reeleita. Tirante o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, os outros integrantes da equipe são fruto de conchavos feitos entre políticos velhacos.

Nenhum comentário: