PSDB ESPERA PARECER DE JURISTAS E MARCHA PARA PRESSIONAR POR IMPEACHMENT. PSDB, DEM, PPS E SOLIDARIEDADE JÁ DEBATEM O TEMA ENTRE SI

NO QUE DEPENDER DO LÍDER DO PSDB NA CÂMARA, CARLOS SAMPAIO, O PEDIDO DE IMPEACHMENT DEVE SER PROTOCOLADO ANTES DO FIM DO MÊS FOTO: ARQUIVO PSDB
Dividido, o PSDB adiou mais uma vez a discussão sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. À procura da argumentação jurídica ideal e à espera do melhor momento para apresentar o requerimento à Câmara dos Deputados, os tucanos vão aguardar os pareceres de três juristas para definir sua estratégia de ação. A oposição torce também para que a chegada de manifestantes no dia 27 de maio, a Brasília, seja suficiente para pressionar o início do processo de impeachment.
PSDB, DEM, Solidariedade e PPS cancelaram uma reunião prevista para esta quarta-feira, 06, com o objetivo de debater o encaminhamento do pedido de impeachment. De última hora, o encontro foi cancelado sob o argumento de que o líder da bancada tucana na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), vai levar na próxima semana ao jurista Miguel Reale Júnior documentos adicionais que ajudarão a embasar seu parecer jurídico. Ives Gandra Martins e José Eduardo Alckmin são os outros juristas consultados pelos oposicionistas.
Entre as novas informações encaminhadas aos advogados estão a defesa do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa ao Tribunal de Contas da União (TCU). No documento, Costa responsabilizou a presidente Dilma Rousseff pela compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, em 2006. O TCU apontou prejuízo de US$ 792 milhões no negócio. A defesa ao TCU e o depoimento de Costa à CPI da Petrobras nesta semana são as principais apostas da oposição para engrossar o pedido de impedimento de Dilma.
"(A decisão sobre o impeachment) Envolve o componente jurídico, da pressão popular e nisso, quanto mais coesão por parte dos partidos de oposição, mais firme será o movimento", declarou o líder da bancada do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).
Os partidos de oposição consideram que o pedido de impeachment será protocolado em algum momento, mas há uma série de componentes que precisam ser calculados para que não haja recuo no futuro. Há dúvidas, por exemplo, sobre a melhor oportunidade para o protocolo, já que nos últimos dias o governo conseguiu melhorar sua imagem e os movimentos de rua esfriaram, mas agora há sinais de que a popularidade de Dilma deve voltar a cair. "Não podemos dar um passo para depois recuar", explicou Mendonça.
Outro ponto em discussão é o melhor argumento para se pedir a saída da presidente da República. Alguns tucanos acreditam que a crise do governo ainda está no início e que é necessário definir qual investigação contra a petista vai prosperar mais rapidamente: as descobertas da CPI da Petrobras, a investigação sobre as "pedaladas fiscais" ou o andamento das apurações da Operação Lava Jato. "Não tem uma fundamentação jurídica ainda", concluiu um tucano.
No que depender do líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, o pedido de impeachment deve ser protocolado antes do fim do mês, quando o Movimento Brasil Livre chegará em marcha à capital federal. A expectativa é que a presença dos manifestantes ajude a convencer o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a dar início ao processo de impeachment.(AE) Aqui

Um comentário:

Anônimo disse...

QUE "INIMIZADE" ENTRE O PT-LULA E PSDB-FHC, HEM?
2 LÂMINAS DA MESMA TESOURA!
AGORA ESTÁ EXPLICADO; E V AECIO, FICARÀ AÍ?
Estamos vivendo um momento histórico. Voltamos àquelas antigas reuniões do CEBRAP, quando um sociólogo e cientista político da USP chamou para um cafezinho o líder sindical dos metalúrgicos do ABC com um plano inovador para implantar o socialismo no Brasil.
“Esqueça a guerrilha”, disse o sociólogo. “Se quisermos implantar o socialismo no Brasil, precisamos fingir que nos opomos, que somos contrários um ao outro. Quem não quiser votar em você, votará em mim, e vice-versa. No fim das contas, pensando que estão votando numa oposição, eles estarão sempre escolhendo o mesmo projeto”.Foi naquele dia que FHC e Lula se tornaram amigos para sempre. No abraço trocado, no aperto de mãos selado, estavam os próximos 30 anos da política no Brasil. Eles sabiam que, ao sair dali, precisavam fundar o PT e o PSDB, precisavam fazer nascer a esquerda da esquerda e a direita da esquerda, para que os brasileiros, no fim das contas, enganados, permanecessem sempre votando na esquerda. Foi o primeiro estelionato eleitoral de grandes proporções da nova democracia brasileira por nascer.
Hoje vivemos um momento histórico porque os dois inimigos fingidos precisaram novamente unir forças. O projeto de manter sempre a esquerda no poder pela estratégia de uma luta de mentirinha, acobertada por um acordo de cavalheiros, está falhando.
Há meses não se escuta uma palavra sequer dos petistas contra FHC. Há meses também FHC se esforça desesperadamente para salvar o PT e defender Dilma Rousseff do perigo do impeachment (defendê-la até contra a nova guarda de seu próprio Partido).
Os fingidos inimigos precisaram interromper o disfarce porque o seu projeto socialista de poder encontrou, novamente, um inimigo comum. Mas desta vez não são os militares; desta vez é uma força maior e inabalável: todo o povo brasileiro.
O abraço de FHC e Lula décadas atrás é o mesmo abraço de hoje.
E é com este abraço que, entre idiotas úteis confusos e crédulos naquela briga disfarçada, ambos se afogarão na fúria inevitável do turbilhão popular.
Juntos. Como tudo começou.
Taiguara F Souza - Do homemculto.wc