À PF, Bumlai fala do caso Celso Daniel. Amigo de Lula disse que repassou 12 milhões de reais para o caixa do PT – e só quando Valério ameaçou contar o que sabia descobriu que parte do dinheiro foi repassada a chantagista

SUPERCREDENCIAL - José Carlos Bumlai, amigo íntimo do presidente Lula, estava autorizado a entrar quando quisesse, na hora em que bem entendesse
Bumlai confessou ter repassado empréstimo milionário no banco Schahin ao caixa dois do PT(Cristiano Mariz/VEJA)
Reportagem de capa de VEJA revelou em novembro de 2012 que o publicitário Marcos Valério procurou o Ministério Público citando três personagens sobre os quais teria muito que dizer: o ex-presidente Lula, o ex-ministro Antonio Palocci e o ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel. Condenado a mais de 40 anos de cadeia no julgamento do mensalão, Valério contou que o PT lhe pediu para conseguir dinheiro para calar um empresário que ameaçava envolver Lula no caso Celso Daniel. O operador do mensalão afirmou que não quis se envolver na história, mas que o dinheiro da chantagem acabou sendo pago pelo pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente, por meio de um empréstimo contraído no Banco Schahin. Preso pela operação Lava Jato, Bumlai foi questionado pela Polícia Federal sobre o caso - e descreveu a negociação do empréstimo.
Conforme revelou VEJA, Valério disse ter sido convocado pelo PT em 2003 para uma reunião com Ronan Maria Pinto, empresário de Santo André apontado pelo Ministério Público como integrante de um esquema de recolhimento de propina incrustado na prefeitura da cidade na gestão de Celso Daniel. A missão passada a Valério seria conseguir dinheiro para calar o empresário, que ameaçava envolver Lula e o ex-ministro Gilberto Carvalho no misterioso caso do assassinato do ex-prefeito. "Nisso aí eu não me meto não", teria respondido o publicitário. Continue a leitura em site da Veja

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