Ex-presidente da Ferrari fala sobre Schumacher: ‘Infelizmente, não tenho boas notícias’. Schumacher chora ao ouvir a voz dos familiares.

                   Luca di Montezemolo e Michael Schumacher, em 2006
Luca di Montezemolo e Michael Schumacher, em foto de 2006

O estado de saúde de Michael Schumacher segue um mistério mais de dois anos depois do acidente de esqui sofrido pelo heptacampeão mundial de Fórmula 1. Nesta quinta-feira, o ex-presidente da Ferrari e amigo de Schumacher, Luca di Montezemolo, foi perguntado sobre o que sabe da atual condição do ex-piloto alemão e demonstrou pessimismo.
"Infelizmente, as notícias que tenho não são boas", disse o ex-chefe da escuderia italiana, durante o Quattroruote Day, um evento automobilístico que acontece em Milão. Montezemolo não entrou em detalhes sobre o quadro de Schumacher, mas lamentou a gravidade do acidente.
"A vida é mesmo muito estranha. Ele foi o piloto mais vencedor na Ferrari e teve apenas um acidente grave na carreira, em 1999, que foi culpa nossa e não dele. Infelizmente, um acidente de esqui arruinou sua vida", disse Montezemolo, em tom emocionado, segundo os jornais italianos.
O ex-presidente da Ferrari ainda desmentiu as teorias de que o acidente possa ter sido causado por irresponsabilidade de Schumacher. "Michael não era um esquiador imprudente. Fora das pistas, sempre foi um homem muito prudente, especialmente na hora de esquiar", garantiu o dirigente italiano, que deixou a Ferrari em 2014.
Versões - O acidente de esqui ocorrido em 29 de dezembro de 2013, na França, deixou o ex-piloto alemão de 46 anos com a saúde bastante debilitada e, desde então, não se sabe ao certo qual é a real condição de Schumacher. Schumacher bateu a cabeça em uma pedra enquanto esquiava na estação de Méribel, nos Alpes Franceses, e teve uma séria lesão no crânio. Ele foi transferido de helicóptero para um hospital na cidade de Grenoble, onde ficou internado por seis meses. Depois de sair do estado de coma, o alemão passou três meses na cidade suíça de Lausanne, até ir para casa, na vizinha Gland.
Nos últimos meses o estado de saúde de Schumacher não teve atualizações oficiais. Recentemente, a imprensa europeia publicou informações contraditórias sobre a condição do ex-piloto. Em setembro de 2015, o jornal britânico Daily Express afirmou que o alemão estava frágil e pesando menos de 45kg. Três meses depois, a revista alemã Bunte revelou que ele já estava melhor e começava a caminhar. Todas as informações foram negadas pelo staff de Schumacher, que as classificou como "irresponsáveis".
Cerca de um ano após o acidente, a revista italiana Autosprint relatou que Schumacher "não fala, tem os músculos faciais imóveis, mas responde a estímulos sonoros com os olhos". Ainda segundo a publicação, ele estaria fazendo fisioterapia em uma cadeira à frente da janela de sua casa, em Gland, e chora ao ouvir a voz dos familiares.

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