REVOLTANTE: Pedofilia sem castigo. Quem são os padres brasileiros denunciados por abusos sexuais citados no filme candidato ao Oscar "Spotlight" e por que até os condenados na Justiça continuam livres

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Aos 19 anos, P.H. não quer relembrar os abusos que sofreu aos 14. Coroinha de uma igreja em Franca, no interior de São Paulo, afirma ter sido molestado pelo padre José Afonso Dé. Procurado pela reportagem de ISTOÉ, disse que precisaria “rezar” antes de decidir se daria entrevista. “É um assunto de más recordações”, limita-se a responder. Dé foi condenado em 2011 a 60 anos e oito meses de prisão pelo estupro de nove adolescentes. Ao recorrer, garantiu sua liberdade enquanto espera o julgamento do Tribunal de Justiça de São Paulo, sem previsão para acontecer. O advogado do religioso, José Chiachiri Neto, afirma que Dé foi acusado por crimes que não cometeu, que só fazia brincadeiras como se fosse tocar nos órgãos genitais dos jovens. Afastado da igreja, o sacerdote recebe fiéis em casa, faz evangelização de casais e dá aulas de religiosidade. Depois de depor contra o padre, P.H. prefere o anonimato para evitar a dor. O caso de Franca é um dos quatro citados nos últimos minutos de projeção do filme candidato ao Oscar “Spotlight: Segredos Revelados”, que retoma os escândalos envolvendo padres pedófilos em Boston, nos Estados Unidos (leia mais no quadro ao lado). A cidade aparece numa lista com outras cem ao redor do mundo em que foram abertos processos judiciais contra sacerdotes, incluindo outras três brasileiras: Mariana (MG), Rio de Janeiro e Arapiraca (AL). Escândalos de repercussão nacional, as investigações contra padres dessas localidades levaram a uma absolvição e três condenações de réus que recorreram em liberdade, entre eles Dé. Um cumpriu pena de prisão. Continue a Leitura em site da Revista IstoÉ

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