E mais uma vez

O ex-presidente Manuel Zelaya Rosales regressou secreta e silenciosamente a Honduras com a ajuda do eixo internacional formado pelos países que integram o contorno da Venezuela no mundo, incluindo a Espanha, o país mais pobre da comunidade européia, que se deixou arrastar nesta aventura ideológica contra o regime de Micheletti, por uma generosa concessão outorgada por Chávez às transnacionais do país ibérico.

Dentro deste contexto, também se encontra a Argentina, cujo regime presidido por Cristina Kirchner está no pelourinho público, por diversos casos de corrupção relacionados com seu abrupto enriquecimento; Cristina se olha no espelho, também acionada na Presidência pelos poderes públicos da Argentina.

E assim desta forma, nosso país vem sofrendo desde 28 de Junho uma grande conspiração internacional liderada pela Organização dos Estados Americanos, OEA, em cuja cabeça encontra-se um amigo socialista de Chávez que deseja repetir outro período de mandato da instituição, dado que os petrodólares compram qualquer coisa. Por Sergio Zavala Leiva

Estados Unidos, que no passado foi inimigo dos presidentes déspotas da América, desta vez cancelou até o visto ao presidente Micheletti e de todos os seus funcionários magistrados do Supremo Tribunal Federal, incluindo o do presidente do Congresso, o que à luz do direito internacional, significa uma intromissão nos assuntos internos de Honduras, por meio de uma nova forma de pressão. Mas no final de toda essa confusão, o que acontecerá em Honduras? Micheletti será obrigado a assinar o Acordo de San José, que não passa de uma carta branca a favor de Zelaya e que lhe proporcionaria impunidade, através de uma política de anistia?

Assumindo que aconteça a assinatura do plano do presidente Arias, a crise interna em Honduras vai piorar em vez de resolver, porque parte do princípio que as medidas tomadas pela Suprema Corte, assim como pelo Congresso Nacional, neste período de transição presidencial, são atos nulos, ilegítimos ou nefastos, que levariam ao enfraquecimento do Estado, ao seu debilitamento frente a um Mel robustecido pelas turbas e pela ignorância internacional do status quo, no caso de Honduras.

Ficaria mais uma vez flutuando na atmosfera a ameaça de uma Assembléia Nacional Constituinte, o sonho perigoso de alguns, que abortaria a concepção de uma reconciliação nacional.
LaPrensahn. - Opinión de Sergio Zavala Leiva - szavalaleivaSPAMFILTER@yahoo.com -


ONU DIZ QUE NÃO HÁ CONDIÇÕES PARA ELEIÇÃO
A ONU anunciou ontem a suspensão da cooperação que vinha oferecendo a autoridades de Honduras para a organização das eleições presidenciais marcadas para 29 de novembro. Segundo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, as condições atuais não permitem que o processo eleitoral tenha credibilidade.

A decisão aumenta a pressão externa sobre o governo interino do presidente Roberto Micheletti. A FIFA também se pronunciou ontem sobre a crise. A entidade disse que está acompanhando a situação para decidir se mantém uma partida classificatória para a Copa, marcada para 10 de outubro em Honduras. Se a situação política permitir, a seleção local joga com os EUA.

Ontem, Micheletti declarou que está disposto a negociar com o presidente deposto Manuel Zelaya, mas que não retiraria a ordem de prisão contra ele. Sem a garantia de que não haverá prisão, qualquer oferta de diálogo se torna inviável. Micheletti também convidou ministros de Estado de países da OEA para tentar intermediar o impasse. Mas a oferta tampouco parece ter futuro, uma vez que o governo rejeita a exigência número 1 da comunidade internacional: restituir Zelaya. Valor Econômico - com Agências internacionais

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