Mais que num candidato, milhões de brasileiros votarão na democracia.

A foto é proposital. O Eco das vozes do Sub-mundo encerram a campanha dizendo: "as mentiras sorrateiras que saíram do baixo mundo da política, de quem não tem coragem de sair a público". Será que eles se consideram a fina flor da política com toda a bandidagem praticada? Lendo o discurso da bandida, as coisas sujas e criminosas nunca existiram, é alucinação ! Vai se tratar! Leiam abaixo um resumo só na última semana de setembro, sem contar os quase os 8 anos de ladroagem e crimes explícitos sobre a canalha. Movcc/gabriela

Por Augusto Nunes - Veja Online
Na última semana de setembro, o avanço da necrose moral que devasta o Brasil de Lula foi exposto pela imprensa com perturbadora nitidez. No último debate da campanha presidencial, os quatro candidatos fizeram de conta que disputam uma prefeitura no interior da Noruega ─ e contornaram cuidadosamente as vastidões infeccionadas do país que pretendem governar.

Os sherloques da Polícia Federal investigam o escândalo da Receita Federal, que inclui o estupro do sigilo fiscal da filha de José Serra, com a animação de um guarda-noturno aposentado. Na Globo, o candidato do PSDB prometeu criar uma Guarda Civil Nacional. Nenhum integrante do bando de Erenice Guerra dorme na cadeia. Dilma Rousseff, que apadrinhou a transformação da Casa Civil numa Casa da Mãe do Israel Guerra, caprichou na pose de Mãe dos Pobres e inaugurou mais um colossal ajuntamento de casas imaginárias.

Os gatunos do Amapá e do Tocantins, depois de duas noitadas na gaiola, estão de volta à campanha da aliança governista, ao palanque de Dilma Rousseff, à chefia da administração estadual e ao comando da quadrilha. Marina Silva, que se nega a enxergar o mensalão, prometeu consertar o Brasil com a ajuda do que há de melhor em partidos que só recrutam o que há de pior. Os inimigos da liberdade de imprensa agora conspiram em parceria com blogueiros estatizados e analfabetos funcionais homiziados em sindicatos de jornalistas. Plínio de Arruda Sampaio, ainda estacionado em 1917, ensinou que os caminhos do futuro são os becos sem saída do passado.

Digite aqui o resto do postPela vontade unânime dos candidatos, o Brasil real não foi convidado para o debate. Por vontade de José Serra e seus marqueteiros, a oposição não compareceu ao estúdio da Globo. Como tem feito Lula há oito anos, como ela própria faz há oito meses, Dilma Rousseff pôde mentir com o atrevimento de quem sabe que não ouvirá reparos nem ressalvas. Dispensada de perguntas constrangedoras pelo principal adversário, poupada de cobranças políticas entaladas na garganta de todos os brasileiros decentes, a Doutora em Nada voltou a recitar que a dupla de sumidades que não sabe construir sequer uma frase está concluindo a construção da primeira superpotência tropical.

Sempre torturando a verdade e o português com a crueldade de um serial killer americano, a candidata que deve explicações sobre incontáveis delinquências e casos muito mal contados vestiu a fantasia de credora. Entre um “tem de tê” e um “vô precisá resolvê”, perdida sem bússola na selva das palavras, a representante do governo que mantém metade da população brasileira sem tratamento de esgoto ousou, no meio do debate, cumprimentar o padrinho, e cumprimentar-se, pelos avanços no sistema de saneamento básico em adiantado estado de decomposição.

O que houve com Serra para renunciar ao confronto? Premiado com a adversária que todo candidato pede aos deuses da política, por que um currículo respeitável evitou o duelo com um prontuário escurecido por inquietantes pontos de interrogação? É um falso enigma. Na raiz da estratégia absurda está o imenso equívoco seminal: a oposição oficial acredita em tudo o que dizem o Grande Pastor e seus devotos ─ que não acreditam numa palavra do que dizem.

Enquanto Lula ataca todos os adversários todo o tempo, os companheiros espalham que partir para a ofensiva só apressa a derrota. Serra acredita nisso. Fernando Henrique Cardoso será lembrado como o presidente que liquidou a inflação e tirou a economia da UTI. O sucessor espertalhão inventa a herança maldita, plateias amestradas aplaudem a fraude, os tucanos se recolhem ao silêncio. A queda de Dilma nas pesquisas só pode ter decorrido das bandalheiras em que se meteu. A aliança governista segue ensinando que brasileiro não dá importância a bandidagens. E Serra acredita.

Seja qual for o vencedor, nenhum terá chegado à Presidência por competência política e densidade eleitoral. Os brasileiros entusiasmados com Dilma Rousseff e José Serra não bastariam para garantir uma vaga na Câmara de Vereadores de Carapicuíba. Abstraídos parentes, amigos e vizinhos, todos os eleitores de Dilma votam em Lula. E multidões de eleitores escolheram Serra para que o país não seja derrotado pela eternização da Era da Mediocridade, assaltado pela tribo dos cínicos e subjugado pela seita dos liberticidas.
Mais que num candidato, milhões de brasileiros votarão na democracia.

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