Presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, João Batista Soares (Eduardo Rocha/CRMMG)
O Conselho Regional
de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) vai acionar a polícia para os casos de
profissionais estrangeiros que atuarem no estado por meio do programa Mais
Médicos sem passarem pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas
Médicos (Revalida) e pela avaliação de fluência em português. Segundo o
presidente da entidade mineira, João Batista Soares, trata-se de exercício
ilegal da profissão.
De acordo com Soares, o conselho mineiro irá
fiscalizar todos os profissionais estrangeiros ou brasileiros formados no
exterior para verificar se estão de acordo com a lei. "Esse treinamento de
três semanas que vão fazer é besteira. Querem trabalhar só com esse
treinamento, mas a lei exige o Revalida e exame de idioma. O governo pode
burlar a lei?", indagou. "Se estiverem irregulares, é exercício
ilegal da profissão. E isso é caso de denúncia à polícia", completou
Soares.
Em entrevista ao jornal Estado de
Minas, de Belo Horizonte, o presidente do CRM-MG afirmou que o
conselho vai orientar os profissionais do estado a "não socorrerem erros
dos colegas cubanos". Mas Soares disse que foi "mal
interpretado" e que os pacientes que passarem pelos estrangeiros e tiverem
problemas serão atendidos normalmente pelos médicos brasileiros. "Nós
socorremos os pacientes. Mas não nos responsabilizaremos pelo erro anterior. E
falamos em cubanos porque o número de profissionais daquele país é maior. Mas
vale para qualquer estrangeiro", concluiu.
Pernambuco — O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco
(Cremepe) decidiu não fazer o registro de médicos estrangeiros que não tiverem
o Revalida. "Sem o número que habilita o exercício da profissão, essas
pessoas estarão no exercício irregular e ilegal da profissão", afirmou a
presidente do conselho estadual, Helena Carneiro Leão. "Médico sem
registro no conselho não pode exercer a profissão. Sem o diploma revalidado,
como saber se o profissional é realmente médico?", indaga ela.
Segundo a presidente, o estado não tem nenhuma
resolução semelhante ao conselho de Minas Gerais. Ela disse que os conselhos
regionais irão se reunir em Brasília, na próxima terça-feira, e sua expectativa
é que se chegue a uma resolução comum a ser adotada em todo o País. Site da VEJA
(Com Estadão Conteúdo)
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