Editorial do Estado de São Paulo
Enquanto, no Poder Judiciário, o ministro Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), pronunciava a sua já histórica sentença liminar suspendendo a vigência da Lei de Imprensa, no Legislativo, a Comissão de Ciência, Tecnologia e Informação (CCT) do Senado aprovava, sem prévia realização de audiência pública, projeto de lei que, ao alterar o Código Penal, aumentando em um terço a pena para os crimes contra a honra praticados por comunicação eletrônica, na prática restringe as liberdades de opinião e expressão na internet.
De autoria do senador Expedito Júnior (PP-RO), ele afirmou: "Tem sido muito comum a criação de sites de pseudojornalistas com o objetivo de caluniar, difamar ou injuriar autoridades e outras personalidades e destruir sua reputação. Isso mostra como a internet pode ser utilizada como verdadeiro instrumento do crime", disse o parlamentar de Roraima na exposição de motivos de seu projeto. "As repercussões sobre a honra, subjetiva e objetiva, são inquestionáveis", concluiu. Leia mais aqui
A FARRA DAS ONG$ E O CASTIGO DE SÍSIFO
De autoria do senador Expedito Júnior (PP-RO), ele afirmou: "Tem sido muito comum a criação de sites de pseudojornalistas com o objetivo de caluniar, difamar ou injuriar autoridades e outras personalidades e destruir sua reputação. Isso mostra como a internet pode ser utilizada como verdadeiro instrumento do crime", disse o parlamentar de Roraima na exposição de motivos de seu projeto. "As repercussões sobre a honra, subjetiva e objetiva, são inquestionáveis", concluiu. Leia mais aqui
A FARRA DAS ONG$ E O CASTIGO DE SÍSIFO
Levantamento feito pelo boletim "Congresso em Foco" com base no Siafi (sistema onde são registrados gastos públicos) revela que o governo federal despejou R$ 13,1 bilhões em oito anos para 9.259 entidades do chamado "terceiro setor", as ONGs. Na média do período, R$ 1,6 bilhão ao ano foi repassado a essas entidades.
Fatos recentes, porém, revelam que há algo de muito podre no reino das ONGs.
Nos últimos dias, ficamos sabendo que mais de R$ 70 milhões foram destinados a amigos, doadores de campanha e parentes que comandam ONGs ligadas ao PDT. O partido é presidido pelo ministro Carlos Lupi (Trabalho). É do seu ministério que o dinheiro sai.
Já as verbas que deveriam ser usadas para treinar jovens foram parar ou em um asilo de idosos presidido por político do PDT ou em igreja evangélica que nunca treinou ninguém. Mas que tem seu "diretor político" como filiado ao partido de Lupi.
Soubemos também que outras ONGs ligadas ao PC do B, partido do ministro do Esporte, Orlando Silva, receberam R$ 14 milhões. A que mais embolsou verbas é comandada por um colega do ministro no Comitê Central do PC do B. Não apenas os convênios são acintosamente suspeitos, mas é também suspeitíssima a posição do presidente Lula em relação aos casos.
Além de defender Lupi com unhas e dentes antes mesmo de uma investigação séria, houve enorme resistência do governo Lula e de partidos aliados em apoiar a chamada CPI das ONGs. O embrião da CPI foram suspeitas em torno da ONG Unitrabalho, que recebeu mais de R$ 18 milhões na gestão Lula. A ONG tem como colaborador o petista Jorge Lorenzetti, "aloprado e churrasqueiro oficial" do presidente.
Após meses de protelações e impedimentos, agora finalmente a CPI das ONGs está em atividade no Senado, se é que podemos dizer isso. Sua atuação é tão desfocada e pulverizada que não produziu nada que preste até agora. Ao que parece, é outra CPI que servirá somente para os partidos manterem alto o nível de chantagem entre si enquanto sangram o setor público com a outra mão. O jogo de sempre.
Os escândalos listados acima pipocam com fatos e fotos na Folha e em "O Globo" há mais de duas semanas. De prático, além da defesa enfática de Lula a Lupi, apenas alguns convênios seriam cancelados (será?). Assim como em dezenas de outros desmandos na República, mais nada aconteceu.
Talvez nesta semana Lula também defenda o ministro Hélio Costa (Comunicações). Segundo reportagem da colega Elvira Lobato, da Folha, Costa pretende transferir o call center dos Correios para sua base eleitoral e cidade natal, Barbacena (MG).
A operação inclui investimento milionário e a contratação de 400 funcionários públicos no município. Justificativa do ministério: Barbacena fica entre duas grandes cidades, Rio e Belo Horizonte. Um embuste. Para reduzir custos, empresas norte-americanas têm hoje seus call centers na Índia.
No Brasil de hoje, jornalistas parecem obrigados a um infinito trabalho de Sísifo. Como sucede ao mitológico filho do rei Éolo, Sísifo é condenado a empurrar uma enorme rocha morro acima. Mas, em todas as vezes em que está quase lá, a pedra rola de volta ao ponto de partida. Só resta enfrentar a rocha novamente. Por Fernando Canzian da Folha Online
DILMA ARMA-SE PARA PROTEGER O COFRE
Fatos recentes, porém, revelam que há algo de muito podre no reino das ONGs.
Nos últimos dias, ficamos sabendo que mais de R$ 70 milhões foram destinados a amigos, doadores de campanha e parentes que comandam ONGs ligadas ao PDT. O partido é presidido pelo ministro Carlos Lupi (Trabalho). É do seu ministério que o dinheiro sai.
Já as verbas que deveriam ser usadas para treinar jovens foram parar ou em um asilo de idosos presidido por político do PDT ou em igreja evangélica que nunca treinou ninguém. Mas que tem seu "diretor político" como filiado ao partido de Lupi.
Soubemos também que outras ONGs ligadas ao PC do B, partido do ministro do Esporte, Orlando Silva, receberam R$ 14 milhões. A que mais embolsou verbas é comandada por um colega do ministro no Comitê Central do PC do B. Não apenas os convênios são acintosamente suspeitos, mas é também suspeitíssima a posição do presidente Lula em relação aos casos.
Além de defender Lupi com unhas e dentes antes mesmo de uma investigação séria, houve enorme resistência do governo Lula e de partidos aliados em apoiar a chamada CPI das ONGs. O embrião da CPI foram suspeitas em torno da ONG Unitrabalho, que recebeu mais de R$ 18 milhões na gestão Lula. A ONG tem como colaborador o petista Jorge Lorenzetti, "aloprado e churrasqueiro oficial" do presidente.
Após meses de protelações e impedimentos, agora finalmente a CPI das ONGs está em atividade no Senado, se é que podemos dizer isso. Sua atuação é tão desfocada e pulverizada que não produziu nada que preste até agora. Ao que parece, é outra CPI que servirá somente para os partidos manterem alto o nível de chantagem entre si enquanto sangram o setor público com a outra mão. O jogo de sempre.
Os escândalos listados acima pipocam com fatos e fotos na Folha e em "O Globo" há mais de duas semanas. De prático, além da defesa enfática de Lula a Lupi, apenas alguns convênios seriam cancelados (será?). Assim como em dezenas de outros desmandos na República, mais nada aconteceu.
Talvez nesta semana Lula também defenda o ministro Hélio Costa (Comunicações). Segundo reportagem da colega Elvira Lobato, da Folha, Costa pretende transferir o call center dos Correios para sua base eleitoral e cidade natal, Barbacena (MG).
A operação inclui investimento milionário e a contratação de 400 funcionários públicos no município. Justificativa do ministério: Barbacena fica entre duas grandes cidades, Rio e Belo Horizonte. Um embuste. Para reduzir custos, empresas norte-americanas têm hoje seus call centers na Índia.
No Brasil de hoje, jornalistas parecem obrigados a um infinito trabalho de Sísifo. Como sucede ao mitológico filho do rei Éolo, Sísifo é condenado a empurrar uma enorme rocha morro acima. Mas, em todas as vezes em que está quase lá, a pedra rola de volta ao ponto de partida. Só resta enfrentar a rocha novamente. Por Fernando Canzian da Folha Online
DILMA ARMA-SE PARA PROTEGER O COFRE
No final da década de 60, Dilma Roussef, hoje ministra da Casa Civil, era uma guerrilheira temida até pelos órgãos de repressão. Militante do movimento VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares) organizou o assalto ao cofre do governador de São Paulo, Adhemar de Barros, que rendeu US$ 2,5 milhões.
Quarenta anos depois, Dilma é a guardiã de outro cofre, o que abriga os segredos dos R$ 51 milhões gastos com cartões corporativos da presidência da República de 2003 a 2007, entre eles todos os gastos sigilosos do Lula da Silva. Para preservar os segredos do cofre, Dilma recorreu às lições do passado para detonar uma guerrilha jurídica. Em um mesmo mês ela deu duas respostas conflitantes a requerimentos do Senado que pediam Informações sobre as despesas efetuadas com os cartões corporativos. Por Weiller Diniz Brasília - JB Online – Matéria completa aqui
DEMOCRACIA: MENSALÃO PIORA POSIÇÃO DO BRASIL EM RANKING
Os escândalos que começaram com as denúncias sobre o mensalão fizeram com que o Brasil caísse duas posições em um importante critério do ranking que avalia as democracias de países em desenvolvimento, elaborado pela fundação alemã Bertelsmann.
Na classificação anterior, divulgada no ano passado, o país ficou em 13º lugar na lista, segundo a avaliação da chamada “boa governança”, que mede a capacidade do governo e das elites de conduzirem o país para a democracia e a economia de mercado. Agora o Brasil aparece em 15º.
“Estabelecemos a democracia e a economia de mercado como as metas a serem alcançadas e, nesse sentido, o Brasil piorou muito em aspectos como a capacidade de implementar novas políticas e de aprender com as experiências”, disse ao Correio, em entrevista por telefone, o coordenador regional da Bertelsmann para América Latina, Peter Thiery, segundo o qual “a corrupção foi um ponto-chave” para essa piora na avaliação.
O especialista em regimes políticos, Thiery, afirma que o dado mais preocupante no caso brasileiro é que as desigualdades sociais associadas às denúncias de corrupção fazem com que caia a confiança dos cidadãos nos governos democráticos. “As ditaduras já acabaram há décadas e os países da América Latina não têm se mostrado capazes de lutar contra a pobreza. Como os cidadãos não estão vendo progressos, podem começar a querer a volta de governos mais autoritários”, afirmou. Por Mariana Mainenti - Da equipe do Correio
PUBLICIDADE DO GOVERNO NA RECORD CRESCE 150% SOB LULA
Os investimentos publicitários do governo federal na Record cresceram 150,3% de 2003, primeiro ano do governo Lula, a 2007.
Propriedade do bispo Edir Macedo, ligado a bancada de parlamentares fiéis ao governo, a Record foi a emissora que registrou maior aumentona obtenção de propaganda de estatais e ministérios. Os dados são da Secom (Secretaria de Comunicação Social).
Em segundo lugar, aparece a Band, com aumento de 128,6%, bem à frente da Globo, que cresceu 58,7% sob Lula, Rede TV! (41%) e SBT (37,1%). Sob o argumento de que se tratam de dados estratégicos, o governo não divulga quanto investiu em cada rede. Informa apenas que gastou R$ 965,032 milhões em publicidade em 2007, dos quais R$ 576,4 milhões (60%) foram para TV.
O governo nega critérios políticos na distribuição de verbas. Diz que se baseia apenas em aspectos técnicos, basicamente o perfil do público da emissora (a cobertura de todas as classes é valorizada), a variedade e qualidade de sua programação (telejornais e eventos esportivos são mais atraentes) e o custo relativo do espaço.
Segundo José Otaviano Pereira, secretário de comunicação integrada da Secom, os investimentos na Record acompanharam o crescimento de audiência da emissora. Descontando-se a inflação, as verbas na Record cresceram 81%, enquanto sua audiência nacional subiu 88%, diz ele.
Já o crescimento das verbas da Band (65% sem a inflação), TV que praticamente não oscilou no Ibope, se justifica porque a rede ofereceria o menor custo por telespectador. "A Band tem preços relativos bem melhores. Isso pesa na negociação de pacotes, como o patrocínio do Pan", diz Pereira.
De acordo com Pereira, as verbas da Globo, descontada a inflação, cresceram 14,6% de 2003 a 2007, enquanto a rede caiu 10% no Ibope nacional. Também por esse critério, os investimentos no SBT decresceram 0,9%, menos do que sua derrocada de audiência (-23%). Procuradas, Band e Record não comentaram o assunto. Por Daniel Castro – FSP
Propriedade do bispo Edir Macedo, ligado a bancada de parlamentares fiéis ao governo, a Record foi a emissora que registrou maior aumentona obtenção de propaganda de estatais e ministérios. Os dados são da Secom (Secretaria de Comunicação Social).
Em segundo lugar, aparece a Band, com aumento de 128,6%, bem à frente da Globo, que cresceu 58,7% sob Lula, Rede TV! (41%) e SBT (37,1%). Sob o argumento de que se tratam de dados estratégicos, o governo não divulga quanto investiu em cada rede. Informa apenas que gastou R$ 965,032 milhões em publicidade em 2007, dos quais R$ 576,4 milhões (60%) foram para TV.
O governo nega critérios políticos na distribuição de verbas. Diz que se baseia apenas em aspectos técnicos, basicamente o perfil do público da emissora (a cobertura de todas as classes é valorizada), a variedade e qualidade de sua programação (telejornais e eventos esportivos são mais atraentes) e o custo relativo do espaço.
Segundo José Otaviano Pereira, secretário de comunicação integrada da Secom, os investimentos na Record acompanharam o crescimento de audiência da emissora. Descontando-se a inflação, as verbas na Record cresceram 81%, enquanto sua audiência nacional subiu 88%, diz ele.
Já o crescimento das verbas da Band (65% sem a inflação), TV que praticamente não oscilou no Ibope, se justifica porque a rede ofereceria o menor custo por telespectador. "A Band tem preços relativos bem melhores. Isso pesa na negociação de pacotes, como o patrocínio do Pan", diz Pereira.
De acordo com Pereira, as verbas da Globo, descontada a inflação, cresceram 14,6% de 2003 a 2007, enquanto a rede caiu 10% no Ibope nacional. Também por esse critério, os investimentos no SBT decresceram 0,9%, menos do que sua derrocada de audiência (-23%). Procuradas, Band e Record não comentaram o assunto. Por Daniel Castro – FSP
2 comentários:
Eles compraram e cooptaram boa parte da imprensa para desinformar o cidadão. Só não esperavam que surgisse o fenômeno da espontâneidade da informação cidadã na internet. Como eles não podem comprar os "pseudo-cidadãos jornalistas", eles partem para a truculência querendo silenciar através de leis absurdas e tirânicas. É uma vergonha o que está acontecendo no país.
A FARRA DAS ONG$ E O CASTIGO DE SÍSIFO
Mas não tem UMA LEGENDA SEQUER que se salve das máculas políticas que se pratica no Brasil!
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