O clima de tensão no Surumu esquentou desde a madrugada, quando índios ligados ao Conselho Indígena de roraima (CIR) tentam ocupar as casas dos moradores não-índios da localidade. A tentativa de expulsão faz parte da ação planejada pela entidade para lembrar o Dia do Índio, neste sábado. Desde o início da manhã, moradores do Surumu e de Pacaraima entram em contato com a redação da Folha pelo telefone para informar dos tumultos. Segundo uma moradora, já houve até briga entre índios favoráveis e contrários à retirada dos \"brancos\" da terra indígena Raposa Serra do Sol. Folha de Boa Vista.
Leia também - PF DE PRONTIDÃO. ÍNDIOS AMEAÇAM OS ARROZEIROS À FORÇA - no JB Online aqui
ANCHIETA AUTORIZA PM ENTRAR NO SURUMU PARA MEDIAR CONFLITO
O governador Anchieta Júnior autorizou agora há pouco o uso do aparato policial do Estado para mediar o conflito na terra indígena Raposa Serra do Sol e evitar a tragédia anunciada pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR), que ameaça retirar hoje os moradores não-índios do Surumu.
A intervenção da Polícia Militar foi solicitada esta manhã pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, para realizar o trabalho de forma integrada com a Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança, na tentativa de evitar o confronto na região. O ministro falou pelo telefone com o secretário de Segurança Pública, Cláudio Lima, depois de tentar, sem sucesso, ligação com o governador Anchieta Júnior (PSDB). Lima conversou com o governador e ele autorizou a intervenção da PM. A tropa já está sendo mobilizada.
O comandante da Polícia Militar, coronel Márcio Santiago e o secretário de Segurança vão se reunir ainda pela manhã com o superintendente da Polícia Federal, delegado José Maria Fonseca e o coordenador da Operação Upatakon 3, Fernando Segóvia, para definir os detalhes da ação. Folha de Boa Vista
COMENTÁRIO
O que não sabemos ao certo é se a notícia acima visa exclusivamente justificar a presença da Polícia Federal na região, o que tem causado protestos e transtornos à população, ou se de fato está ocorrendo tal desobediência por parte das lideranças indígenas. Talvez esta motivação dos índios em desrespeitar as leis, venha do incentivo do próprio Lula, ao afirmar ontem, que pretende levar adiante a picaretagem da demarcação. Essa conversa de que o Tarso Genro solicitou o apoio da PM para intermediar o conflito (?) que acontecendo hoje, na região, é no mínimo para se ficar atento. Ainda mais que ele nem foi atendido pelo governador Anchieta. Por Gaúcho/Gabriela
ANCHIETA AUTORIZA PM ENTRAR NO SURUMU PARA MEDIAR CONFLITO
O governador Anchieta Júnior autorizou agora há pouco o uso do aparato policial do Estado para mediar o conflito na terra indígena Raposa Serra do Sol e evitar a tragédia anunciada pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR), que ameaça retirar hoje os moradores não-índios do Surumu.
A intervenção da Polícia Militar foi solicitada esta manhã pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, para realizar o trabalho de forma integrada com a Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança, na tentativa de evitar o confronto na região. O ministro falou pelo telefone com o secretário de Segurança Pública, Cláudio Lima, depois de tentar, sem sucesso, ligação com o governador Anchieta Júnior (PSDB). Lima conversou com o governador e ele autorizou a intervenção da PM. A tropa já está sendo mobilizada.
O comandante da Polícia Militar, coronel Márcio Santiago e o secretário de Segurança vão se reunir ainda pela manhã com o superintendente da Polícia Federal, delegado José Maria Fonseca e o coordenador da Operação Upatakon 3, Fernando Segóvia, para definir os detalhes da ação. Folha de Boa Vista
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O que não sabemos ao certo é se a notícia acima visa exclusivamente justificar a presença da Polícia Federal na região, o que tem causado protestos e transtornos à população, ou se de fato está ocorrendo tal desobediência por parte das lideranças indígenas. Talvez esta motivação dos índios em desrespeitar as leis, venha do incentivo do próprio Lula, ao afirmar ontem, que pretende levar adiante a picaretagem da demarcação. Essa conversa de que o Tarso Genro solicitou o apoio da PM para intermediar o conflito (?) que acontecendo hoje, na região, é no mínimo para se ficar atento. Ainda mais que ele nem foi atendido pelo governador Anchieta. Por Gaúcho/Gabriela
O laudo antropológico feito para justificar a demarcação em área contínua da Reserva/ Raposa Serra do Sol foi uma fraude. Essa é a afirmação feita pelo historiador roraimense Riobranco Brasil, que disse ter provas conclusivas que alegam que apenas uma pessoa elaborou o documento, ao invés de um grupo de trabalho, como mandava a Justiça.
O historiador caracteriza o laudo como a maior peça farsante já produzida e que chegou a induzir as autoridades federais, na ocasião, o presidente Luís Inácio Lula da Silva e o então ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, para oficializarem a demarcação da área indígena. Os autos que comprovam a farsa estão reunidos no livro do autor, Pedra Pintada, o Templo Sagrado, ainda em fase de publicação. Nele, Riobranco afirma que o grupo técnico, recrutado pela FUNAI para elaborar o relatório antropológico, nunca existiu.
“O que se chama grupo se resume apenas em uma pessoa: a antropóloga Maria Guiomar de Melo, que foi a única que assinou o relatório”, disse o historiador. “É de se supor que ela estivesse representando todo o grupo dos 27 técnicos das várias instituições envolvidas”.
O processo de pesquisa foi realizado entre 1991 e 1993. Os 27 técnicos eram representantes da então SEMAIJUS (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Interior e Justiça de Roraima), por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), e por membros do CIMI (Conselho Indígena Missionário) e do CIR (Conselho Indígena de Roraima).
O grupo interinstitucional foi formado por dez índios indicados pelo CIR. Segundo Riobranco, isso demonstra a parcialidade por não constar representações de outras instituições e dos índios contrários à demarcação em área contínua. “Além do fato de o relatório não representar o pensamento dos membros do grupo técnico, é considerável a pouca representatividade desse grupo constituído pela Funai”. Por Fábio Cavalcante - Leia matéria completa no Roraima Hoje
DECLARAÇÕES DIVIDEM OPOSIÇÃO
As críticas públicas do comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno, à política indigenista do governo Lula dividiram a oposição. Enquanto o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), divulgava ontem nota em apoio ao general, o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), usou a tribuna do Senado para criticar o fato de um militar da ativa fazer pronunciamentos de caráter político, por mais que concorde com o conteúdo de seu discurso:
- Não estou defendendo o governo Lula, que não tem autoridade e se péla de medo das casernas. O general Heleno tem razão, porque a política indigenista do presidente Lula é caótica. Mas embora tenha razão, não acho que devesse ter falado, porque não é papel dele falar. Lutei muito por democracia no país e não considero justo que voltemos ao tempo dos pronunciamentos militares de caráter político. Se está na reserva, tem liberdade de fazer isso. Mas, se está no serviço ativo, não.
O DEM, em nota assinada por Rodrigo Maia, apoiou o general, que teria sido "ameaçado e intimidado" por ter alertado que a política indigenista do governo teria se transformado em ameaça interna à soberania brasileira na Amazônia. Para o partido, "ao mesmo tempo em que sinaliza com punições contra quem age com seriedade, moderação e respeito às leis, o governo atua com permissividade e leniência ante as ilegalidades de grupos que investem contra a democracia, o estado de direito e a segurança pública", em referência ao MST. Por Adriana Vasconcelos e Gerson Camarotti
COMENTÁRIO
Desde que a crise em Roraima começou a ocupar os espaços nos jornais, no Congresso Nacional, tirando o senador Mozarildo (a voz solitária que por várias vezes levou o assunto ao plenário), o que se viu foi uma total omissão dos parlamentares com relação a crise da região. Diante da eminência do confronto sangrento, o senado comportou-se de forma omissa e ausente, como se a questão não fosse relevante o suficiente para constar na pauta de cada parlamentar. Menos mal que o DEM, ainda que tardiamente, tenha se manifestado a favor do General Heleno. Pior foi o senador Arthur Virgílio (da mesma legenda do governador de Roraima), que além de nada ter falado antes (como os demais), posicionou-se contra o único que teve a coragem de falar. Por Gaúcho
MST HUMILHA A NAÇÃO
Jamais existiu no País alguma outra entidade - no caso, agrupamento ou bando, já que não tem existência legal - capaz de demonstrar tamanho desrespeito pelas instituições como o Movimento dos Sem-Terra (MST). Esse bando não pode ser comparado a organizações guerrilheiras, pois estas, onde existem, são combatidas, com maior ou menor grau de sucesso, pelas forças policiais. O MST, embora use muitos dos métodos violentos daquelas facções insurretas, aqui recebe subsídios oficiais (por meio de entidades laranjas "legais") e é tratado com a maior deferência, a ponto de ser recebido pelo chefe de Estado e governo, que até já vestiu seu simbólico boné. Apesar desse tratamento, ao desrespeito junta-se a ingratidão quando o líder emessetista maior, João Pedro Stédile, ao explicar as razões do Abril Vermelho, afirma que "está na hora de o governo federal criar vergonha na cara". – Opinião do Estado de São Paulo - Leia mais aqui
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