O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, evitou comentar as ações de movimentos sociais no chamado "abril vermelho", termo que é rechaçado pelo MST - que prefere classificar as ações no mês de abril
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, evitou comentar as ações de movimentos sociais no chamado "abril vermelho", termo que é rechaçado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) - que prefere classificar as ações no mês de abril de "jornada nacional de lutas".
"Não comento as ações dos movimentos sociais nem sobre um ou outro ato. Eles têm as suas agendas e cada um tem que se responsabilizar por suas atitudes", disse Cassel. Ele ressaltou, contudo, que a participação desses movimentos é essencial para o "fortalecimento da democracia" no Brasil. Folha de São Paulo
MST APELA PORQUE PERDEU A RAZÃO DE EXISTIR
Professor de sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Zander Navarro é um dos principais pesquisadores da atuação do MST. Ex-aliado de movimentos agrários e hoje crítico deles, o autor de "Mobilização sem Emancipação - As Lutas Sociais dos Sem-Terra no Brasil" diz que as invasões são uma forma de o movimento se manter nos holofotes. Por Fernando Barros de Mello - da Redação Folha de São Paulo
FOLHA - Que análise o sr. faz deste "abril vermelho"?
ZANDER NAVARRO - A organização precisa das manchetes para se cacifar junto a outros atores do mesmo campo. Há vários problemas, contudo, que se sobressaem nos anos mais recentes. Primeiro, parte importante das ações são organizadas sobre temas que nem remotamente estão no campo de interesses e reconhecimento dos trabalhadores rurais, indicando manipulação, especialmente de famílias de assentamentos. Há também crescente inquietação com a evidente falta de legitimidade dos dirigentes. São inúmeros os sinais, nesses anos, de que o MST perdeu a sua razão de existência e sua disparatada agenda é o próprio reflexo deste descaminho.
FOLHA - O sr. fala de invasões de prédios públicos ou multinacionais?
NAVARRO - O movimento apela para outras formas de protestos como artifício de atrair holofotes que possam reforçar a necessidade de sua existência. O MST não é mais do que uma organização do sistema político, integrada por algumas centenas de militantes profissionais, que não sabem fazer mais nada. Se sumir da cena política como obterá recursos públicos que sustentam a organização? A tudo isso o governo federal assiste passivamente. A manutenção dessa comédia atende interesses de militantes profissionais do MST, intelectuais desinformados, estudantes encantados com a retórica radical, corporativismo do Incra e segmentos radicalizados da classe média, que jamais pisaram em áreas rurais.
FOLHA - A reforma é necessária?
NAVARRO - Mantenho o argumento que defendo há quase uma década: o tempo da reforma agrária há muito deixou de existir. Atualmente, se tanto, se justificaria uma ação mais ousada apenas no chamado "polígono das secas", onde se concentra praticamente a metade das famílias rurais mais pobres.
FOLHA - Há argumentos válidos para as invasões?
NAVARRO - O MST perdeu a chance de entrar na história brasileira, a partir do final da década de 1990, quando poderia se transformar na maior organização voltada ao desenvolvimento rural a favor dos mais pobres. Precisaria se institucionalizar, impor transparência no processo de decisões e abraçar o jogo democrático.
FOLHA - O que ocorreu?
NAVARRO - Seu líder maior [João Pedro Stedile], infelizmente, é muito tacanho e prefere continuar usando crianças em ocupações, manipular assentados com recursos públicos, doutrinar jovens em suas patéticas escolas rurais e, se necessário, usar até da violência para manter o controle interno.
SEM TERRA INVADEM FERROVIA DE CARAJÁS
A Ferrovia de Carajás, em Parauapebas (PA), foi invadida hoje pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de acordo com a Vale, que opera a ferrovia. A companhia deve soltar uma nota sobre o assunto. A invasão já estava se desenhando anteriormente com a reunião de milhares de pessoas em municípios cruzados pela ferrovia. O MST está promovendo uma série de invasões neste mês, como a de ontem, à sede da Caixa Econômica Federal, em Brasília, e a de hoje, da sede da secretaria municipal de Educação de Ribeirão Preto (SP). Por Adriana Chiarini - Agência Estado
SOBREVIVENTES E FAMILIARES DE VITIMAS DO MASSACRE DE ELDORADO RECEBEM INDENIZAÇÃO
Um grupo de 19 sobreviventes do “massacre” de Eldorado do Carajás será recebido, na tarde desta quinta-feira (17), pela governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), que fará a entrega simbólica de indenizações aos familiares e sobreviventes que participaram do confronto entre MST e a Polícia Militar em Eldorado dos Carajás em 17 de abril de 1996. O governo do Estado pagará um total de R$ 1,2 milhão a esses 19 pessoas em precatórios que variam de R$ 30 mil a R$ 90 mil, cumprindo decisão judicial de 2005 a título de indenização por danos morais e materiais. A determinação da Justiça também obriga o Estado a pagar, entre outros benefícios, pensões especiais vitalícias e tratamento médico aos sobreviventes. Os valores das indenizações foram determinados conforme a gravidade dos casos e discutidos entre o advogado das vítimas, Walmir Brelaz, e a equipe de governo que negociou o pagamento dos precatórios. - – Por Adriana Monteiro – UOL Notícias – Leia matéria aqui
COMENTÁRIO
Já nem tenho mais palavras para comentar sobre esta situação. É o caos institucional instaurado no País. É a afronta diária aos brasileiros, o roubo escancarado, a provocação intermitente do desgoverno Lula ao Estado de Direito, à Justiça, à Ordem e à Democracia.
A Constituição, em seu art. 1º, estabelece de forma muito clara, que o Brasil constitui-se em Estado democrático de direito. Fora deste parâmetro, somente com a RUPTURA do Estado, seja pelo caminho que for preciso, até que a Nação legitimamente estabeleça outra ORDEM CONSTITUCIONAL. – Por Gaúcho/Gabriela
SEM TERRA INVADEM FERROVIA DE CARAJÁS
A Ferrovia de Carajás, em Parauapebas (PA), foi invadida hoje pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de acordo com a Vale, que opera a ferrovia. A companhia deve soltar uma nota sobre o assunto. A invasão já estava se desenhando anteriormente com a reunião de milhares de pessoas em municípios cruzados pela ferrovia. O MST está promovendo uma série de invasões neste mês, como a de ontem, à sede da Caixa Econômica Federal, em Brasília, e a de hoje, da sede da secretaria municipal de Educação de Ribeirão Preto (SP). Por Adriana Chiarini - Agência Estado
SOBREVIVENTES E FAMILIARES DE VITIMAS DO MASSACRE DE ELDORADO RECEBEM INDENIZAÇÃO
Um grupo de 19 sobreviventes do “massacre” de Eldorado do Carajás será recebido, na tarde desta quinta-feira (17), pela governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), que fará a entrega simbólica de indenizações aos familiares e sobreviventes que participaram do confronto entre MST e a Polícia Militar em Eldorado dos Carajás em 17 de abril de 1996. O governo do Estado pagará um total de R$ 1,2 milhão a esses 19 pessoas em precatórios que variam de R$ 30 mil a R$ 90 mil, cumprindo decisão judicial de 2005 a título de indenização por danos morais e materiais. A determinação da Justiça também obriga o Estado a pagar, entre outros benefícios, pensões especiais vitalícias e tratamento médico aos sobreviventes. Os valores das indenizações foram determinados conforme a gravidade dos casos e discutidos entre o advogado das vítimas, Walmir Brelaz, e a equipe de governo que negociou o pagamento dos precatórios. - – Por Adriana Monteiro – UOL Notícias – Leia matéria aqui
COMENTÁRIO
Já nem tenho mais palavras para comentar sobre esta situação. É o caos institucional instaurado no País. É a afronta diária aos brasileiros, o roubo escancarado, a provocação intermitente do desgoverno Lula ao Estado de Direito, à Justiça, à Ordem e à Democracia.
A Constituição, em seu art. 1º, estabelece de forma muito clara, que o Brasil constitui-se em Estado democrático de direito. Fora deste parâmetro, somente com a RUPTURA do Estado, seja pelo caminho que for preciso, até que a Nação legitimamente estabeleça outra ORDEM CONSTITUCIONAL. – Por Gaúcho/Gabriela
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