O negócio dele é criar sindicatos

O enriquecimento do sindicalista Ataide Francisco de Morais é símbolo de um sistema que vive do imposto sindical, mas não presta contas. Esse paranaense de 58 anos prosperou na última década criando sindicatos e empregando parentes em entidades do gênero. Virou dirigente da Força Sindical e hoje exibe um padrão de vida impressionante para quem fez carreira como sindicalista operário. Ele, sua mulher e seu filho, também sindicalista, juntaram um patrimônio que inclui:

• O hotel da foto acima, com 18 suítes, todas de frente para a praia, em Aquiraz, município ao lado de Fortaleza, Ceará. A Pousada Solarium Beira Mar fica num terreno de 1.852 metros quadrados e foi avaliada em R$ 1,5 milhão por um empresário do setor hoteleiro da região.

• Uma casa recém-construída num terreno de 465 metros quadrados num dos mais caros condomínios fechados de Osasco, o Residencial Adalgisa, no Parque dos Príncipes. A casa está entre as maiores do local e, segundo avaliação informal de um corretor, valeria cerca de R$ 1 milhão.

• Uma chácara em Juquitiba, a 70 quilômetros da capital paulista.

• Uma casa de praia em construção num terreno de 750 metros quadrados em Peruíbe, litoral de São Paulo.

• Uma empresa de material de construção que até poucos meses atrás tinha dois endereços perto de Fortaleza.

• Uma franquia recém-vendida da lanchonete Dom Sabor no centro de São Paulo.

A história de Ataide é produto de um modelo sindical bizarro, na definição de Leôncio Martins Rodrigues. “Ele conserva todas as vantagens do sindicalismo vinculado ao Estado, mas sem prestar contas a ninguém”, diz. Parece o melhor dos mundos.

Foto: O sindicalista Ataide Francisco de Moraise sua pousada de frente para a praia no Ceará. A propriedade é avaliada em R$ 1,5 milhão – Leia matéria na completa
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MST INTENSIFICA AÇÃO CONTRA A VALE DO PARÁ

A chegada de centenas de militantes do MST e garimpeiros, em ônibus e caminhões, aumentou ontem o clima de tensão no município de Parauapebas, no sudeste do Pará, na antevéspera da passagem do 12º ano do massacre de Eldorado dos Carajás, onde 19 sem-terra foram mortos em confronto com a PM.

Enquanto os moradores evitam sair às ruas, tomadas por tropas de choque da PM, cachorros adestrados e cavalaria, o poder público local avaliza a concentração dos sem terra.

O apoio do prefeito local, Darci Lermen (PT), ao MST ganhou respaldo com a divulgação de uma fita, gravada pela Polícia Federal no dia 13 de março, onde ele, em discurso durante a inauguração do asfaltamento da estrada que liga os assentamentos Palmares 1 e 2, dos sem-terra instalados próximo à ferrovia, incita atos de violência contra as instalações da Vale.

- Se tiver que ocupar, ocupa. Se tiver que fazer... - pregou o prefeito, sem completar a fase na gravação feita PF.

Nas imagens, Lermen estava em cima de um estrado, improvisado como palanque, com boné na cabeça e uma camisa vermelha, a mesma cor das bandeiras de identificação do MST.

Deputada alerta que clima de insegurança é total
A deputada federal Bel Mesquita (PMDB), ex-prefeita do município, alertou que o clima de insegurança em Parauapebas é total. Ela faz oposição ao prefeito na cidade. - A gente percebe que as pessoas têm medo de sair de casa. Os policiais patrulham a cidades com cães - afirmou.

Lermen mantém em seu secretariado um ex-integrante da direção nacional do MST, Jorge Luiz Néri, que ocupa a estratégica Secretaria de Planejamento de Parauapebas, que define os investimentos prioritários da prefeitura. O prefeito de Parauapebas considerou justas as reivindicações do MST, incluindo a restatização da Vale. - Isso não é um caso de polícia. Isso é um caso de enfrentamento ideológico, para nós - disse o prefeito.

Apesar das barreiras montadas pela PM na rodovia PA275, que vai de Marabá a Canaã dos Carajás, a concentração de sem-terra em Parauapebas aumenta dia a dia. A PM estima que já há mais de dois mil manifestantes no acampamento Palmares II, perto da ferrovia de Carajás, que leva o minério de ferro de Parauapebas até o porto de Itaqui, em São Luís, Maranhão, que o MST ameaça interditar - A expectativa aqui é que o MST feche as rodovias PA150 e 275 e até mesmo a ferrovia de Carajás até a quinta-feira - prevê Bel Mesquita.

Em nota, a administração regional da FUNAI em Marabá e Agência Bom Dia INTEGRANTES do MST ocupam fazenda onde Ambev planta eucaliptos e cana-de-açúcar em Agudos (SP) a Associação Indígena Porekrô de Defesa do Povo Xikrin do Cateté negaram que integrantes das tribos indígenas Suruí, Sororó, Gaviões e Xikrin estariam se deslocando para Parauapebas em apoio ao MST e ao Movimento dos Trabalhadores e Garimpeiros na Mineração (MTM).

Criticada pelo presidente da Vale, Roger Agnelli, e por entidades empresariais do estado pela morosidade no cumprimento dos mandados de reintegração de posse de propriedades rurais invadidas pelo MST no sul e sudeste do Pará, a governadora Ana Júlia Carepa (PT) afirma que endureceu o jogo contra os sem-terra. - O governo vem cumprindo os mandados de reintegração, mas na base do diálogo e sem violência - defende-se a governadora.

Governo mobiliza 600 PMs do Batalhão de Choque
Depois de enviar para a região uma tropa com 600 homens do batalhão de choque da PM, Ana Júlia orientou o secretário de Segurança Pública, delegado Geraldo Araújo, a permanecer na região até que o MST encerre a semana nacional de lutas pela reforma agrária, o que deve acontecer dia 17 de abril, aniversário do massacre de Eldorado dos Carajás.

Além da tropa de choque, que montou barreiras nas rodovias PA-150 e 275 (Marabá-Canaã dos Carajás), o comando da PM mandou para o sudeste do Pará parte da cavalaria, o canil, além de oficiais e praças do Comando de Operações Especiais e do Grupamento Aéreo. O esquema também é reforçado pelo helicóptero Gavião 1, encarregado de monitorar do ar as movimentações dos sem-terra, que ameaçam invadir a ferrovia em vários pontos para dificultar a desobstrução. Por Ronaldo Brasiliense – O Globo


ONG LANÇA TEORIA DA CONSPIRAÇÃO
Atrás da boa vontade das organizações não-governamentais podem se esconder tendências ideológicas perigosas. Circula nas favelas cariocas uma ONG que se denomina como Movimento Social Contra a Violência Policial no Brasil. Mas o que mais chama atenção é a proposta de que a tal entidade lança mão. Para conseguir novos seguidores, o argumento predominante é uma bela teoria da conspiração orquestrada pelos poderes municipal, estadual e federal na capital fluminense.

A entidade compara a realidade das favelas cariocas com a situação enfrentada pelo povo palestino na Faixa de Gaza – desde bombardeios até as bárbaras execuções de crianças. E parte para o ataque: "A polícia estadual do Rio de Janeiro, e a guarda municipal da cidade vêm recebendo treinamento especial de militares e policiais israelenses. O Lula também fez convênio com o Estado de Israel para que o Mossad treine os serviços de inteligência e os policiais da Força de Segurança Nacional", sustenta um e-mail desta ONG que circula na internet.

O texto ainda finaliza argumentando que o atual governador do Estado do Rio, Sérgio Cabral, está fazendo um acordo com o FBI para treinar os seus policiais civis e militares para desenvolverem atrocidades. Mas o perigo mesmo que esta ONG não vê é disseminar tamanho radicalismo. Por Márcio Falcão (Interino) – JB Online –


HAITI GASTOS
A missão militar brasileira em nome da ONU lá no distante Haiti já custou aos cofres públicos mais de R$ 400 milhões: dinheiro nosso, dos brasileiros! Para o orçamento deste ano, mais R$ 170 milhões foram reservados para "pacificar" o Haiti. É o bolsa-estrangeiro, criado às avessas por Lula – a exemplo do financiamento com juros de pai para filho do BNDES para o governo cubano renovar sua frota de ônibus urbanos e o mesmo valendo para o metrô de Caracas do amigão Hugo Chávez!


O GENERAL MELANCIA E A ESCLEROSE
O general Jorge Félix, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, está passando por forte crise de esclerose ou está encobrindo gastos absurdos do seu chefe. No estranho e descabido conceito do general, certas despesas da Presidência da República devem ser consideradas de caráter subjetivo. O deputado Vic Pires comprovou a compra, para a viagem de Lula de dois dias para a 62º Assembléia da ONU, de 200 pacotes de chicletes, 12 gelatinas light e quatro potes de sorvete para a comitiva de seis pessoas – e cujo gasto total para a viagem foi de R$ 50 mil. Opinião – JB Online

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