"No discurso, feito na celebração dos 15 anos de existência do Foro de São Paulo, Lula confessa ter assumido em Havana, durante uma assembléia do dito foro, em janeiro de 2003, de forma clandestina para um presidente, a tarefa infame de estabelecer a "consolidação daquilo que começamos em 1990", que continua sendo, justamente, para os integrantes daquela indigitada entidade revolucionária, a inabalável obrigação de "reconstruir na América Latina o que foi perdido no Leste Europeu", ou seja – o velho totalitarismo vermelho. (trecho do livro A Era Lula – Crônica de um desastre anunciado de Ipojuca Pontes)". Pelo desenrolar dos acontecimentos, parece mesmo que o caudilho moribundo cubano poderá "baixar os sete palmos" com um maquiavélico sorriso estampado em seu despótico semblante.
A vitória de Fernando Armindo Lugo Méndez, nas eleições presidenciais no último domingo, representa talvez, mais uma fiada na "cortina de ferro sul-americana" que vai se desenhando conforme profetizado. Fernando Lugo é missionário do verbo divino (Societas Verbi Divini, SVD), Congregação do Verbo Divino, ou ainda Verbitas, é uma congregação religiosa católica fundada em Steyl, às margens do rio Mosa nos Países Baixos, congregação esta que foi perseguida na Alemanha por Otto von Bismarck em sua Kulturkampf, um movimento anticlerical alemão na luta pela cultura.
Bismarck não via com simpatia o apoio que parcela importante do clero católico alemão dava em favor dos direitos dos estados da Alemanha. Em resumo, ele pretendia eliminar inteiramente qualquer capacidade de influência da Igreja Católica na vida pública da Alemanha. No que estava totalmente correto, afinal, a igreja católica deve cuidar dos assuntos do céu e do inferno, deixando os assuntos da terra para os verdadeiros homens de boa vontade. Infelizmente não teve sucesso em sua empreitada.
A espada clerical parece ter sido mais contundente. Segundo consta, parte da família de Fernando Lugo foi vítima de perseguição política durante a ditadura de Alfredo Stroessner. O que pode explicar uma provável posição contrária aos militares ou, ao que representam as forças armadas. Qualquer semelhança com o que vem acontecendo no Brasil, não é mera coincidência, é fato mesmo, é ódio descarado pela soberania nacional que as três armas representam para um país.
Certos senadores brasileiros demonstram esta aversão pelos militares, mandando-os quase que calarem suas bocas, colocando assuntos pessoais acima de nossa democracia. Seria bom que revessem seus preconceitos, afinal suas atitudes presentes, refletirão no futuro e, não deveriam ser tomadas no calor dos acontecimentos passados e pessoais.
Um detalhe curioso é que a lei paraguaia exige a desvinculação da "batina" para poder exercer o cargo de presidente da república. Em dezembro de 2006, Lugo anunciou que abandonaria a batina para se dedicar à política e concorrer à presidência do país em 2008. Em seguida, apresentou seu pedido de renúncia à vida religiosa. Em resposta, o Vaticano enviou-lhe uma carta na qual sugeria que ele "refletisse melhor" e abandonasse a pretensão de entrar na política.
Por ter efetivado sua renúncia sem esperar a resposta do Vaticano e por manter sua atividade política, recebeu uma suspensão a divinis, do Papa Bento XVI, ou seja, deixa de exercer as funções eclesiais embora ainda seja um bispo. Quer dizer, parece que a lei paraguaia não foi respeitada e, o Vaticano acaba de eleger um presidente. Será que estou incorreto? Será que Deus está voltando à terra e escolheu o Paraguai como seu ponto de chegada? Espero que os mais entendidos possam dar a resposta.
Durante a sua campanha, o candidato ganhou o nome guarani de Tekojuja (que significa "viver entre iguais") e prometeu que seu governo evitará se posicionar em um dos pólos de esquerda sul-americana.
Apesar de ter afirmado que considera "interessante" o governo do venezuelano Hugo Chávez, Lugo distanciou-se dos líderes populistas da América do Sul, concentrando-se principalmente na questão da desigualdade social no Paraguai. Quer dizer, distanciou-se, mas, nem tanto. Existem claros indícios de que o outro caudilho bolivariano, mais uma vez, meteu o "dedo melado de óleo" em um processo eleitoral vizinho, adoçando o eleito do Vaticano com os acepipes financeiros petrolíferos.
O professor brasileiro Francisco Doratioto, especialista em relações internacionais da Universidade Católica de Brasília, também vê proximidade entre Chávez e Lugo. "O Chávez é simpático a Lugo, e está com muito dinheiro. Se o presidente Chávez entrar com muito dinheiro, pode ser a salvação dos projetos do Lugo", disse Doratioto. E, aproveitando este vácuo entraram os presidentes da Bolívia e do Equador. Ambos, é claro, fazendo cortesia com "petróleo alheio".
Fernando Lugo disse que fará uma reforma agrária, respeitando a Constituição. É bom lembrar que, os tentáculos do MST tão bem enraizados no país vizinho, não têm por prática respeitar a Carta Magna, seja do país que for. Pretende renegociar a maneira como o Paraguai vende a energia elétrica da usina binacional de Itaipu ao Brasil, no sentido de obter "um preço de mercado justo". Se não me falha a memória, não faz muito tempo, outro presidente teceu discurso semelhante sobre o preço justo de uma fonte de energia, neste caso o gás.
O final da história todos sabem. E, sabemos também que, o ditadorzinho boliviano, não agiu da "própria cabeça", pois, ainda que de forma velada, a garantia da invasão militar às instalações da Petrobrás, provavelmente, pode ter recebido alguma forma de "orientação estratégica" por parte de Hugo Chávez quem, muito certamente, sabia que nossa reação, seria a mais condescendente possível. "Se você conhece a si mesmo e, conhece a seu inimigo, não precisa se preocupar com o resultado de cem batalhas".
Chávez vai travando suas batalhas e, amealhando vitórias, como se estivesse criando um cordão de isolamento ao redor do Brasil leniente. Do Brasil do governo do entreguismo. Chávez conhece muito bem seus "inimigos", afinal, possui muitos "amigos da onça do tipo TOP TOP" dentro dos palácios que, lhe garantem as informações mais atualizadas possíveis.
Sua próxima investida, seguramente, estará calcada nesta promessa de campanha de Fernando Lugo, a de obter um preço de mercado justo, não importando para isso se, justo serão os meios de consegui-lo. E a briga parece começar a esquentar, pois, nosso presidente já disse que "não vai rever tratado nenhum". Resta saber se é "alarme falso" ou, se é o sinal dizendo "pode fazer o que o outro fez na Bolívia, que nós te perdoamos".
Uma coisa é certa, Lula não vai querer ficar mal nesta história toda. Nem tampouco vai querer terminar seu mandato (caso não queira mesmo o terceiro, o que ninguém acredita) como aquele que, se necessário for, recorrerá às forças armadas para defender nossa soberania.
Com tudo isso, Chávez vai montando seu teatro de marionetes. Rafael Correa no Equador, Evo Morales na Bolívia, Cristina Kirchner na Argentina e, agora, Fernando Lugo no Paraguai. E o Lula nesta história toda? Lula se enrosca todo nas linhas que sustentam as marionetes e, quando a linha começa a apertar o seu pescoço, sai correndo, alegando que teve um torcicolo, provocado pela derrota do Corinthians. Ou será que foi pelo aperto do Chávez?
No frigir dos ovos, parece que os eleitos sul-americanos sofrem de alguma patologia saudosista, insistindo em remar contra a maré e, não acreditando que, o comunismo é hoje peça de museu. Omar Mahmoud é mediador do MOVCC
2 comentários:
Este socialismo que tanto se pregona va a llevar a la mierda a latinoamerica que desasttres…. Hay una epidemia de ignorancia en America del Sur! Paraguayos cabrones!
Os paraguaios vão ver o que é bom agora. Se estava ruim, agora vai ver ficar péssimo.
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