Militares

O ministro Nelson Jobim, a pedido do presidente Lula, está remanejando os comandos militares da Amazônia. O general Heleno, por exemplo, ficará em função administrativa, no comando do Exército, em Brasília. Jornal Zero Hora – Por Ana Amélia Lemos



ÍNDIO QUE ATACOU ENGENHEIRO COM FACÃO FAZ NOVAS AMEAÇAS
Índio que feriu engenheiro diz que pode não ter sido a última agressão. Líder indígena também disse não acreditar que mandarão prender agressores. matéia completa aqui, no Portal G1



AGORA, INVASÃO NA CAPITAL

Oitenta homens de etnia de Brasnorte ocupam sede da Funasa

Cerca de 80 índios das etnias myky e manoki irantxe, de Brasnorte (579 quilômetros, ao noroeste de Cuiabá) invadiram ontem a sede regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Cuiabá. Em Juína, o antropólogo do órgão, Miguel Foti, era mantido, desde sábado, em cárcere privado na aldeia Rio Seco, terra dos índios cinta larga.

Em ambos os casos, a principal reclamação é a precariedade da assistência médica nas aldeias. Na Capital, os funcionários da Funasa foram impedidos de entrar na sede do órgão. A entrada foi bloqueada pelos índios dede às 6 horas. “Enquanto não tiver uma posição do presidente da Funasa (Danilo Fortes), não vamos sair”, disse. Pintados e com arco e flechas, borduna (armas de madeira) e espadas de madeiras, os indígenas vieram de aldeias como Cravari, Paredão e Myky. Matéria completa
aqui, no Diário de Cuiabá



ÍNDIOS IMPEDEM PASSAGEM DE VEÍCULOS DE MINERADORA EM MG
Índios pataxós bloqueiam estrada e passagem de caminhões em Carmésia

Eles estão impedindo a passagem de veículos da mineradora MMX, em uma estrada estadual de Minas Gerais. Dois caminhões carregados com tubos de aço estão retidos na cidade de Carmésia. Os pataxós exigem da mineradora um trator, para compensar os transtornos causados pelo tráfego de caminhões dentro da reserva indígena. A MMX informou que os caminhões estão passando por uma rodovia estadual, e não dentro da aldeia, e que os índios estariam cobrando pedágio dos caminhoneiros.
Bom Dia Brasil



DIREITOS INDÍGENAS E ABUSOS
Por Jarbas Passarinho - Foi ministro de Estado, governador e senador

Os abusos, os índios aprenderam com o MST. Invadem como invadiram a hidrelétrica de Tucuruí, impunemente. Obstruíram a ferrovia da Vale do Rio Doce, causando um prejuízo de US$ 20 milhões. Fazem protestos, armados de facões, contra projetos nacionais que acham prejudiciais, ferindo servidores federais, como acaba de ocorrer em Belo Monte, no Pará. Praticam negócios escusos aprendidos com os fraudulentos não-índios: extração e venda ilegal de madeira, garimpo ilegal, venda de diamantes e atividades irregulares de agronegócio. Penso no que acontecerá no futuro próximo, ousando divergir de Einstein: “Jamais penso no futuro. Ele virá depressa”. –


Enquanto o Congresso não votar o Estatuto dos Índios, que nele dormita há muitos anos, não saberemos o que a maioria dos brasileiros quer sobre a política indigenista.

Ainda ao meu tempo de oficial, servindo na Amazônia, vi um processo de aculturação das tribos macus e tucanos, que os padres salesianos alfabetizavam e profissionalizavam. Considerável número deles fez carreira na Aeronáutica, não para a guerra, mas para as finalidades meio.

Outra opção é a das ONGs de direitos humanos. Em visita a uma maloca ianomâmi, o deputado Aldo Rebelo foi recebido por uma moça da ONG Urihi. Encontrando os índios no local lamacento e sem iluminação elétrica, sugeriu que pedissem água corrente e luz ao pelotão de fronteira bem próximo. A moça (certamente estrangeira), discordou, alegando que isso contrariava a cultura indígena. Há, também, os que se batem contra grandes demarcações “porque é muita terra para poucos índios”. Esquecem que eles vivem lá há séculos ou milênio. E disso se beneficiou Joaquim Nabuco, na disputa fronteiriça com a Guiana Holandesa, provando ao árbitro, o rei da Itália, que os índios viviam no Brasil.

Ontem era arauto da terra excessiva o ministro Clóvis Ramalhete, aposentado do Supremo. Em 1991, afirmou que uma resolução da ONU, em Bruxelas, decidira que, em três anos, as reservas indígenas ganhariam autonomia e em seguida seriam incorporadas aos Estados Unidos, a exemplo do ocorrido a Porto Rico. O assunto, que lembra a Obsessão antiamericana, de Jean-François Revel, foi objeto de um requerimento de informação ao Itamaraty. O ministro Luiz Felipe Lampreia, das Relações Exteriores, negou peremptoriamente a suposta resolução. Em 1993, nada acontecera como denunciado, mas Sua Excelência voltou à carga, no JB e no Correio Braziliense (6/10/93), afirmando que a ONU aprovara uma Declaração de Direitos dos Povos Indígenas “inquietante quanto ao Brasil, sua integridade nacional e soberania”.

Havia, tramitando na ONU, um projeto da iniciativa da Comissão de Direitos Humanos, mas “assegurava que para o Brasil e para a maioria dos participantes das negociações não existe nenhuma possibilidade de que seja aprovado um texto internacional que coloque em questão a soberania dos Estados sobre as terras tradicionalmente ocupadas por suas populações indígenas”. A ONU, porém, aprovou, em setembro de 2007, a Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas, depois de duas décadas de discussão. Nos últimos cinco anos, o Brasil mudou de opositor a favorável, liderando nas três últimas sessões todas as propostas apresentadas. Houve quatro votos contra e 11 abstenções.

Quais direitos constam da Declaração? Cito três. O artigo 3 reza: “Os povos indígenas têm direito à determinação. Em virtude desse direito determinam livremente a sua condição política e perseguem livremente seu desenvolvimento social e cultural”. O artigo 4 complementa: “Uma vez determinada livremente a sua condição política, perseguem livremente seu desenvolvimento social e cultural”.

No que tange ao desenvolvimento cultural, a aculturação que fazem, com sucesso, os salesianos, na Amazônia, ficará proibida? Adotar-se-á o pensamento da ONG Urihi? O artigo 30 tem esta redação: “Não se desenvolverão atividades militares nas terras indígenas e territórios de povos indígenas, a menos que se justifique uma razão de interesse público pertinente, ou que aceitem ou solicitem livremente os povos indígenas interessados”.

Ressalvem-se as palavras do embaixador Lampreia, quanto à soberania. De fato, os que aprovaram a Declaração (o Brasil inclusive), jamais o fariam se a soberania de seus países viesse a ser ferida. O artigo 30, ao pé da letra, prejudicará a segurança nacional, se atividades militares signifiquem a presença permanente das unidades militares de fronteira, principalmente nos lindes com a Venezuela, Colômbia, Bolívia e Peru, que confrontam com terras indígenas, e na África tribal.

Quanto aos direitos dos índios, a Constituição brasileira é das mais avançadas do mundo. A segurança nacional, ao contrário da soberania, corre risco. As terras indígenas são bens da União e não dos índios, que as desfrutam, mas não têm poder de mando acima da Constituição.

Os abusos, os índios aprenderam com o MST. Invadem como invadiram a hidrelétrica de Tucuruí, impunemente. Obstruíram a ferrovia da Vale do Rio Doce, causando um prejuízo de US$ 20 milhões. Fazem protestos, armados de facões, contra projetos nacionais que acham prejudiciais, ferindo servidores federais, como acaba de ocorrer em Belo Monte, no Pará. Praticam negócios escusos aprendidos com os fraudulentos não-índios: extração e venda ilegal de madeira, garimpo ilegal, venda de diamantes e atividades irregulares de agronegócio. Penso no que acontecerá no futuro próximo, ousando divergir de Einstein: “Jamais penso no futuro. Ele virá depressa”. –
Correio Braziliense

Um comentário:

Saramar disse...

Claro que o chefão não iria deixar de punir o General Heleno por contrariar suas políticas suicidas relacionadas aos indígenas. Porém, os outros generais já avisaram que não aceitaram calados tal absurdo. Vamos ver no que vai dar.

A leniência com os crimes praticados pelos integrantes do MST só poderia provocar tal consequência: outros grupo, também insuflados por espertalhões começam a levar a baderna para as ruas e entidades públicas e particulares.
Num país em que a lei só existe para os que fazem oposição ao governo (?) só poderia dar nisso: bagunça, crime, ilegalidades variadas, no rastro da impunidade geral e irrestrita dos "companheiros".