"Eles têm de ser julgados, têm de receber uma pena e depois receber a anistia", defendeu Tarso. Ele afirmou que aqueles que cometeram crimes de tortura no Brasil devem ir à Justiça para depois receberem anistia. Ele também fez referência a Bolsonaro, que o chamou de terrorista na véspera – Correio Braziliense
O Tarso Genro defendeu ontem o julgamento daqueles que cometeram crimes de tortura durante o regime militar para que os envolvidos tenham direito à anistia política. “Alguns deles, de boa fé, dizem que a anistia foi feita para todos, inclusive para os torturadores. Muito bem, se ela foi feita para os torturadores, eles têm de ser julgados, têm de receber uma pena e depois receber a anistia”, explicou. As declarações foram feitas por Tarso durante solenidade no terreno da antiga sede da União Nacional dos Estudantes (UNE).
O presidente nacional da OAB, Cezar Brito, defendeu a fala do ministro: “Para que eu perdoe, eu preciso saber do que estou perdoando. A razão do perdão. Por isto que insistimos que anistia não é amnésia. Temos de saber efetivamente o que aconteceu, conhecer todos os detalhes do que aconteceu na ditadura militar para que não possamos repetir o erro”.
O Tarso Genro defendeu ontem o julgamento daqueles que cometeram crimes de tortura durante o regime militar para que os envolvidos tenham direito à anistia política. “Alguns deles, de boa fé, dizem que a anistia foi feita para todos, inclusive para os torturadores. Muito bem, se ela foi feita para os torturadores, eles têm de ser julgados, têm de receber uma pena e depois receber a anistia”, explicou. As declarações foram feitas por Tarso durante solenidade no terreno da antiga sede da União Nacional dos Estudantes (UNE).
O presidente nacional da OAB, Cezar Brito, defendeu a fala do ministro: “Para que eu perdoe, eu preciso saber do que estou perdoando. A razão do perdão. Por isto que insistimos que anistia não é amnésia. Temos de saber efetivamente o que aconteceu, conhecer todos os detalhes do que aconteceu na ditadura militar para que não possamos repetir o erro”.
Na solenidade, Tarso defendeu também a abertura dos arquivos secretos do período da ditadura e insinuou que eles são usados hoje por defensores dos governos militares, como o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), com quem discutiu na véspera na Câmara dos Deputados. “Queria dizer a vocês, apenas para fazer um registro público, que ontem (quarta-feira) soube que o deputado com o qual eu tive um enfrentamento verbal tinha, em suas mãos, toda a minha ficha pregressa como militante socialista revolucionário deste país. Eu me orgulho de ter sido, e sou. Ele pensava que ia me intimidar com minha biografia originária dos órgãos de informação. Eu me senti profundamente honrado dele ter escrito o meu passado que pode ser apresentado publicamente, como não podem os torturadores deste país”, desabafou emocionado.
Pouco antes, ao afirmar que a “anistia é um processo integrante da construção de um projeto republicano e efetivamente democrático para o nosso país”, ele criticou a falta de espaço para debates de posições antagônicas na grande imprensa. “O que se vê, na verdade, em cima de determinados temas, é uma velada censura a respeito de opiniões, um velado cuidado para que as potencialidades democráticas da sociedade brasileira não se expressem de maneira plena”, disse.
Tarso defendeu a utilização de reuniões, jornais alternativos e dos movimentos sociais para a circulação de idéias e insinuou que colunistas recebem informações dos arquivos secretos dos governos militares. Foi quando agradeceu à Associação Brasileira de Imprensa (ABI) por ser uma casa “onde as pessoas e os anistiados podem exercer o direito de ter voz, inclusive para responder àquelas formulações que transitam em determinadas colunas, certamente originárias dos arquivos que estão escondidos pelos torturadores, que eles recebem de maneira privilegiada e que nós ainda não recebemos, nós ainda não conseguimos saber”.
MP MOVE AÇÃO CIVIL
O Ministério Público Federal em São Paulo deu ontem o primeiro passo para responsabilizar os responsáveis pela repressão urbana durante o regime militar. O MPF entrou com uma ação civil pública contra a União e dois ex-comandantes do destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II Exército, onde morreu o jornalista Wladimir Herzog e o operário Manoel Fiel Filho. A medida, que deverá ser adotada por outros procuradores em todo o país, abrange de 1970 a 1976 e atinge os coronéis da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel.
Na ação, seis procuradores requerem o reconhecimento do dever das Forças Armadas de revelar o nome de todas as vítimas do DOI-CODI de São Paulo, não apenas dos casos de homicídios e desaparecimento, mas de outros fatos relacionados à repressão. Além disso, o Exército terá que explicar as circunstâncias de suas prisões e demais atos de violência que sofreram.
O Ministério Público também quer tornar públicos todos os documentos relacionados ao período em que perduraram as ações dos órgãos. Caso a 8ª Vara Federal Cível de São Paulo aceite a ação, Ustra e Maciel poderão ser obrigados a ressarcir aos cofres públicos os valores das indenizações pagas a 64 pessoas que foram vítimas do destacamento. O Ministério Público também quer o reconhecimento, pelas autoridades federais, de que os dois militares comandaram um centro de prisões ilegais, torturas, homicídios e desaparecimentos. - Edson Luiz - Da equipe do Correio
PRESIDENTE DO CLUBE MILITAR AFIRMA QUE TARSO QUER “TUMULTUAR”
O presidente do Clube Militar, general da reserva Gilberto Figueiredo, respondeu a Tarso: "Se for pensar assim, tem gente que ocupa cargos de ministro que fez a mesma coisa: torturou, só que pelo outro lado. Roubou, assaltou banco". Mais: "A Lei da Anistia foi para apagar esse passado. No Brasil, esses casos [de tortura] foram poucos e localizados. Acho que Tarso Genro está querendo tumultuar um pouco, como está tumultuando lá no problema da [reserva indígena em Roraima] Raposa/Serra do Sol". - Folha de São Paulo
COMENTÁRIO
Essa fala do Ministro Tarso Genro dá margem para pensarmos que eles - os terroristas de carteirinha - estão seguros de que nunca mais deixarão o poder.
Consideramos um acinte à justiça. Não existem assassinos mais perigosos do que os ideológicos. Estes matam, roubam, traficam, invadem e depredam em nome da inveja e da incompetência, porque eles não são capazes de conquistar e de enriquecer por capacidade própria. Para eles é mais fácil se apoderar de tudo que outros homens conseguiram por mérito. Então, o que o Senhor Tarso Genro diz é o puro veneno de sua essência e de sua mente monstruosa. Vivíamos em paz sem essa corja. Hoje, nosso país vive de rancores e de imoralidades trazidas por essa gente incapaz de governar o país com justiça e determinação. Ficam por aí, germinando seu ódio e sua pequenez. Preferimos mil Bolsonaros a um Tarso Genro. Ele que vá para a forca. Será menos um para tirar a paz dos brasileiros. Por Gabriela/Gaúcho
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