UNASUL só entra em vigor se o Congresso aprovar

LULA TENTOU DAR "ROLÊ" NO LEGISLATIVO E DANÇOU!

Ontem, os países (menos a Colômbia) institucionalizaram a UNASUL - União das Nações Sulamericanas, em Brasília.

No entanto, esse tratado só poderá entrar plenamente em vigor depois de aprovado pelo Congresso. O legislativo terá que apoiar essa iniciativa do Lula, ou nada feito. Publicamos ontem, a matéria da Folha que revelou que o Itamaraty acrescentou no documento final da cúpula da Unasul uma espécie de "medida provisória" da integração. O artigo inserido, espertamente, pelo governo, permitiria que a Secretaria Geral da nova organização, funcionasse antes mesmo os Legislativos dos países membros deliberassem sobre o tema. Pois é! Lula e os demais espertalhões dançaram!

Que o nosso Legislativo (e de outros países) analise profundamente (antes de aprovar) essa geringonça mal explicada que, ao que tudo indica, servirá aos propósitos esquizofrênicos de Chávez e demais aliados às FARC, como instrumento antiamericano e isolacionista da América Latina. Já temos a OEA, o MERCOSUL e o Pacto Andino. Por Gaúcho/Gabriela



LULA FRACASSOU! CONSELHO DE DEFESA ADIADO POR 90 DIAS

Ele não conseguiu aprovar a criação do Conselho de Defesa para região

O Conselho Sul-Americano de Defesa, a proposta foi adiada por 90 dias, devido à oposição da Colômbia. Protagonista da derrubada do novo foro - que, se dependesse do governo brasileiro, seria assinado mesmo sem a adesão dos colombianos - o presidente Álvaro Uribe deixou ontem claro que a idéia não sairá do papel enquanto persistir a simpatia e a interlocução de outros países da região com as FARC. Uribe voltou a exigir que o grupo seja classificado de "terrorista".

Esse posicionamento foi discutido por Uribe com Lula a portas fechadas. A mensagem foi que o Conselho de Defesa só poderá existir com garantias de que grupos terroristas não ameacem os países da região. O Brasil, porém, é contra classificar as Farc de terroristas, sob o argumento de que a definição deve partir das Nações Unidas. Na prática, isso significa que o projeto é natimorto, diante da falta de perspectiva de consenso nessa área.

- Não aceitamos integrar o Conselho, porque temos um problema de terrorismo muito grave, que gerou dificuldades políticas com países vizinhos de povos irmãos. O Conselho precisa oferecer garantias de que grupos terroristas não possam ofender a nenhum país - disse Uribe. E acrescentou: - O continente deve se atrever a qualificar como terroristas todos os grupos violentos que atentam contra a democracia.


LULA NÃO ADMITE FRACASSO DA REUNIÃO
Para Lula, mesmo sem o Conselho de Defesa, não houve fracasso no encontro de ontem, tendo em vista que os 12 países concordaram com a criação da Unasul - que era o principal foco da reunião, convocada extraordinariamente para esse fim: - Aquilo que parecia impossível aconteceu aos olhos dos descrentes. A América do Sul está mais integrada do que nunca, porque acabamos de aprovar por unanimidade o tratado da Unasul.
Eliane Oliveira, Luiza Damé e Leila Swann - O Globo



CAMPONESES ATACAM MAIS DOIS BRASIGUAIOS
Fazendeiros conseguem escapar ilesos de grupo de 50 paraguaios fortemente armados -
Por
Flávio Freire - O Globo

Incentivados pela decisão do presidente do Paraguai, Nicanor Duarte, de expulsar os produtores rurais estrangeiros em situação ilegal naquele país, um grupo de cerca de 50 camponeses paraguaios atacou ontem dois fazendeiros brasileiros em terras paraguaias - os chamados brasiguaios - que estavam em suas propriedades, em Pirapey, a 150 quilômetros de Encarnación, capital do Departamento de Itapúa, no Paraguai, onde se concentra o foco de conflitos. Fortemente armados, os paraguaios atiraram contra Eugênio Fridich e Anselmo Kessler, fazendeiros gaúchos que vivem há duas décadas no país. Eles foram surpreendidos quando trabalhavam na lavoura de trigo. Na noite de quinta-feira, outro brasiguaio, Rogério Viltes, também conseguiu escapar de um ataque.


CAMPONESES ESTAVAM ARMADOS COM RIFLES
Depois de disparar vários tiros contra os dois - que conseguiram fugir sem que fossem atingidos -, os sem- terra paraguaios destruíram o caminhão e o trator usados no plantio. Os camponeses chegaram a arrancar as rodas do caminhão, segundo autoridades policiais. Os ataques atingiram também policiais do Grupo de Operações Especiais, chamados para mediar o conflito naquela região. - Eles ficam de tocaia esperando a gente chegar nas lavouras e atacam em bando - disse ontem um fazendeiro brasileiro que mora em Tomás Romero Pereira, no distrito de Itapúa.

O clima de tensão na região tem feito com que os fazendeiros brasileiros contratem milícias para proteger as suas propriedades na área de fronteira ameaçada pelos camponeses paraguaios. Como o GLOBO revelou anteontem, donos de terras estão pagando até R$40 por 12 horas de trabalho para seguranças particulares. Na propriedade de Eugênio Fridich, os policiais encontraram ontem, logo após os ataques, vários projéteis nos assentos do caminhão.

A área onde fica a lavoura é, na verdade, de propriedade da empresa paraguaia Pezeta S/A e arrendada ao fazendeiro brasileiro, onde ele planta trigo, milho e soja. Os ataques foram organizados pelos camponeses do assentamento 1º de Março. - Eles utilizaram rifles, escopetas, revólveres e pistolas de distintos calibres. Os que não tinham arma de fogo, tinham machados e foices - disse ontem o suboficial da polícia paraguaia, Remigo Benítez.

A relação entre paraguaios e produtores rurais brasileiros ficou ainda mais estremecida depois que o presidente Nicanor Duarte anunciou nesta semana que colocará em prática a Lei de Faixa de Segurança, aprovada há dois anos. A partir dela, os produtores rurais estrangeiros que estão em situação ilegal naquele país serão expulsos.

A decisão reforçou o sentimento nacionalista que dominou a campanha presidencial nos últimos meses. Na época, os adversários do presidente eleito, Fernando Lugo, usavam como plataforma política a tese de que, se eleito, Lugo retiraria as terras dos brasileiros. Antes e depois de vencer as eleições, Lugo sempre negou tal intenção

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