Finalmente, Brasil rompe silêncio e critica Mungabe

O governo brasileiro, que vinha mantendo um embaraçoso silêncio sobre a crise política no Zimbábue, divulgou ontem uma nota em que pela primeira vez critica as autoridades de Harare pelo processo eleitoral.

"O Brasil lamenta que a situação tenha chegado ao ponto de motivar a desistência do candidato opositor", diz o comunicado do Itamaraty emitido no início da noite.

No texto, o Brasil cobra claramente uma mudança de postura por parte do governo zimbabuano. "Ao condenar os atos de violência, [o governo brasileiro] exorta as partes, especialmente o governo do Zimbábue, a propiciar um ambiente de calma e tranqüilidade, em que a vontade do povo zimbabuano possa expressar-se democraticamente."

O comunicado destoa das declarações feitas no primeiro turno da eleição presidencial de 29 de março, que havia sido considerada pelo Itamaraty "idônea" e "ordeira".

Em tentativas de votação no Conselho de Direitos Humanos da ONU o Brasil não condenou o ditador Robert Mugabe. O Itamaraty suspendeu a missão de observação eleitoral brasileira ao Zimbábue, que seria liderada pelo embaixador Virgílio Moretzohn, chefe da representação do ministério no Rio de Janeiro.

As críticas mais contundentes partiram dos governos ocidentais, principalmente de EUA e Austrália, que prometeram levar o caso ao Conselho de Segurança da ONU para reforçar as sanções impostas a Harare em 2006. Aliado de Mugabe, o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, disse que promoverá um encontro entre governo e oposição zimbabuanos.

Desde o primeiro turno das eleições, em março deste ano, gravíssimas violações aos direitos humanos vêm ocorrendo no país. Estima-se que ao menos 100 pessoas foram mortas, 10 mil feridas e 200 mil deslocadas internamente. Dadirai, esposa de um dos líderes do partido de oposição, MDC (Movimento por Mudanças Democráticas), foi queimada viva depois de ter uma das mãos e os pés cortados.

O Brasil foi observador eleitoral no Zimbábue no primeiro turno e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) anunciou informalmente que enviaria uma missão para acompanhar o segundo turno das eleições. Folha de São Paulo



COMENTÁRIO

Como deve ter custado para o Brasil se pronunciar diante do que está ocorrendo no Zimbábue. Deve ter sido dolorido para a diplomacia brasileira emitir sua nota de repudio ao ditador sanguinário; Deve ter ferido o âmago da natureza moral política do desgoverno brasileiro. Afinal, o Lula costuma exaltar as ditaduras africanas. Quem não se lembra daquela festa em Burkina Faso, no final do ano passado, onde o Lula, como convidado de honra de Blaise Campaoré (que comemorava 20 anos de Poder), exaltou a democracia, a justiça social e a paz proporcionada pelo tirano? - O silêncio do governo brasileiro diante das barbáries praticadas pelo ditador Mugabe é só mais um sinal revelador. Por Gaúcho/Gabriela




EUROPA NO OLHO DO FURACÃO
- IMIGRANTES INCENDEIAM CENTRO DE DEPORTAÇÃO FRANCÊS
Imigrantes ilegais começaram um incêndio neste domingo em um dos maiores centros de deportação da França, nos arredores de Paris, queimando dois prédios e ferindo cerca de 20 detidos à espera de expulsão do país, segundo a polícia.

Um comunicado da polícia informou que vários focos de incêndio começaram às 13h45 (10h45, em Brasília), danificando seriamente dois prédios que abrigavam um total de 273 presos. Todos os presentes foram retirados do local e enviados para outros centros de detenção.

Um imigrante da Tunísia de 41 anos de idade morreu no centro Vincennes no sábado. Segundo a polícia, ele teria tido um ataque cardíaco quando estava sozinho em seu quarto. A morte está sendo investigada, mas a organização contra racismo MRAP afirmou que o caso mostra as condições precárias dos centros de deportação franceses.

O governo francês afirmou que sua meta é expulsar 26 mil imigrantes ilegais em 2008, após deixar de atingir a meta de 25 mil no ano passado. Reuters -(Reportagem de Marie Maitre)


- IMIGRANTES INVADEM POSTO NA FRONTEIRA DE MARROCOS E ESPANHA
Cerca de 70 africanos, a maioria de origem subsaariana, invadiram um posto de fronteira entre Marrocos e Melilla para tentar ingressar na Espanha, que enfrenta uma onda de imigração clandestina. A prefeitura de Melilla e a rádio espanhola Cadena Ser reportaram que uma parte dos africanos chegou a entrar ao país, mas logo foram presos. A invasão é a primeira registrada em Melilla desde 2006. da Ansa, em Madri


- INTERCEPTADOS 795 ILEGAIS NA ITÁLIA, NOS ÚLTIMOS 3 DIAS
Mais 95 imigrantes ilegais foram este sábado interceptados pelas autoridades costeiras italianas, aumentando para 795 o número de clandestinos capturados nas últimas 72 horas, informou fonte policial. Agência Lusa

Um grupo de 14 imigrantes ilegais foi detectado à chegada ao porto de Bari, sudeste de Itália, quando viajavam a bordo de um barco de pesca. Outros 37 foram igualmente interceptados por uma embarcação da Guarda Costeira italiana quando se encontravam próximos da Sicília e 44 mais foram resgatados pelas autoridades quando estavam a 55 quilómetros da ilha de Lampedusa. A ilha foi o local em que quinta-feira e sexta-feira foi surpreendida a maioria dos restantes 700 imigrantes ilegais, que tentavam entrar no continente europeu provenientes do norte de África.



REFUGIADOS PALESTINOS DO IRAQUE PROTESTAM PARA DEIXAR O BRASIL
Imigrantes afirmam que o Estado não está cumprindo as promessas feitas quando eles foram trazidos. Nove palestinos imigrantes do Iraque estão acampados em Brasília em frente a sede do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), em protesto pelo suposto não-cumprimento de promessas feitas pelo órgão da ONU quando foram trazidos para o Brasil, informaram fontes oficiais.

Os manifestantes acusam a Acnur de não cumprir as ofertas que lhes foram feitas quando viviam em um acampamento na fronteira do Iraque com a Síria e a Jordânia. Os refugiados fazem parte de uma centena que chegou ao Brasil ano passado, quando o país lhes abriu as portas e prometeu dar a eles o mesmo tratamento dado a brasileiros.

Um dos palestinos, chamado Farok Mansur, disse que eles preferem ir para outro país. "Eles nos prometeram que quando chegássemos seríamos levados a um hospital. Se responsabilizaram por mim quando me trouxeram para cá e devem resolver esse problema", disse Mansur. Ele e outros imigrantes também se queixam do baixo valor do auxílio que recebem - que é de 350 reais. Estadão


COMENTÁRIO
Nem os refugiados palestinos do Iraque conseguem ficar no Brasil. Agora, se eles começarem a receber o mesmo tratamento que o governo dispensa aos brasileiros, aí sim, eles não ficam mesmo. Esses palestinos já deviam ter aprendido, nestes meses de convívio, que é praxe do Estado brasileiro não cumprir promessas. Neste ponto, o tratamento do desgoverno é rigorosamente o mesmo ao que é dispensado aos brasileiros. Quanto aos hospitais que os refugiados reclamam, é só jogá-los na fila do SUS. Outra coisa, o valor médio da bolsa-família é de R$ 90 reais, só está faltando enquadrá-los no valor médio da esmola nacional. Ai sim, eles vão preferir voltar correndo para os campos de refugiados. Vão descobrir que estavam no céu e não sabiam. Por Gaúcho/Gabriela






PCC DECIDE EXPULSAR INTEGRANTES HOMOSSEXUAIS

A organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) decretou perseguição aos homossexuais. A informação consta em um salve - carta endereçada a seus integrantes - apreendida em uma penitenciária no interior de São Paulo. O objetivo da nova postura adotada, segundo agentes penitenciários, é evitar a entrada de pessoas sem confiança na facção, entre elas, homossexuais e quem estaria usando o PCC para obter status e lucro individual. Por suas regras, o PCC não recebe integrantes gays ou lésbicas, mas o comando da facção constatou que muitos deles estão sendo "batizados no partido" - como os presos o chamam. "O PCC nunca permitiu a filiação de homossexuais, mas como recebia sempre os dízimos e ajuda desse grupo, nunca puniu ninguém. Mas agora, esse salve mostra que alguma coisa aconteceu", disse um diretor da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo (SAP). Por Chico Siqueira Leia matéria completa aqui, no Portal Terra


COMENTÁRIO
Aí está uma excelente causa para ser abraçada pelo pessoal dos “Direitos Humanos” e pela militância gay barulhenta. Claro que devem convidar o Luiz Mott, como garoto propaganda dessa campanha contra a homofobia do PCC, afinal, ele é um dos criadores do programa "Brasil sem Homofobia" do governo Lula. Devem convidar também a Marta e o Eduardo Suplicy para tentarem dissuadir o PCC dessa postura feia e homofóbica. Afinal, pega muito mal para o partido que uma parte de sua militância (a carcerária) fique dando “salves” contra os programas do Chefe. Por Gabriela/Gaucho

Um comentário:

Anônimo disse...

A esquerda, que abriga o DNA da ditadura, certamente está fingindo repúdio ao governo repressor e assassino daquele país.
Para quem conhece o governo (?) brasileiro, defensor até de narcotraficantes e sequestradores (como as farcs), a tal nota soa como mera tentativa de aparecer do lado dos bons. Outro fingimento, sem dúvida.