A tríade pátria, honra e dever despertou, cedo, minha vocação pela carreira das armas, consolidada já no recrutamento de seus futuros oficiais mediante concurso universal, cujo critério é rigorosamente o do mérito, sem a menor possibilidade do nefasto pistolão, hoje substituído jocosamente pela expressão QI (quem indica). Ao ingressar na Escola Militar, dentre 4 mil candidatos disputando 200 vagas, logrei conquistar uma delas, enquanto três filhos de generais foram reprovados. Isso não obstante, atribuem-nos casta privilegiada.
Estranha casta cujos vencimentos eram os de classe média que, progressivamente, têm sido igualados com o segmento inferior da classe média, o que não esmaece o amor pela carreira das armas.
O presidente Castello Branco, ao editar o AI-2, estabeleceu o princípio da paridade na remuneração dos servidores dos Três Poderes da República, o que já não consta da Constituição de 1967. Não colimou seu objetivo, numa gestão modernizadora do Brasil, com resultados que Roberto Campos descreveu em dezenas de páginas do seu A lanterna na popa. Hoje, um portador de grau universitário, aprovado para órgãos públicos civis por concurso, para carreira de Estado, passa a vencer, inicialmente, perto de R$ 10 mil, o mesmo que um general recebe depois de, no mínimo, 35 anos de serviço, transferências várias, das guarnições das fronteiras ao topo da carreira, e 11 anos de ensino desde a Escola Preparatória de Cadetes até o fim da Escola de Comando e Estado Maior do Exército, onde teve acesso por concurso.
País pacífico, que demarcou suas fronteiras por arbitragens ou tratados, só travou duas guerras, a da Tríplíce Aliança contra o invasor Paraguai e a dos aliados contra o nazifascismo — foi vitorioso em ambas. No Segundo Império, Caxias foi o condestável da integridade territorial do Brasil, vencedor das sublevações que culminaram com a década dos farroupilhas, a mais difícil de todas, terminadas mais pela persuasão que pela desvantajosa correlação de forças. Ao pacificá-la, o capelão que prestava assistência religiosa às tropas do Império propôs-lhe um Te Deum comemorativo. Considerando-se um pacificador e não um general vitorioso, não aceitou a proposta, admirador dos bravos combatentes que enfrentara. Preferiu mandar rezar missa fúnebre, na qual se oraria pelos mortos que tombaram corajosamente, de ambos os lados. General invicto, não se espelhou nos que haviam lutado contra a colonização espanhola e logo se fizeram ditadores.
A República, Floriano Peixoto consolidou-a. Na Itália, a Força Expedicionária, apenas uma Divisão de Infantaria, integrou corpo de exército de americanos, ingleses e franceses. Enfrentou, ao lado dos aliados, grandes unidades do exército alemão, a mais poderosa máquina de guerra do mundo. Fez parte, honrosamente, dos vencedores quando aprisionou duas divisões alemães, e em parte uma italiana, suportando as agruras do inverno rigoroso e da “áspera campanha dos Apeninos”, nas palavras do marechal Mascarenhas de Moraes, comandante da FEB, sem a mancha de pesquisas recentes, inclusive do saque e dos estupros comuns a certos vencedores.
É este Exército, favorito nas pesquisas no julgamento do povo dentre os que lhe merecem confiança. O caso deplorável dos sargentos gays ganhou muitas páginas com entrevistas e fotografias e a exigência dos líderes da categoria, da mudança da legislação militar que considera a pederastia incompatível com o serviço militar.
O presidente Clinton, no seu primeiro mandato, autorizou o ingresso deles nas Forças Armadas. Não foi obedecido. Não se trata de valentia, para as missões dos combatentes. São, em regra, destemidos, mas o perigo é de natureza moral. Sei de um caso doloroso de um sargento na guerra. Ele era enrustido, mas à noite sua barraca era freqüentada por combatentes que transpunham os limites da amizade. Foi voluntário de todas as missões mais perigosas. Tantas foram, que numa delas foi abatido mortalmente pelo inimigo. Mas, àquele tempo não havia milhões de gays desfilando nas ruas de São Paulo acompanhados de simpatizantes (cuja simpatia por vezes significa introversão) ou políticos ávidos de votos como defensores das minorias, se é o caso de assegurar-se que ainda são minorias.
O Exército é solicitado para ações sociais devidas aos governos civis, incompetentes ou surpreendidos, por falta de planejamento, como no combate previsível das endemias, como a dengue. Já o foi para garantir a integridade física de chefes de Estado ou de governo, isolados, em visitas oficiais, ou em trabalho coletivo, para decisões polêmicas. Fê-los, em obediência devida ao presidente da República, mas, todas as missões que não lhe cabiam, órgão de segurança pública que não é, nem pertinente ao Estado de Defesa, cuja atribuição é preservar ou prontamente restabelecer a paz social ameaçada por grave e iminente instabilidade institucional. A construção de um centro social na favela dominada por narcotraficantes e a proteção dos trabalhadores deu azo a um procedimento de um tenente que não honra a farda que veste.
Tomaram-no, os críticos, pelo todo do Exército, como se a Igreja fosse toda de pedófilos e a magistratura de vendedores de sentença.
O padre Vieira, em sermão, disse que preferia ser julgado do demônio que acusado dos homens. Assim deveria querer o Exército, mas é querido do povo. Jarbas Passarinho – Correio Braziliense - foi ministro de Estado, governador e senador
DERAM TEMPO PARA OS CRIMINOSOS?
Assassinos de jovens podem ter deixado morro no Rio
Polícia só fará operações na Mineira quando tiver informações seguras do paradeiro dos assassinos. Dez dias após a morte dos três jovens do Morro da Providência, a Polícia Civil do Rio não reuniu pistas concretas que levem à prisão dos assassinos. O indício mais forte obtido até agora é de que os matadores teriam fugido do Morro da Mineira. Suspeita-se ainda que o corpo esquartejado encontrado na semana passada em um dos acessos à favela seja de um dos autores do triplo homicídio, embora os legistas não tenham conseguido identificá-lo. Leia mais aqui – Redação do Estadão.
COMENTÁRIO: É impressionante! A polícia só fará operações quando tiver informações seguras sobre o paradeiro dos assassinos? Dez dias, e nada? A essas alturas os tais bandidos já devem ter ido embora do país. A Polícia do Rio deve estar esperando a “morte da bezerra”. Depois, querem que acreditemos nesse circo. Por Gaúcho/Gabriela
Estranha casta cujos vencimentos eram os de classe média que, progressivamente, têm sido igualados com o segmento inferior da classe média, o que não esmaece o amor pela carreira das armas.
O presidente Castello Branco, ao editar o AI-2, estabeleceu o princípio da paridade na remuneração dos servidores dos Três Poderes da República, o que já não consta da Constituição de 1967. Não colimou seu objetivo, numa gestão modernizadora do Brasil, com resultados que Roberto Campos descreveu em dezenas de páginas do seu A lanterna na popa. Hoje, um portador de grau universitário, aprovado para órgãos públicos civis por concurso, para carreira de Estado, passa a vencer, inicialmente, perto de R$ 10 mil, o mesmo que um general recebe depois de, no mínimo, 35 anos de serviço, transferências várias, das guarnições das fronteiras ao topo da carreira, e 11 anos de ensino desde a Escola Preparatória de Cadetes até o fim da Escola de Comando e Estado Maior do Exército, onde teve acesso por concurso.
País pacífico, que demarcou suas fronteiras por arbitragens ou tratados, só travou duas guerras, a da Tríplíce Aliança contra o invasor Paraguai e a dos aliados contra o nazifascismo — foi vitorioso em ambas. No Segundo Império, Caxias foi o condestável da integridade territorial do Brasil, vencedor das sublevações que culminaram com a década dos farroupilhas, a mais difícil de todas, terminadas mais pela persuasão que pela desvantajosa correlação de forças. Ao pacificá-la, o capelão que prestava assistência religiosa às tropas do Império propôs-lhe um Te Deum comemorativo. Considerando-se um pacificador e não um general vitorioso, não aceitou a proposta, admirador dos bravos combatentes que enfrentara. Preferiu mandar rezar missa fúnebre, na qual se oraria pelos mortos que tombaram corajosamente, de ambos os lados. General invicto, não se espelhou nos que haviam lutado contra a colonização espanhola e logo se fizeram ditadores.
A República, Floriano Peixoto consolidou-a. Na Itália, a Força Expedicionária, apenas uma Divisão de Infantaria, integrou corpo de exército de americanos, ingleses e franceses. Enfrentou, ao lado dos aliados, grandes unidades do exército alemão, a mais poderosa máquina de guerra do mundo. Fez parte, honrosamente, dos vencedores quando aprisionou duas divisões alemães, e em parte uma italiana, suportando as agruras do inverno rigoroso e da “áspera campanha dos Apeninos”, nas palavras do marechal Mascarenhas de Moraes, comandante da FEB, sem a mancha de pesquisas recentes, inclusive do saque e dos estupros comuns a certos vencedores.
É este Exército, favorito nas pesquisas no julgamento do povo dentre os que lhe merecem confiança. O caso deplorável dos sargentos gays ganhou muitas páginas com entrevistas e fotografias e a exigência dos líderes da categoria, da mudança da legislação militar que considera a pederastia incompatível com o serviço militar.
O presidente Clinton, no seu primeiro mandato, autorizou o ingresso deles nas Forças Armadas. Não foi obedecido. Não se trata de valentia, para as missões dos combatentes. São, em regra, destemidos, mas o perigo é de natureza moral. Sei de um caso doloroso de um sargento na guerra. Ele era enrustido, mas à noite sua barraca era freqüentada por combatentes que transpunham os limites da amizade. Foi voluntário de todas as missões mais perigosas. Tantas foram, que numa delas foi abatido mortalmente pelo inimigo. Mas, àquele tempo não havia milhões de gays desfilando nas ruas de São Paulo acompanhados de simpatizantes (cuja simpatia por vezes significa introversão) ou políticos ávidos de votos como defensores das minorias, se é o caso de assegurar-se que ainda são minorias.
O Exército é solicitado para ações sociais devidas aos governos civis, incompetentes ou surpreendidos, por falta de planejamento, como no combate previsível das endemias, como a dengue. Já o foi para garantir a integridade física de chefes de Estado ou de governo, isolados, em visitas oficiais, ou em trabalho coletivo, para decisões polêmicas. Fê-los, em obediência devida ao presidente da República, mas, todas as missões que não lhe cabiam, órgão de segurança pública que não é, nem pertinente ao Estado de Defesa, cuja atribuição é preservar ou prontamente restabelecer a paz social ameaçada por grave e iminente instabilidade institucional. A construção de um centro social na favela dominada por narcotraficantes e a proteção dos trabalhadores deu azo a um procedimento de um tenente que não honra a farda que veste.
Tomaram-no, os críticos, pelo todo do Exército, como se a Igreja fosse toda de pedófilos e a magistratura de vendedores de sentença.
O padre Vieira, em sermão, disse que preferia ser julgado do demônio que acusado dos homens. Assim deveria querer o Exército, mas é querido do povo. Jarbas Passarinho – Correio Braziliense - foi ministro de Estado, governador e senador
DERAM TEMPO PARA OS CRIMINOSOS?
Assassinos de jovens podem ter deixado morro no Rio
Polícia só fará operações na Mineira quando tiver informações seguras do paradeiro dos assassinos. Dez dias após a morte dos três jovens do Morro da Providência, a Polícia Civil do Rio não reuniu pistas concretas que levem à prisão dos assassinos. O indício mais forte obtido até agora é de que os matadores teriam fugido do Morro da Mineira. Suspeita-se ainda que o corpo esquartejado encontrado na semana passada em um dos acessos à favela seja de um dos autores do triplo homicídio, embora os legistas não tenham conseguido identificá-lo. Leia mais aqui – Redação do Estadão.
COMENTÁRIO: É impressionante! A polícia só fará operações quando tiver informações seguras sobre o paradeiro dos assassinos? Dez dias, e nada? A essas alturas os tais bandidos já devem ter ido embora do país. A Polícia do Rio deve estar esperando a “morte da bezerra”. Depois, querem que acreditemos nesse circo. Por Gaúcho/Gabriela
IRRESPONSÁVEL! LULA AGORA CONDENA PRESENÇA DO EXÉRCITO
Na presença dos parentes dos três jovens mortos no episódio dos militares no morro da Providência, o Lula da Silva mudou subitamente de opinião a respeito da atuação do Exército na favela, no Rio de Janeiro.
Lula autorizou a participação dos soldados no projeto Cimento Social. Depois da tragédia, ainda autorizou que o Ministério da Defesa entrasse com recurso na Justiça para garantir a permanência das tropas. Diante das famílias, porém, o presidente se disse contra a atuação militar.
Lula chegou a classificar de "injustificável" a participação do Exército na obra. Lula não só autorizou a parceria entre o Ministério das Cidades e Exército como também liberou verbas para o projeto. Na noite de segunda, contudo, se disse contra o envolvimento dos militares numa "obra terceirizada", como o Cimento Social.
Questionado sobre a presença do Exército no morro, Lula lembrou que "não tem policiamento ostensivo em nenhuma das obras do PAC", sinalizando que não pensava ser necessário enviar os militares ao morro. Ainda assim, Lula concordou com o recurso da Advocacia-Geral da União para garantir que o Exército continue protegendo a obra. A resposta ao recurso deve sair até quinta-feira. O Cimento Social é projeto de autoria do senador Marcello Crivella (PRB-RJ), candidato favorito de Lula à prefeitura do Rio.
Assim como o ministro da Defesa, Nelson Jobim, Lula defendeu no encontro que o julgamento dos onze militares acusados de envolvimento no caso seja feito pela Justiça Civil, e não por um tribunal militar. O Exército pensa o contrário. De acordo com reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo, Lula disse que as versões apresentadas por militares e moradores do morro para os fatos "são muito diferentes". Os militares estão detidos -- mas os traficantes que mataram os jovens não. Revista Veja
Lula autorizou a participação dos soldados no projeto Cimento Social. Depois da tragédia, ainda autorizou que o Ministério da Defesa entrasse com recurso na Justiça para garantir a permanência das tropas. Diante das famílias, porém, o presidente se disse contra a atuação militar.
Lula chegou a classificar de "injustificável" a participação do Exército na obra. Lula não só autorizou a parceria entre o Ministério das Cidades e Exército como também liberou verbas para o projeto. Na noite de segunda, contudo, se disse contra o envolvimento dos militares numa "obra terceirizada", como o Cimento Social.
Questionado sobre a presença do Exército no morro, Lula lembrou que "não tem policiamento ostensivo em nenhuma das obras do PAC", sinalizando que não pensava ser necessário enviar os militares ao morro. Ainda assim, Lula concordou com o recurso da Advocacia-Geral da União para garantir que o Exército continue protegendo a obra. A resposta ao recurso deve sair até quinta-feira. O Cimento Social é projeto de autoria do senador Marcello Crivella (PRB-RJ), candidato favorito de Lula à prefeitura do Rio.
Assim como o ministro da Defesa, Nelson Jobim, Lula defendeu no encontro que o julgamento dos onze militares acusados de envolvimento no caso seja feito pela Justiça Civil, e não por um tribunal militar. O Exército pensa o contrário. De acordo com reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo, Lula disse que as versões apresentadas por militares e moradores do morro para os fatos "são muito diferentes". Os militares estão detidos -- mas os traficantes que mataram os jovens não. Revista Veja
COMENTÁRIO
A foto utilizada na matéria, não é da ocasião. Até porque, a primeira dama caiu da cama e quebrou a clavícula, o que nos obrigará ao castigo de ficar sem sua imprenscindível presença nos eventos, ao lado do presidente. Mas, aproveitem a foto que publicamos - ela é recente - para observar o rosto da primeira dama: não cabe mais botox nele. Desse jeito, ela vai botar a Elza Soares no chinelo. Daqui há pouco, os olhos vão parar atrás das orelhas. Vai ver que por isto, ela caiu da cama na quinta-feira passada. Má visão. Por Gabriela/Gaúcho
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