Comparação de Amorim sobre tática nazista de ricos vira arma contra o Brasil

INCIDENTE DIPLOMÁTICO AZEDOU AINDA MAIS AS DIFÍCIES TRATATIVAS DA RODADA DE DOHA

Começou mal o que deveria ser uma reunião decisiva para a liberação do comércio internacional. Ao comparar a estratégia dos países ricos à do nazista Joseph Goebbels, o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, ofendeu a representante dos Estados Unidos, Susan Schwab, filha de sobreviventes do Holocausto. O incidente diplomático azedou ainda mais as já difíceis tratativas da Rodada de Doha. Susan Schwab, Sean Spicer, respondeu que a representante de Comércio da Casa Branca a considerara um "insulto baixo e pessoal". E, numa referência aos riscos do incidente, acrescentou esperar que "os comentários não afetem a rodada". Quando soube da origem familiar da negociadora e da dura reação, o Itamaraty apressou-se a pedir desculpas, distribuindo nota no início da madrugada de ontem em Genebra.

Mesmo depois das desculpas brasileiras, o porta-voz americano não deu o incidente por superado:

Ele (Amorim) é o responsável pela diplomacia do Brasil. Leia matéria completa aqui, no Jornal Zero Hora


COMENTÁRIO
Já expusemos nossa opinião ontem, sobre o "Chanceler" de porta de barraco: "acuse-os daquilo que você faz". Amorim não passa de um cacarejador, um galo velho que canta fora de hora. Para discursar na rodada de Doha é preciso ter naipe de diplomata e conhecimento intelectual sobre diplomacia. Quem tem um Amorim para tratar dos negócios do país, nem precisa de um Hugo Chávez tentando melar os negócios do MERCOSUL. Por Gabriela/Gaúcho





GOVERNO ENGORDA RECEITA DE ALIADOS

Base administra 43 das 50 cidades que mais receberam verba este ano

O Lula da Silva abriu o cofre para os aliados no ano das eleições municipais. Das 50 cidades que mais receberam transferências federais, a base aliada administra 43. Ao todo, o governo federal já liberou R$ 8,5 bilhões para convênios com Estados, municípios e entidades públicas e privadas desde o início do ano. Metade disso foi paga nos últimos 40 dias, com a proximidade do prazo final estipulado pela Lei Eleitoral para que o governo inicie obras.

A reportagem do Estado identificou os 935 municípios que receberam mais de R$ 800 mil neste primeiro semestre. O grupo soma R$ 2,7 bilhões em liberações. Destes, 81% dos recursos foram repassados para partidos da base aliada - o PT, que tem 7% dos prefeitos do País, abocanhou 23% das verbas, seguido por outra sigla governista, o PMDB, com 22% dos recursos liberados.

Ou seja, os prefeitos do PT e do PMDB, juntos, receberam 45% dos recursos liberados para todos os municípios pesquisados. Leia matéria completa aqui - Por Sônia Filgueiras e Sérgio Gobetti, do Estado de São Paulo





PT INDICA JORNAL DO LULA COMO MUNIÇÃO ELEITORAL


Site do partido traz "link" para publicação da Presidência feita com recursos públicos: - "Peça o seu!", diz portal; devido à popularidade de Lula, PT tem estimulado seus candidatos a se associarem ao presidente

A estratégia do PT de municiar seus candidatos a prefeito e a vereador com dados sobre o governo de Lula da Silva conta com pelo menos uma ferramenta criada com recursos públicos. Há cerca de um mês, o site do partido (
http://www.pt.org.br/) abriga um "link" com notícia sobre o jornal "Mais Brasil para Mais Brasileiros", editado pela Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência).

Lançado no fim de maio, a cerca de quatro meses das eleições, o jornal teve um custo de R$ 1,2 milhão e tiragem de 1,2 milhão de exemplares, segundo a Secom. As 44 páginas coloridas trazem relatos de ações do governo em diversas áreas.

"Jornal traz principais ações e políticas do governo Lula. Peça o seu!", diz o site do PT, que abre o texto informando que a publicação "já está disponível para consulta, impressão, aquisição e distribuição". As edições anteriores do jornal editado pela Secom haviam saído em dezembro de 2005 e junho de 2006, meses que antecederam a eleição em que Lula foi reeleito. Em 2007, ano sem eleições, não houve jornal.

Em 2006, Lula foi multado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em R$ 900 mil pela distribuição, pela Casa Civil da Presidência, de um jornal tablóide de 36 páginas considerado de caráter eleitoreiro. No mesmo ano, houve polêmica sobre a relação governo-PT na confecção de cartilhas com realizações da gestão Lula. Auditoria do TCU constatou falta de comprovante da confecção e distribuição de 2 milhões de folhetos sob responsabilidade da Secom. Por Ranier Bragon - Assinante lê mais aqui, na Folha de São Paulo





QUEM NASCE PARA LAGARTIXA NÃO CORRE O RISCO DE CHEGAR A JACARÉ

País vende ferro à China e importa trilho.


Caso é emblemático da dificuldade de agregar valor às commodities; demanda do setor ferroviário no Brasil é crescente. Diferença entre o valor da matéria-prima que o país exporta e o do produto acabado que compra chega a US$ 714 por tonelada

Porto de Itaqui, Maranhão. O navio cansado da marcha de quase um mês se aproxima manso do cais. Dentro, uma encomenda muito aguardada: trilhos de trem produzidos a 16.500 quilômetros de distância, na China. Mais da metade dos trilhos usados no Brasil sai de siderúrgicas chinesas. O resto, do Leste Europeu. A ironia é que essa história começa aqui.

Antes der entregar ao Brasil trilho a US$ 850 a tonelada, os chineses buscam, em Itaqui e em outros terminais da costa, a matéria-prima fundamental, o minério de ferro. Para cada tonelada de trilho entregue, as siderúrgicas chinesas precisam levar de 1,7 a 1,8 tonelada de ferro, volume que rende entre US$ 136 e US$ 144. A diferença? É o custo do atual desprezo do país por esse mercado.

O aparente desinteresse brasileiro em não agregar valor ao próprio minério de ferro para abastecer a crescente demanda interna por trilhos custa ao país entre US$ 706 e US$ 714 por tonelada de trilho assentado em velhas e novas ferrovias. O custo é algo como US$ 135 milhões para a demanda deste ano e US$ 264 milhões para os volumes previstos de compra em 2009, quando as encomendas devem atingir um recorde. Por Agnaldo Brito - Assinante leia mais aqui, na Folha de São Paulo

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