Dados sobre Farc são ''irrelevantes'', diz assessor de Lula

Marco Aurélio Garcia afirma que preocupação dos EUA sobre deslocamento da guerrilha para o País é infundada.

Em entrevista ao Estado, o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, informou que Bogotá entregou ao País informações sobre as "conexões" das Farc no Brasil. Em especial, sobre narcotráfico. Há uma semana, em visita ao Brasil, o secretário de Segurança Interna dos EUA, Michael Chertoff, alertou para a possível infiltração das Farc na Amazônia.

O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse ontem que, em algumas ocasiões, o governo colombiano passou ao Brasil dados sobre as FARC. Mas, segundo ele, esses repasses foram entregues antes da visita do Lula da Silva à Colômbia, nos dias 19 e 20, e continham apenas "informações irrelevantes" sobre as Farc. Leia matéria completa aqui. Por Denise Chrispim Marin o Estado de São Paulo

No El Tiempo
"Existe uma série de informações sobre conexões, que entregamos ao governo brasileiro, para que tome as providencias que julgar mais adequadas”, afirmou o ministro de Defesa, Juan Manuel Santos. – “O Governo colombiano dispõe de informações sobre contatos que as FARC têm com pessoas no Brasil. Sabe-se que eles têm contatos com o narcotráfico, e as autoridades colombianas pediram que seus pares brasileiros colocassem sob vigilância os supostos representantes que as FARC têm no Brasil”. AFP



COMENTÁRIO:
A frase de Garcia: “É falsa a impressão de que a Colômbia está agindo militarmente e está rompido com as Farc”. É incrível como o MAG tenta solapar a vitória das Forças Militares de Uribe sobre os terroristas, sugerindo “acordos” entre o governo colombiano com os narcos guerrilheiros.

Claro que o presidente Uribe “desmobilizou” grande parte das organizações paramilitares em 2003 com o Plano Colômbia, propondo penas menos duras aos que se entregassem. E conseguiu grandes resultados.

Mas no caso das FARC não tem acordo mesmo. Ou se entregam ou morrem! O que existe são milhares de reféns nas mãos dos terroristas, e uma ação incansável do Exército contra essa bandidagem que procura refúgio nos países vizinhos. De fato, torna-se irrelevante o governo colombiano querer pedir ajuda para os que fazem ouvidos moucos, e que sabem muito bem quem são os contatos da escória aqui no Brasil. Por, Gaúcho/Gabriela





CONSELHO SEM FUNÇÃO - Editorial- Opinião Folha de São Paulo

Tem razão de ser o questionamento do ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, sobre o papel que terá o recém-criado Conselho Sul-Americano de Defesa. "Para que é isso, ainda não sei", disse ele em visita aos EUA.

Cenário adequado, já que a única intenção que se deixa vislumbrar para a criação do novo organismo, proposta pelo Brasil, é excluir Washington da tomada de decisões de defesa no subcontinente. Sendo os EUA uma superpotência com interesses reais na região, tal objetivo soa irreal.

A idéia de criar o conselho surgiu em momento inoportuno. Não dá para falar em políticas de defesa continentais quando sérias rivalidades vividas pelos países sul-americanos são internas - desde as mais ruidosas, como a entre Colômbia e Equador, a outras menos notáveis, como a disputa Peru-Bolívia. O próprio Brasil, autor da idéia, parece não saber muito bem para que servirá o novo conselho. "As atribuições específicas do conselho estão em discussão (...). A proposta brasileira é de que este se constitua em foro de discussões, não se pretendendo que suas decisões vinculem as partes", escreveu o ministro Nelson Jobim em recente artigo na revista "Interesse Nacional".

Órgãos de discussão já os há aos montes.

Outras das possíveis atribuições do conselho - como a integração dos sistemas produtivos das indústrias de defesa sul-americanas, podem ser efetuadas muito bem sem ele.

A resistência da Colômbia parecia ter enterrado a idéia do conselho, mas o país voltou atrás e decidiu participar. As condições impostas para tal - a tomada de todas as decisões por consenso e a rejeição total a grupos violentos (leia-se Farc)- podem provocar a defecção de outros países. Além disso, a permissão para que os integrantes mantenham acordos bilaterais de cooperação militar com outros países anula qualquer possibilidade de tirar os EUA de cena - e torna ainda mais sem sentido a criação do organismo. Um bom conselho seria deixá-lo de lado.




CANAL LIVRE
Na Amazônia, a atuação sem controle de ONGs preocupa

O assunto foi, mais uma vez, tema do Canal Livre da Rede Bandeirantes. O interesse de ONGs que atuam sem controle, e à margem do Estado, tem sido preocupação recorrente com o futuro da floresta. Essa ingerência, ao que tudo indica, é algo que o Governo não consegue controlar. Assista ao vídeo aqui - Band News




COMENTÁRIO: AS LIÇÕES DO CHEFE
Afinal, o que é que tem de mais que um dos líderes do MST, José Rainha, esteja ligado ao tráfico e aliado ao candidato Claudinho da Academia (PSDC) que responde a 14 processos criminais, segundo o Globo?

Nosso ambiente parlamentar está envolvido com o crime não é de hoje. Os programas sociais do governo nada mais são que moeda de troca, de acordos e consentimentos com a bandidagem.

Que o diga a imagem abaixo. Resgatei dos arquivos da Globo. Ela é de fevereiro deste ano, quando o Lula esteve em Campo Grande, para inaugurar um posto de saúde. O presidente do Brasil dividiu o palanque, numa boa, com o deputado Natalino Guimarães, aquele que foi preso na semana passada, acusado de chefiar milícia que atua na região.

É Claro que Lula sabia disso! É só ver a chamada gravada pela emissora, na tela do vídeo.


Na vizinha Colômbia, por exemplo, os paramilitares nasceram da convicção de que o Estado não estava presente. Em 1997, eles formaram as AUC (Autodefesas Unidas da Colômbia), que se tornaram o maior grupo armado urbano. Em menos de dois anos, chegaram à política. Em 2003, o presidente Uribe começou a desmobilizar esse grupo criminoso através do Plano Colômbia.

Aqui, no entanto, as milícias nascem e se fortalecem convictas de que o Estado é o grande parceiro. Por, Gaúcho/Gabriela

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