Enquanto se discute se o foco é no corruptor (banqueiro, megaempresários...) ou no corrupto (agentes públicos variados); se Celso Pitta deveria ou não ser exposto ao vivo e em cores metido em pijamas na própria casa; se pode ou não usar algemas em peixe graúdo...ninguém mais fala da Santa Casa de Misericórdia do Pará. - Por Eliane Castanhêde – Folha de São Paulo
A medida de um Daniel Dantas, de um Naji Nahas ou de um Eike Batista é em bilhões de dólares, e a medida de uma tentativa de suborno de delegados está na bagatela de um milhão e pouco de reais. Já a medida da Santa Casa de Misericórdia do Pará é em míseras centenas -centenas de bebês: 262 bebês morreram ali neste ano, foram enterrados e ninguém soube explicar por quê, nem alguém mais quer saber exatamente o que ocorreu.
Bilhões de dólares saem pelo ralo, seja da corrupção, seja da mera ganância patológica, e faltam migalhas para salvar bebês, mães e famílias, não só da morte como do abandono e do desalento. Morrem seis bebês, é coisa comum. Morrem 20, dão de ombro. Morrem 100 e não se acende uma luz amarela. São necessários 262 mártires para a maternidade acordar, o Estado acordar, o país acordar?
O debate nacional escorrega do possível corruptor para um leque infernal de supostos corruptos. Um deputado daqui, um advogado de lá, um juiz daqui, um assessor palaciano de lá e, quanto mais aumenta a rede, menos chance de se pegar o(s) peixe(s) graúdo(s).
No oceano de acusações cruzadas, de reputações periclitantes, ninguém ouve mais falar dos bebês, nem se horroriza mais com suas covinhas, uma atrás da outra, fantasmagóricas e conformadas. E ainda se fala, e se chora, hoje a morte do menino João Roberto no Rio. Mas só até a próxima bala policial perdida, a próxima vítima indefesa, a próxima família destroçada.
Bem-vindo, Salvatore Cacciola! Sinta-se em casa.
PRENDER LADRÃO, ELES NÃO PRENDEM. MAS EM COMPENSAÇÃO, AS VÍTIMAS NÃO ESCAPAM
Vítima de assalto é morta durante perseguição da polícia
Homem estava em seu carro quando foi rendido por um suspeito armado. PMs desconfiaram do veículo e disseram que revidaram quando criminoso atirou. Um homem que era feito refém por um assaltante de carro morreu num tiroteio na noite de segunda-feira (14) na Zona Norte do Rio, durante perseguição da polícia. A informação foi confirmada pela delegada Suzi Miranda, da 17ª DP (São Cristóvão). Leia matéria completa aqui, no Portal G1
A medida de um Daniel Dantas, de um Naji Nahas ou de um Eike Batista é em bilhões de dólares, e a medida de uma tentativa de suborno de delegados está na bagatela de um milhão e pouco de reais. Já a medida da Santa Casa de Misericórdia do Pará é em míseras centenas -centenas de bebês: 262 bebês morreram ali neste ano, foram enterrados e ninguém soube explicar por quê, nem alguém mais quer saber exatamente o que ocorreu.
Bilhões de dólares saem pelo ralo, seja da corrupção, seja da mera ganância patológica, e faltam migalhas para salvar bebês, mães e famílias, não só da morte como do abandono e do desalento. Morrem seis bebês, é coisa comum. Morrem 20, dão de ombro. Morrem 100 e não se acende uma luz amarela. São necessários 262 mártires para a maternidade acordar, o Estado acordar, o país acordar?
O debate nacional escorrega do possível corruptor para um leque infernal de supostos corruptos. Um deputado daqui, um advogado de lá, um juiz daqui, um assessor palaciano de lá e, quanto mais aumenta a rede, menos chance de se pegar o(s) peixe(s) graúdo(s).
No oceano de acusações cruzadas, de reputações periclitantes, ninguém ouve mais falar dos bebês, nem se horroriza mais com suas covinhas, uma atrás da outra, fantasmagóricas e conformadas. E ainda se fala, e se chora, hoje a morte do menino João Roberto no Rio. Mas só até a próxima bala policial perdida, a próxima vítima indefesa, a próxima família destroçada.
Bem-vindo, Salvatore Cacciola! Sinta-se em casa.
PRENDER LADRÃO, ELES NÃO PRENDEM. MAS EM COMPENSAÇÃO, AS VÍTIMAS NÃO ESCAPAM
Vítima de assalto é morta durante perseguição da polícia
Homem estava em seu carro quando foi rendido por um suspeito armado. PMs desconfiaram do veículo e disseram que revidaram quando criminoso atirou. Um homem que era feito refém por um assaltante de carro morreu num tiroteio na noite de segunda-feira (14) na Zona Norte do Rio, durante perseguição da polícia. A informação foi confirmada pela delegada Suzi Miranda, da 17ª DP (São Cristóvão). Leia matéria completa aqui, no Portal G1
Maioridade: governo alerta para intervenção da ONU
A eventual decisão do Congresso Nacional de reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos poderia provocar uma condenação da Organização das Nações Unidas (ONU), alerta a subsecretária de Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Carmen Oliveira. "A redução da maioridade (penal) sem sombra de dúvida é um retrocesso. Significa um descumprimento do País em relação à Convenção Internacional dos Direitos da Criança das Nações Unidas", explica a subsecretária. "Aderimos à convenção. Portanto, nos comprometemos a não dar à criança o mesmo tratamento dispensado aos maiores de 18 anos", diz Carmen. "Seria uma lástima, estaríamos passíveis de condenação da ONU", comenta.
Menores a serviço de quadrilhas
Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), defensor da redução da maioridade penal e relator de projeto sobre o tema aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a sociedade deve se adequar às mudanças de mentalidade de jovens e crianças, que hoje têm mais acesso à informação e não são mais comparáveis às crianças e adolescentes do século 19. Em relatório apresentado à CCJ, o senador lembra que já em 1884 a sociedade "clamava por um direito penal que estabelecesse uma relação direta entre a maioridade penal e o discernimento do agente". De acordo com o parlamentar, "os jovens são o grupo populacional que mais se envolve com o crime nos dias de hoje, e o direito penal constitucional não pode permanecer inerte e suspenso diante dessa realidade". "O legislador constituinte de 1988 decidiu simplesmente suspender a História e um dos resultados é o aumento da criminalidade em meio aos jovens e o uso crescente de menores por parte de quadrilhas organizadas, que apenas procuram formar um escudo protetor contra o Poder Judiciário, beneficiando-se da lei". - Laryssa Borges, do Terra – Matéria completa aqui – Leia mais aqui, via O Dia Online
SURGE UMA NOVA INDÚSTRIA DE INDENIZAÇÕES
ONG vai ajudar vítimas de violência a processar o Estado
ONG Rio de Paz, que há um ano faz protestos pacíficos contra a violência na cidade, como colocar 700 cruzes negras na Praia de Copacabana, partiu para o ataque. Antônio Carlos Costa, diretor-executivo da ONG, vai oferecer assessoria jurídica para que as famílias de vítimas de violência na cidade processem o governo do Estado. "Vai ser uma enxurrada de ações judiciais, principalmente nestes casos em que as vítimas foram mortas por policiais", acredita Costa. O programa será coordenado por Elizabeth Sussekind, ex-secretária nacional de Justiça no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. A princípio, o serviço vai atender 50 famílias. "Quando a morte de um brasileiro, seja ela provocada pela polícia ou pela falta de segurança, mexer com os cofres públicos, o governo vai mudar a política de segurança pública. A indenização é uma forma de fazer justiça." - Leia mais aqui, no Estadão
Menores a serviço de quadrilhas
Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), defensor da redução da maioridade penal e relator de projeto sobre o tema aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a sociedade deve se adequar às mudanças de mentalidade de jovens e crianças, que hoje têm mais acesso à informação e não são mais comparáveis às crianças e adolescentes do século 19. Em relatório apresentado à CCJ, o senador lembra que já em 1884 a sociedade "clamava por um direito penal que estabelecesse uma relação direta entre a maioridade penal e o discernimento do agente". De acordo com o parlamentar, "os jovens são o grupo populacional que mais se envolve com o crime nos dias de hoje, e o direito penal constitucional não pode permanecer inerte e suspenso diante dessa realidade". "O legislador constituinte de 1988 decidiu simplesmente suspender a História e um dos resultados é o aumento da criminalidade em meio aos jovens e o uso crescente de menores por parte de quadrilhas organizadas, que apenas procuram formar um escudo protetor contra o Poder Judiciário, beneficiando-se da lei". - Laryssa Borges, do Terra – Matéria completa aqui – Leia mais aqui, via O Dia Online
SURGE UMA NOVA INDÚSTRIA DE INDENIZAÇÕES
ONG vai ajudar vítimas de violência a processar o Estado
ONG Rio de Paz, que há um ano faz protestos pacíficos contra a violência na cidade, como colocar 700 cruzes negras na Praia de Copacabana, partiu para o ataque. Antônio Carlos Costa, diretor-executivo da ONG, vai oferecer assessoria jurídica para que as famílias de vítimas de violência na cidade processem o governo do Estado. "Vai ser uma enxurrada de ações judiciais, principalmente nestes casos em que as vítimas foram mortas por policiais", acredita Costa. O programa será coordenado por Elizabeth Sussekind, ex-secretária nacional de Justiça no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. A princípio, o serviço vai atender 50 famílias. "Quando a morte de um brasileiro, seja ela provocada pela polícia ou pela falta de segurança, mexer com os cofres públicos, o governo vai mudar a política de segurança pública. A indenização é uma forma de fazer justiça." - Leia mais aqui, no Estadão
INCOMPETÊNCIA PESTISTA AUMENTA 50% NÚMERO DE HOMICÍDIOS
Número de mortes aumenta na Região Metropolitana de Salvador. É a consagração da incompetência do governo do PT.
O número de homicídios aumentou no último ano mais de 50% nos quatro municípios da Região Metropolitana de Salvador (RMS) contemplados no Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) – Salvador, Simões Filho, Camaçari e Lauro de Freitas. Apesar dos dados alarmantes, o Ministério da Justiça (MJ) confirmou que não vai mais firmar convênios com os municípios de todo o País até o fim das eleições. Cabe ao governo do Estado, que ainda possui projetos sob apreciação, conseguir fazer avançar o programa na Bahia. Por Fernanda Santa Rosa e Luisa Torreão - A Tarde-BA – Leia matéria completa aqui, no Site do Aleluia
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