Mc Cain quer aliança com Brasil

O Brasil tem "um papel de liderança a desempenhar na América Latina", em meio a "tendências perturbadoras" como o "socialismo antiamericano" da Venezuela e a ação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Essa é a opinião do candidato republicano à presidência dos EUA, John McCain, que respondeu, via e-mail, a perguntas do Estado.

"Existem tendências perturbadoras na região, como o socialismo antiamericano de Hugo Chávez e as sucessivas tentativas das Farc de solapar a segurança e a democracia na Colômbia.

McCain diz que, se vencer as eleições, apoiará o aumento da participação do País em instituições internacionais, "incluindo o G-8 e uma potencial Liga das Democracias", mas não se compromete a apoiar a inclusão do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. A Liga das Democracias seria uma aliança entre grandes democracias destinada a se contrapor a regimes autoritários como China e Rússia.

"Enquanto dedicamos nossa energia a outras regiões, novas e perigosas forças ocuparam espaços (na América Latina). Chávez tem usado a fachada da legitimidade eleitoral para estabelecer uma ditadura de partido único na Venezuela; ele deu novo fôlego ao decadente regime dos Castros em Cuba, aliou-se ao Irã e outros inimigos dos EUA e apoiou forças populistas e antiamericanas no hemisfério. Enquanto os EUA estavam ocupados em outros lugares, a China lançou uma ofensiva diplomática e econômica na região, com intenções e resultados incertos. E há entre alguns latino-americanos crescente rejeição às democracias de livre mercado", disse. "Se eu for eleito, os EUA lançarão uma nova política para a região, com base na paz e segurança, prosperidade, democracia e liberdade e respeito mútuo." Por Patrícia Campos Mello – Leia matéria completa aqui - Estadão





EUA NUNCA PERMITIRÃO “SEGUNDO HOLOCAUSTO” diz McCAIN

O candidato republicano à Casa Branca, John McCain, disse na segunda-feira que os Estados Unidos nunca devem permitir que o Irã provoque um "segundo Holocausto" contra o povo judeu. A declaração foi feita a uma TV israelense na véspera de seu rival democrata, Barack Obama, chegar a Israel, onde deve se encontra com dirigentes locais, além de lideranças palestinas.

Israel, que supostamente possui o único arsenal nuclear do Oriente Médio, vê no Irã uma ameaça à sua própria existência. Em julho, o primeiro-ministro Ehud Olmert disse que seria necessário impedir "por todos os meios possíveis" que a República Islâmica adquira armas nucleares.

Questionado pelo Canal 2 de Israel sobre seu apoio a um eventual ataque de Israel a instalações nucleares do Irã, McCain evitou uma resposta direta, mas disse: "Tenho de olhá-los nos olhos e lhes dizer que os EUA não podem nunca permitir um segundo Holocausto".

Ele defendeu mais sanções da comunidade internacional contra o Irã para impedir o país de obter armas atômicas. "Espero que isso nunca aconteça. Espero que Israel não se sinta ameaçado", disse McCain, que novamente rejeitou a hipótese de se reunir diretamente com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que certa vez prometeu riscar o Estado judeu do mapa.

No sábado, seis potências ocidentais (inclusive os EUA) deram ao Irã duas semanas para responder a um pacote que oferece incentivos políticos e econômicos em troca da suspensão das atividades de enriquecimento de urânio. Teerã garante que seu programa nuclear é pacífico. Reuters – via Estadão




RUSSIA E VENEZUELA FIRMAM ACORDOS DE “COOPERAÇÃO EM SEGURANÇA”

Medvédev e Chávez falam em “otimizar” a relação bilateral de comércio armamentista. O presidente russo, Dmitri Medvédev, declarou hoje ao seu homólogo venezuelano, Hugo Chávez, que a cooperação entre Moscou e Caracas "se converteu em um dos fatores chave da segurança regional" na América Latina.

Hoje pela manhã, Chávez expressou suas "grandes esperanças" de que esta visita permita seguir construindo uma "aliança estratégica" entre Rússia e Venezuela. Segundo o dirigente venezuelano, os acordos firmados nos últimos anos com a Rússia, sobretudo para compra de armas, "garantirão a soberania da Venezuela, que é ameaçada pelos Estados Unidos". A lista da compra de Chávez inclui tanques, sistemas de defesa antiaérea, submarinos e aviões.

Depois de uma reunião entre Medvédev e Chávez, as negociações continuarão com a participação de executivos de grandes empresas dos setores armamentistas, energético e metalúrgico. Segundo fontes do complexo industrial militar russo, ambos os países poderiam subscrever a vários contratos de armamento pesado por milhões de dólares. Fonte El País




NAZISTAS NO BOM SENTINDO

A política externa terceiro-mundista bolivariana guevarista do governo brasileiro está parecendo aquela cena em que o esquálido grita, diante do brutamontes: “Me segura!”

Não dá para saber o que é pior: o ministro Celso Amorim tentando dar uma de pitbull e comparando os países ricos com os nazistas, ou pondo o rabo entre as pernas e dizendo que não quis dizer isso. Na preparação para a reunião da Rodada de Doha, Amorim disse que os negociadores dos países mais industrializados repetem mentiras sobre os subsídios agrícolas, para ver se elas colam. E comparou com a tática da propaganda nazista de Goebbels.

Depois disse que só queria se referir à tática, não ao nazismo. É mais ou menos como comparar o comportamento de alguém com o do Elias Maluco, e depois ressalvar que se referia ao hábito do assassino de falar de boca cheia, não o de matar pessoas. O mais importante nesse episódio, porém, não é o grau de esperteza do chanceler brasileiro. É essa doutrina colegial de camundongo rugindo para o leão.

Essa linha atual do Itamaraty, que persegue pessoas – há diversos diplomatas brasileiros na geladeira – e manda Lula seguir Hugo Chávez (primeiro apóia as Farc, depois apóia Uribe), é a responsável por vexames como este último. Abrem mão da diplomacia inteligente para ficar organizando gritos de oprimidos contra o mundo cruel. Esses G-20, G-200 ou G-qualquer coisa são patéticos. Blocos aritméticos sem qualquer unidade orgânica, sem pensamento ou ação engenhosa. São torcidas organizadas. Usinas de retórica que os ricos rebatem com mais (e melhor) retórica. E continuam dando os subsídios que quiserem, fazendo o que bem entendem.

Ou o Brasil desiste da diplomacia do gritinho, larga esse antiamericanismo pueril e negocia que nem gente grande (sabendo que é mais fraco), ou se contenta com esse lugar no anedotário dos que citam o nazismo no bom sentido. Por Guilherme Fiuza




SARAVEJO COMEMORA PRISÃO DO EX-PRESIDENTE RADOVAN KARADZIC

Milhares de pessoas se reuniam nas ruas de Sarajevo a noite para comemorar a prisão de Radovan Karadzic, acusado de genocídio após a morte de aproximadamente 11 mil cidadãos em um cerco que durou 43 meses. 'Esta é a melhor coisa que poderia ter acontecido, você vê as pessoas comemorando em todos os lugares', afirmou Fadil Bico, morador de Sarajevo. 'Eu chamei e acordei a minha família inteira. ' Filas de carros nas ruas buzinavam, enquanto a rádio estatal bosniana tocava trechos de discursos de Karadzic do período da guerra de 1992-95, quando liderou o poderio militar sérvo-bósnio, apoiado por Belgrado, contra muçulmanos bósnios e croatas. Ele ainda é acusado de genocídio devido ao massacre de aproximadamente 8 mil de muçulmanos em Srebrenica. Ele foi preso na Sérvia nesta segunda-feira após 11 anos escondido. Reportagem de Daria Sito-Sucic – Reuters

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