Acusado de terrorismo em seu país, Olivério Medina vive paranóia de perseguição em Brasília. Bernardo Mello Franco – O Globo
Dois anos depois de conquistar status de refugiado político, o ex-padre Olivério Medina - apontado como embaixador das FARC no Brasil e condenado por homicídio e terrorismo em seu país - leva uma vida discreta e com poucos amigos na capital federal. Irritado com o noticiário sobre a libertação da ex-senadora Ingrid Betancourt, ele se diz impedido de fazer comentários políticos, sob pena de perder o benefício que o livrou da prisão.
Mas ele continua a trocar e-mails com colegas da guerrilha, lê os jornais colombianos pela internet e não esconde o sonho de receber uma improvável anistia para voltar à terra natal. Acusado de transportar US$5 milhões em supostas doações das Farc ao PT para financiar a campanha do presidente Lula em 2002, o que nega categoricamente, Medina - um dos três codinomes de Francisco Antonio Cadena Colazzos - mora numa apertada quitinete na Asa Norte de Brasília. O andar térreo do prédio é ocupado por um supermercado popular. No interior do imóvel, livros e móveis empilhados dificultam a circulação.
Desde que o Supremo Tribunal Federal arquivou seu processo de extradição e determinou que ele fosse libertado da cadeia, em março do ano passado, Medina limita as aparições públicas, recusa-se a ser fotografado e nega pedidos de entrevista sobre a guerrilha. Vive sob a constante paranóia de perseguição e acredita ser monitorado 24 horas por serviços de inteligência do governo colombiano. Seu nome reapareceu no noticiário há um mês, quando a revista "Veja" acusou o governo de beneficiá-lo ao dar a sua mulher, Angela Maria Slongo, um cargo comissionado na Secretaria da Pesca. Na semana passada, a coluna "Panorama Político" revelou que e-mails extraídos do computador de Raul Reyes, número 2 das Farc morto num ataque, apontavam sua conexão com o chefe de Gabinete de Lula, Gilberto Carvalho.
Ex-porta-voz oficial das Farc, acostumado a circular por gabinetes de petistas no Congresso, freqüentar seminários em universidades e participar de debates com expoentes da esquerda brasileira, como o sociólogo Emir Sader e o ex-frei Leonardo Boff, Medina se esforça para controlar a língua.
- Quem recebe o benefício do refúgio tem que ficar na sombra - conforma-se.
Enquanto não pode retomar as atividades públicas, o ex-padre divide o tempo entre dois projetos de livro: a tradução de uma biografia de Simón Bolívar - o libertador latino-americano em quem o principal aliado das Farc, o presidente venezuelano Hugo Chávez, diz se inspirar - e uma autobiografia focada em suas duas temporadas em prisões brasileiras.
Sem auxílio financeiro do governo, Medina diz viver de doações de amigos e um pró-labore como secretário do Centro de Estudos Latino-Americanos, uma salinha onde ele e outros três militantes preparam panfletos sobre a história do continente distribuídos a escolas carentes nas cidades-satélites da capital brasileira.
Em seu site, a entidade diz atuar em defesa "da unidade, do apoio e da solidariedade entre os povos latino-americanos". Na seção de links, o primeiro aponta um site que já está desativado: o "Liberdade Olivério". O endereço foi criado em 2005, depois que ele foi detido pela segunda vez, a pedido da Interpol.
Dois anos depois de conquistar status de refugiado político, o ex-padre Olivério Medina - apontado como embaixador das FARC no Brasil e condenado por homicídio e terrorismo em seu país - leva uma vida discreta e com poucos amigos na capital federal. Irritado com o noticiário sobre a libertação da ex-senadora Ingrid Betancourt, ele se diz impedido de fazer comentários políticos, sob pena de perder o benefício que o livrou da prisão.
Mas ele continua a trocar e-mails com colegas da guerrilha, lê os jornais colombianos pela internet e não esconde o sonho de receber uma improvável anistia para voltar à terra natal. Acusado de transportar US$5 milhões em supostas doações das Farc ao PT para financiar a campanha do presidente Lula em 2002, o que nega categoricamente, Medina - um dos três codinomes de Francisco Antonio Cadena Colazzos - mora numa apertada quitinete na Asa Norte de Brasília. O andar térreo do prédio é ocupado por um supermercado popular. No interior do imóvel, livros e móveis empilhados dificultam a circulação.
Desde que o Supremo Tribunal Federal arquivou seu processo de extradição e determinou que ele fosse libertado da cadeia, em março do ano passado, Medina limita as aparições públicas, recusa-se a ser fotografado e nega pedidos de entrevista sobre a guerrilha. Vive sob a constante paranóia de perseguição e acredita ser monitorado 24 horas por serviços de inteligência do governo colombiano. Seu nome reapareceu no noticiário há um mês, quando a revista "Veja" acusou o governo de beneficiá-lo ao dar a sua mulher, Angela Maria Slongo, um cargo comissionado na Secretaria da Pesca. Na semana passada, a coluna "Panorama Político" revelou que e-mails extraídos do computador de Raul Reyes, número 2 das Farc morto num ataque, apontavam sua conexão com o chefe de Gabinete de Lula, Gilberto Carvalho.
Ex-porta-voz oficial das Farc, acostumado a circular por gabinetes de petistas no Congresso, freqüentar seminários em universidades e participar de debates com expoentes da esquerda brasileira, como o sociólogo Emir Sader e o ex-frei Leonardo Boff, Medina se esforça para controlar a língua.
- Quem recebe o benefício do refúgio tem que ficar na sombra - conforma-se.
Enquanto não pode retomar as atividades públicas, o ex-padre divide o tempo entre dois projetos de livro: a tradução de uma biografia de Simón Bolívar - o libertador latino-americano em quem o principal aliado das Farc, o presidente venezuelano Hugo Chávez, diz se inspirar - e uma autobiografia focada em suas duas temporadas em prisões brasileiras.
Sem auxílio financeiro do governo, Medina diz viver de doações de amigos e um pró-labore como secretário do Centro de Estudos Latino-Americanos, uma salinha onde ele e outros três militantes preparam panfletos sobre a história do continente distribuídos a escolas carentes nas cidades-satélites da capital brasileira.
Em seu site, a entidade diz atuar em defesa "da unidade, do apoio e da solidariedade entre os povos latino-americanos". Na seção de links, o primeiro aponta um site que já está desativado: o "Liberdade Olivério". O endereço foi criado em 2005, depois que ele foi detido pela segunda vez, a pedido da Interpol.
O Hugo Chávez esteve pessoalmente envolvido no esforço para ocultar a participação da Venezuela no escândalo da mala com 800 mil dólares, cujo destino era a campanha eleitoral da atual presidenta de Argentina, Cristina Kirchner, de acordo com os testemunhos recolhidos pelo FBI citados em uma moção apresentada na semana passada em uma corte de Miami.
Um dos envolvidos no caso acusou o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de envolvimento na suposta trama para financiar a campanha eleitoral da presidente argentina, Cristina Fernández, segundo a versão digital do jornal "El Nuevo Herald". Carlos Kauffman, que colabora com a Justiça após declarar-se culpado, em março, por sua participação no chamado "Caso da Mala", disse ao FBI que o advogado Moisés Maionica lhe assegurou que "o presidente Chávez estava envolvido no assunto".
Assim consta em uma moção apresentada na semana passada em um tribunal de Miami, e a qual teve acesso o jornal. Segundo o diário, trata-se da primeira vez que o nome de Chávez aparece envolvido diretamente no escândalo. EFE - Via Portal G1 - Leia mais aqui
GOVERNO DO EQUADOR INDULTA 1.200 “MULAS” E TRAFICANTES DE DROGAS
Por considerar que as penas de prisão eram desproporcionais aos delitos que os criminosos cometeram - delitos de transporte de drogas ilícitas – que oscilam entre oito e 16 anos de cárcere, segundo o código penal.
O equatoriano solicitou em janeiro que a Assembléia Constituinte indultasse as denominadas “mulas do tráfico”, petição aceita na semana passada com 76 votos favoráveis. O indulto será outorgado aos delinqüentes que tenham transportado uma quantidade menor ou equivalente a 2 quilos de qualquer droga ou substância, e que tenham cumprido 10% da pena, com um mínimo de um ano, e que não tenham sido reincidentes.
A desculpa esfarrapada:
Que no país “não se castiga o delito e sim a pobreza”, pois “as grandes máfias envolvem as pessoas necessitadas e carentes de emprego” no tráfico de droga, porém “o magnatas do narcotráfico sempre são absolvidos no processo judicial”. Você pode ler a matéria da AFP aqui, no via Notícias 24
Levantamento revela, ainda, que assentamentos são feitos em terras baratas e ignoram áreas mais conturbadas. Nos últimos 19 anos os conflitos entre proprietários rurais e os sem-terra não tiveram trégua em todo o País. E há fortes sinais de que eles ainda podem se agravar. É o que se conclui do levantamento Geografia das Ocupações de Terras, atualizado há pouco pelo Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (Nera), instituição vinculada à Universidade Estadual Paulista (Unesp). Leia mais aqui - Por Roldão Arruda – Estado de São Paulo
OCUPAÇÕES VÃO CONTINUAR, GARANTE STÉDELI
Para líder do MST, direita ?está usando Judiciário e imprensa? para impedir pobres de lutar por seus direitos.
GOVERNOS FROUXOS?
O Estado também ouviu o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), o proprietário rural Luiz Antonio Nabhan Garcia. Ao falar sobre a situação da região do Pontal do Paranapanema, que abriga a sede da UDR, na cidade de Presidente Prudente, e é apontada no levantamento como principal foco de conflitos do País, o ruralista também culpou o governo.
"Os conflitos persistem há quase 30 anos no Pontal por causa de governos frouxos", disse Nabhan. "Pela legislação em vigor no País, quem age fora da lei tem de ser punido. Isso não ocorre com os sem-terra, que invadem propriedades privadas, por causa de uma explícita má vontade de sucessivos governos, tanto na esfera federal quanto na estadual. Acham que punir os sem-terra é antipático. Temem contrariar eleitores para os quais os sem-terra são as vítimas, os coitadinhos dessa história. Nós, os proprietários, ficamos no meio desse jogo político, dessa barbaridade."
Sobre a afirmação do MST de que as terras do Pontal são quase todas terras públicas, devolutas, e por isso devem ser incorporadas à reforma agrária, o fazendeiro disse: "Isso é uma lenda criada pelo MST, uma espécie de combustível para suas ações. O volume de terras devolutas no Pontal é mínimo. Se tivessem boa vontade e firmeza, os governos já teriam resolvido o problema há muito tempo." - Por Roldão Arruda, no Estadão – Leia matéria aqui
O Estado também ouviu o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), o proprietário rural Luiz Antonio Nabhan Garcia. Ao falar sobre a situação da região do Pontal do Paranapanema, que abriga a sede da UDR, na cidade de Presidente Prudente, e é apontada no levantamento como principal foco de conflitos do País, o ruralista também culpou o governo.
"Os conflitos persistem há quase 30 anos no Pontal por causa de governos frouxos", disse Nabhan. "Pela legislação em vigor no País, quem age fora da lei tem de ser punido. Isso não ocorre com os sem-terra, que invadem propriedades privadas, por causa de uma explícita má vontade de sucessivos governos, tanto na esfera federal quanto na estadual. Acham que punir os sem-terra é antipático. Temem contrariar eleitores para os quais os sem-terra são as vítimas, os coitadinhos dessa história. Nós, os proprietários, ficamos no meio desse jogo político, dessa barbaridade."
Sobre a afirmação do MST de que as terras do Pontal são quase todas terras públicas, devolutas, e por isso devem ser incorporadas à reforma agrária, o fazendeiro disse: "Isso é uma lenda criada pelo MST, uma espécie de combustível para suas ações. O volume de terras devolutas no Pontal é mínimo. Se tivessem boa vontade e firmeza, os governos já teriam resolvido o problema há muito tempo." - Por Roldão Arruda, no Estadão – Leia matéria aqui
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