Ana Júlia Carepa (PT) dará "apoio" de R$ 1,5 mi a times de futebol do Pará

MORRERAM 300 BEBÊS NO PARÁ, POR DESLEIXO, MAS O FUTEBOL NÃO PODE PARAR

Pai da governadora é conselheiro do Remo, um dos beneficiados; os outros são Paysandu e Águia de Marabá, também da 3ª divisão. Segundo nota, objetivo é "reacender na sociedade o gosto pelo esporte'; maior parte dos recursos sairá do Banpará, como patrocínio

A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), lançou um pacote de "ajuda" ao futebol do Estado no valor de quase R$ 1,5 milhão. Entre os três times beneficiados -todos da terceira divisão do Campeonato Brasileiro- está o Remo, que tem o pai de Ana Júlia como conselheiro e pelo qual ela já disputou competições de natação quando era adolescente.

O plano de "apoio", termo usado pelo site do governo paraense, também destinará dinheiro ao Paysandu, de Belém, e ao Águia de Marabá. O objetivo é "reacender na sociedade o gosto pelo esporte", diz nota do governo. O pai de Ana Júlia, Arthur Carepa, conselheiro do Remo há mais de 40 anos, "apóia" o pacote, diz o texto, assim como os "conselheiros do Paysandu e do Águia e, seguramente, todos os amantes do esporte".

A maior parte dos recursos será repassada pelo Banpará, banco estadual com acionistas privados, na forma de patrocínio. Serão R$ 500 mil até o fim do ano, sendo R$ 40 mil para Remo e Paysandu e R$ 20 mil ao Águia. Em troca, os times estamparão o nome da instituição em suas camisas e nos estádios onde jogarem. Segundo o banco, os detalhes não foram acertados. Inicialmente, os clubes pediram R$ 150 mil mensais, mas o valor foi recusado.

O governo considera a idéia "estratégia mercadológica" para "consolidação da marca". "Estou feliz, melhorou bem. Está ajudando a gente", disse Raimundo Ribeiro, presidente do Remo, que tem uma dívida de cerca de R$ 6 milhões.

Para Luiz Omar, do Paysandu, a ação ajuda a compensar a dificuldade em obter patrocínio para o futebol na região.

A exposição da marca será maior, pois os jogos, que hoje não são televisionados, passarão na TV Cultura, também estadual, o que custará R$ 136 mil do dinheiro público. Além disso, R$ 400 mil irão para a reforma do estádio estadual de Santarém, R$ 270 mil serão destinados à Federação Paraense de Futebol e outros R$ 170 mil deixarão de ser arrecadados com o desconto do aluguel do estádio Mangueirão. Por João Carlos Magalhães da
Agência Folha, em Belém.





LULA PARTICIPA DE ATO EM DEFESA DE PAULINHO

"O que aconteceu a Paulinho aconteceu a outros”

O Lula da Silva foi o convidado especial de um ato na noite desta quinta-feira em defesa do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, acusado pela Polícia Federal (PF) de uso ilegal de recursos do BNDES. Ao participar da festa de 20 anos da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, entidade ligada à Força Sindical presidida por Paulinho, Lula pediu apoio da platéia ao parlamentar:

Está acontecendo com o Paulinho o que já aconteceu com outros. Na hora em que a dificuldade entrar na nossa porta não joguemos a dignidade pela janela. O direito de andar de cabeça erguida é uma coisa que não tem preço.



CUT QUER QUATRO DIAS DE SALÁRIO DO TRABALHADOR

Governo enviará ao Congresso proposta das centrais para mudar imposto sindical, que hoje é de 1 dia de trabalho

A CUT e as maiores centrais sindicais do país vão brigar no Congresso pela aprovação de um novo tributo, em substituição ao imposto sindical obrigatório, que pode garfar até 1% dos ganhos anuais do trabalhador, o que corresponde a 13% de um salário mensal. Atualmente, o imposto sindical cobra um dia de trabalho por ano, o equivalente a 3,33% de um salário, descontado a cada mês de março de quem tem carteira assinada. Se a proposta for aprovada, o desconto nos contracheques poderá representar quase quatro dias de salário.

Em reunião das centrais ontem com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ficou decidido que o governo enviará o projeto que cria a contribuição negocial ao Congresso, substituindo o imposto sindical e as contribuições assistencial e confederativa. No entanto, caberá ao Congresso definir a alíquota da nova contribuição. A proposta de 1% do salário anual foi levada ao encontro pela CUT, mas Lupi preferiu deixar ao Legislativo a decisão de quanto os trabalhadores vão pagar. — Vamos enviar o projeto sem definir o valor porque não há convergência entre as centrais — disse Lupi. De Geralda Doca - O Globo





PROLIFERAÇÃO DE SINDICATOS
Com uma simples portaria, cuja publicação em abril passou despercebida do público, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, mudou as regras para o registro de entidades sindicais, facilitando ainda mais a constituição e o reconhecimento de sindicatos, federações e confederações. A portaria amplia os poderes do Ministério do Trabalho, para tornar mais rápido o processo de registro dessas entidades. Registradas no Ministério, elas imediatamente se habilitam a participar da receita do imposto sindical e, ao se filiarem a uma determinada central sindical, aumentam a fatia desta na partilha do bolo - hoje estimado em R$ 1,3 bilhão -, reduzindo a das centrais concorrentes.

A facilidade para dispor legalmente de uma parte do imposto sindical - o equivalente a um dia de trabalho, retirado todos os anos pelo governo do salário do trabalhador - estimula a criação de sindicatos.

Reportagem publicada pelo jornal O Globo informa que existem protocolados no Ministério do Trabalho 801 pedidos de registro sindical. Chegam ao Ministério cerca de 50 novos pedidos por mês. Em média, a cada mês são concedidos 22 registros, documento que habilita as novas entidades a ganhar sua fatia do bolo do imposto sindical. Assim, a cada dia útil uma nova entidade sindical é formalizada no País. Opinião do Estado de São Paulo – Leia materia completa
aqui



Enquanto isso: DESEMPREGO CRESCE E RENDA NÃO CONSEGUE ACOMPANHAR INFLAÇÃO - Com o crescimento do desemprego, a massa de rendimento real efetivo da população caiu. Leia mais
aqui, no Estadão





PAÍS TEM MAIS DE 700 MIL CARGOS DE CONFIANÇA
O último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que há mais de 700 cargos em comissão no Executivo, Legislativo e Judiciário de todo o país. Nas prefeituras dos 5.564 municípios do país, são mais de 500 mil funcionários comissionados. Nos governos estaduais, mais de 150 mil ocupam cargos de confiança. – Saem os parentes, entram os amigos do rei – diz o diretor-executivo da Transparência Brasil, Cláudio Weber Abramo. Jornal Zero Hora





MARTA É VAIADA DURANTE 10 MINUTOS EM PALESTRA PARA 500 UNIVERSITÁRIOS

A candidata a prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) passou pela primeira vez na campanha pela saia-justa de enfrentar os protestos de eleitores contrários à sua candidatura. Recebida sob vaias e com cartazes hostis, ela só conseguiu falar para uma platéia de cerca de 500 estudantes depois de dez minutos de protestos.

Marta chegou ao auditório da universidade FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) com 45 minutos de atraso, às 20h15. Ela atravessou sob vaias o palco até o centro da mesa onde faria a palestra. Alguns alunos exibiram faixas de protesto. Uma delas dizia que a candidata respondia a sete ações na Fazenda Pública, outras lembravam da frase "relaxa e goza", dita por ela no ano passado em pleno caos aéreo. Um terceiro cartaz perguntava: "Qual é a "taxa" da palestra?", em referência às taxas de lixo e de iluminação pública que ela criou quando foi prefeita da cidade. Leia mais aqui, na Folha Online




PETISTA CAUSA PREJUÍZO DE R$ 23 MILHÕES À PREFEITURA DE SP
O governo Marta Suplicy (PT) causou um prejuízo de R$ 23,2 milhões à Prefeitura de São Paulo, deixando dívida de R$ 107,9 milhões, ao suspender parcialmente a contribuição do município para o Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público), informa nesta sexta-feira
reportagem de Catia Seabra e Conrado Corsalette, publicada pela Folha (a íntegra da reportagem está disponível para assinantes do UOL e do jornal). Folha Online – Leia a apresentação da matéria aqui





MAIS ASSALTO: COMISSÃO DE ANISTIA BENEFICIA EX-VEREADORES
A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça já analisou e aceitou, entre 2007 e 2008, 8.924 pedidos de anistia de ex-vereadores. A comissão concedeu a eles a permissão para a contagem do tempo de serviço, para fins de aposentadoria, da época em que trabalharam em Câmaras Municipais gratuitamente, durante o regime militar. Só em 2008, foram 853 pedidos aceitos. A Comissão negou, porém, pedidos de indenização. Até dezembro devem ser analisados mais 4 mil processos.

Por força de atos institucionais baixados pelos militares, eles não tiveram direito a salário, mas exerceram o cargo sabendo que nada receberiam. Segundo Marcelo Torelly, assessor do presidente da Comissão, Paulo Abrão Pires Junior, a lei 10.559 de 2002 reconhece os direitos de vereadores que foram compelidos a exercer gratuitamente mandato eletivo, por força de atos institucionais. Por Cristiane Jungblut – O Globo

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