“Dar proteção política aos terroristas é violar as normas das Nações Unidas", disse Álvaro Uribe, em Atlanta, onde se encontra em um foro comercial junto a outros dignitários da América Central.
"Acabaremos com esses terroristas (das Farc)", afirmou o mandatário colombiano. "Quando se tem estado de direito de boa fé como o Estado da Colômbia, não existe lugar no mundo que vá dar abrigo para terroristas".
A 'CHANCELER' DAS FARC NO EQUADOR É A MULHER A QUEM DANIEL ORTEGA DEU ASILO POLÍTICO
"Esperanza" (esq.), em 2004 em Quito, durante a perseguição da inteligência ao guerrilheiro 'Simón Trinidad'(dir.).
Uma fonte policial em Quito disse ao EL TIEMPO que 'Esperanza' é Nubia Calderón, a companheira de Franklin Aisalla, o equatoriano morto no ataque em que morreu 'Raúl Reyes'. Segundo Ortega, a mulher solicitou asilo à embaixada da Nicarágua em Quito, e em seguida foi trasladada a Manágua, onde é atendida em um hospital, devido aos ferimentos sofridos durante o ataque, e também por uma enfermidade da qual padece há anos.
De Calderón foi companheira do equatoriano Franklin Aisalla, que morreu nessa mesma operação militar junto com o segundo comandante das Farc, 'Raúl Reyes'. Calderón estava radicada no Equador onde, inclusive, obteve duas cédulas de identidade; uma com seu próprio nome, na qualidade de residente estrangeiro, e outra com nomes falsos.
Anos atrás, a mulher havia sido detida durante uma operação de controle na fronteira entre o departamento colombiano de Putumayo e a província equatoriana de Sucumbíos, portando uma cifra importante em dinheiro. Uma gestão do consulado colombiano, nessa província, permitiu que ela permanecesse em liberdade, e foi Aisalla quem reclamou o dinheiro encontrado com ela. Logo, surgiram fotos tiradas em Quito, onde ela aparece ao lado do guerrilheiro das FARC, 'Simón Trinidad', agora detido, e em outras fotos junto a Raúl Reyes.
De Calderón, que segundo as investigações havia convivido em diferentes lugares de Quito junto a Aisalla, não se sabia, até então, seu paradeiro desde a destruição do acampamento de Angostura. O governo equatoriano não emitiu nenhum comunicado a respeito.
“ASILO NÃO É PARA TERRORISTAS” – URIBE
De Atlanta o presidente colombiano disse ao presidente da Nicarágua que o problema se soluciona se as guerrilheiras forem desmobilizadas.
O presidente Álvaro Uribe propôs ontem ao seu homólogo da Nicarágua, Daniel Ortega, que desmobilize as colombianas que ele tem asiladas atualmente em seu país.
“Se essas mulheres firmarem um acordo por lá, com o Governo da Nicarágua, dizendo que se desmobilizam da guerrilha colombiana, magnífico (...) a Colômbia aceitaria isso", afirmou Uribe ao responder o anuncio de Ortega, feito no domingo, de acolher a colombiana "Esperanza", apontada como guerrilheira das FARC, que, tudo indica, foi ferida durante o bombardeio ao acampamento de 'Raúl Reyes' em março passado.
Nubia Calderón é seu verdadeiro nome, e ela tem uma relação amorosa com Franklin Aisalla, o guerrilheiro equatoriano morto nessa mesma operação. Com Calderón já são três colombianas protegidas pelo governo nicaragüense. As outras duas são Martha Pérez e Doris Torres, também feridas no bombardeio, e que receberam asilo em abril.
Durante a entrevista dada à imprensa em Atlanta, E.U., o presidente Uribe assegurou que se as subversivas forem desmobilizadas "o presidente Ortega tem, ao mesmo tempo, a possibilidade de protegê-las e de não incentivar o terrorismo na Colômbia”.
Com antecedentes
O mandatário lembrou que essa mesma fórmula já foi aplicada no passado com o guerrilheiro das Farc Jairo Cuarán Collazos, que chegou ao Chile em 2003.
“Certa vez, o presidente Lagos do Chile me procurou dizendo que havia um guerrilheiro que não podia ser extraditado de seu país, porque ele tinha se casado com uma chilena e tinha tido um filho com ela. A solução que encontramos foi que ele se desmobilizasse das Farc. Deu uma declaração ante as autoridades chilenas nesse sentido e se resolveu o problema", explicou.
Apesar de abrir esta possibilidade, o mandatário colombiano censurou que se outorgue asilo aos guerrilheiros. "O direito de asilo no mundo não é para terroristas. Dar proteção política a terroristas é violar as normas das Nações Unidas”, enfatizou.
Uribe aproveitou a presença dos presidentes da Guatemala e El Salvador na roda de imprensa, para dizer que nesses países "as guerrilhas brigavam contra as ditaduras", porém, a Colômbia "sofre o terrorismo narcotraficante contra a democracia".
E completou que ele tem outras preocupações: "Por outro lado estou muito ocupado, porque os 'Reyes Magos' eram três, e se foi apenas um. Faltam-nos os outros”, disse em referência aos chefes das FARC. Por Andrés Gomes Ososrio - Enviado especial a Atlanta, E.U. – El Tiempo. Tradução de Arthur (MOVCC)
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou uma audiência pública para ouvir o ex-padre Olivério Medina, o embaixador das FARC no Brasil, que, segundo a Revista Cambio, é suspeito de atuar como elo entre a organização e autoridades do governo brasileiro. A data do depoimento não foi marcada e, por tratar-se de um convite, Medina tem o direito de não comparecer, informou a Câmara.
O suposto vínculo foi noticiado em julho pela revista colombiana Cambio, com base em 85 e-mails que teriam sido trocados entre Medina e o ex-líder das Farc Raúl Reyes, morto em março. As mensagens teriam sido trocadas entre 1999 e fevereiro de 2008.
Nos e-mails seriam citados contatos entre as Farc e membros graduados do governo brasileiro, do PT, de líderes políticos e do Judiciário. Os e-mails teriam sido encontrados nos computadores de Reyes.
Medina vive no Brasil desde 1997 e ganhou a condição de refugiado político em 2006. Tem mulher e filha brasileiras.
Para o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), autor do pedido de audiência, o depoimento vai mostrar se há desrespeito à lei brasileira que impede a atividade política de refugiados no país. Ele quer esclarecer também se Medina tem de fato relações com autoridades brasileiras e se os e-mails são verdadeiros. Reuters
COMENTÁRIO
Não existe nada mais INDECENTE do que dar asilo a um terrorista, e tolerar que a diplomacia do submundo tenha nomeado seu EMBAIXADOR, aqui no BRASIL. É de arrepiar a LAMA.
Se existe algum desrespeito, deputado Jungmann, é para com a Colômbia. O governo brasileiro não se cansa de dar provas sobre seus vínculos umbilicais com membros das FARC.
Uma semana depois da publicação da revista Cambio, o asilo de Medina ( o embaixador das FARC no Brasil) foi renovado apressadamente pelo Palácio. Provavelmente, por receio de que o governo colombiano ganhasse força (a partir das revelações feitas pela revista) para pedir novamente a extradição do terrorista, cuja mulher é funcionária de Lula.
O fato de Medina ter mulher e filho, brasileiros, não quer dizer absolutamente nada. De acordo com a matéria acima, poderia ser feito um acordo junto das autoridades brasileiras, para que Medina fosse forçado a se desmobilizar das FARC, muito embora essa possibilidade seja considerada uma agressão à Colômbia que, com razão, não concorda que se dê asilo a terroristas. Porém, nem isto será possível aqui no Brasil, porque as “otoridades”, além de não reconhecerem as FARC como terroristas, fazem questão acobertar suas atividades.
O deputado Jungmann merece nosso respeito, pois foi o único, pelo visto, a dar importância à denúncia sobre os elos FARC-PT/LULA. No entanto, querer basear-se no depoimento de um terrorista para “mostrar se há desrespeito à lei brasileira”, esperar que o Medina admita suas relações com o governo Lula, soa ridículo demais. Ou, é muita inocência do deputado, ou chega a ser má-fé. Será?
Bom, depois de toda manobra da base governista para impedir que o Medina fosse chamado, ainda resta ao terrorista a possibilidade de recusar o “convite” para a audiência pública. – Quem precisa de mais provas? Por Gaúcho/Gabriela
Enquanto isso...ele nos distrai!
O CAPETA DE TÓGA E O MANTRA DA DEMOCRACIA
“Uma autêntica democracia tem que se arriscar para avançar”
O juiz espanhol Baltasar Garzón durante visita ao memorial pelas vítimas de tortura na ditadura na antiga sede do Dops, hoje Estação Pinacoteca, no centro de São Paulo, nesta segunda. (Foto: AFP)
Durante o seminário “Direito à Memória e à Verdade”, realizado em São Paulo, nesta segunda-feira (18), o juiz defendeu o julgamento do presidente George W. Bush pelos crimes cometidos durante as incursões norte-americanas no Oriente Médio e criticou as violações aos direitos humanos cometidas na base militar de Guantánamo, que recentemente condenou a cinco anos de prisão o ex-motorista de Osama bin Laden, o iemenita Salim Hamdan. “Há centenas de presos e apenas 14 casos concretos contra eles”, declarou.
“Quando é para punir narcotraficantes, nenhum Estado discute soberania e todos festejam a intercooperação entre juízes internacionais. Mas ninguém quer aplicar as leis internacionais em carne própria [dos estadistas] ou prejudicar suas relações comerciais”, disse o juiz espanhol, que disse torcer para que o democrata Barack Obama ganhe as eleições nos EUA.
O seminário em São Paulo, promovido pela revista CartaCapital e pelo governo brasileiro, acontece em meio ao debate sobre a punição aos agentes públicos que cometeram crimes de tortura e assassinatos durante a ditadura militar do país (1964-1985). A punição é defendida principalmente pelos ministros Tarso Genro (Justiça) e Paulo Vannuchi (Secretaria Especial de Direitos Humanos, presente no seminário desta segunda), mas rechaçada fortemente pelos militares. Leia mais aqui, no Portal G1
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