¿Vítima ou manipuladora?

A presidenta argentina tenta restaurar sua imagem - Por Jorge Marirrodriga – El País

¿Uma ingênua vitima de uma conspiração econômica-mediática ou uma manipuladora de cifras que atacou a principal fonte de riqueza da Argentina? As duas definições sobre a presidenta Cristina Fernández foram ouvidas na tarde de sábado e na madrugada de ontem em Buenos Aires.

A primeira se ouviu dela própria em uma roda de imprensa, cuja novidade principal foi que se tratou do primeiro encontro, cara a cara, com vários meios de comunicação, desde que Cristina assumiu a magistratura do país.

A segunda definição aconteceu em um ato de muito maior impacto: na inauguração de uma das principais feiras agropecuárias do mundo, onde estavam representados os únicos poderes que até agora foram capazes de derrotar politicamente aos Kirchner. A guerra entre as duas visões diferentes sobre o que deve ser a Argentina segue aberta.

"Quando se ofende o campo, se ofende ao povo, e quando se ataca o campo, se ataca a Argentina", afirmou Luciano Miguens, presidente da Sociedade Rural, uma das quatro entidades agrárias que, opondo-se aos altos impostos, desencadeou os maiores protestos sociais no país desde a catástrofe de 2001 e logrou a derrota do polemico projeto kirchnerista no Congresso argentino.

A presidenta reservou sua agenda durante à tarde para dar a primeira entrevista de imprensa desde que se tornou a mandatária. Fernández, famosa por suas desqualificações constantes aos jornalistas e meios de comunicação, desta vez optou por uma mudança estratégica, por influência de seu novo chefe de Gabinete, Sergio Massa. Porém, a novidade não passou disso.

Igualmente ao que sempre ocorreu em suas retóricas, nos últimos meses, durante a crise no campo, a intervenção da presidenta gerou mais expectativa prévia do que resultados por suas palavras.

Porém, desta vez, a mandatária não se impôs através cadeia nacional de transmissão e, assim, em pleno sábado à tarde, teve que competir com uma programação normal de televisão. E as emissoras, em geral, optaram por transmitir os Simpsons, folhetins e musicais. Matéria completa aqui, no El País. Tradução de Arthur (MOVCC)



O CUSTO DA IMAGEM DO LULA
Como não podia deixar de ser, o nosso mandatário tupiniquim – defensor dos presidentes oprimidos e rechaçados pelos seus povos - encontra-se na Argentina, ao lado da presidenta mais rejeitada de todos os tempos, para dar aquela força. Exatamente como ele fez dias atrás na Bolívia, ao aparecer junto de Evo Morales, numa cidade oposicionista ao governo, despejando uma fortuna para fazer estradas naquele país.

Lula deve acreditar que pode fazer milagres ao emprestar sua sagrada imagem, posando junto dos companheiros “maltratados” pelo povo; que ela (a sua imagem) tem o poder de influenciar e inverter o resultado das pesquisas de opinião, onde os colegas amargam índices baixíssimos de aprovação popular.

Muito convenientemente, no sábado (02), a BBC divulgou o resultado de uma pesquisa feita pela consultoria argentina Giacobbe, que apontou Lula da Silva como o líder latino-americano que tem a melhor imagem entre os argentinos. Uma bela preparação de terreno, não fosse por um fato incontestável que não deixa margem para enganos: se o povo argentino está com o campo, ele deve saber que o Lula da Silva não está. Que o diga a sociedade rural brasileira. Aliás, muito pelo contrário, o Lula alimenta financeiramente os grupos hostis ao campo (MST & Cia.).

Se o brasileiro não consegue fazer uma simples conta - de quanto são 2 +2 - o povo argentino já provou que sabe fazer muito mais. Enquanto nós engolimos passivamente os escrachos de Lula da Silva, os argentinos fazem seus panelaços barulhentos que não deixam dúvidas sobre o que é ser um povo que exige respeito.

A propósito: O Chávez irá se reunir aos dois presunçosos (Lula e Cristina), durante a tarde para uma minicúpula. O custo desse apoio à presidenta fracassada vai ser nosso, mais uma vez. Por Gaúcho/Gabriela



BNDES VAI FINANCIAR AVIÃO DA EMBRAER PARA A ARGENTINA
Segundo o jornal "Ámbito Financiero", a Argentina estaria negociando a compra de aviões da Embraer para fortalecer a frota da recém-estatizada Aerolíneas Argentinas, que deixou milhares de passageiros presos em aeroportos nos últimos dias por overbooking e falta de aeronaves. Como a empresa tem dívida de US$ 890 milhões e o governo não teria fundos para renovar a frota, a aquisição seria feita com empréstimo do BNDES. O banco não comentou a notícia. O secretário de Transporte argentino, Ricardo Jaime, viaja ao Brasil na próxima semana para iniciar as negociações.

Após o desentendimento em questões de comércio internacional, a Argentina quer resolver com o Brasil uma questão bilateral: o déficit no comércio entre os dois. Na terça, o secretário de Indústria argentino, Fernando Fraguío, afirmou que apresentará a Lula proposta para reduzir pela metade, em três anos, esse déficit, que chegou a US$ 4 bilhões em 2007. Fonte – Aduaneiras


Comentário: Deviam mudar o nome do BNDES para BSDES – Banco Sul de Desenvolvimento.

Um comentário:

Anônimo disse...

We should have a great day today.