BOLÍVIA – Afinal, quem está matando quem?

DEFENDER O “PROCESSO DE MUDANÇA” ou “MORRER PELA PÁTRIA”

A radicalização de Evo Morales é o que está matando os civis


O Evo Morales, disse neste sábado (13) que os movimentos sociais devem defender "o processo de mudança" fomentado por seu governo ou "morrer pela pátria", em meio ao que considerou um impulso conspirativo da oposição, mobilizada em cinco regiões do país. Ele conclamou a seus partidários a lutar contra 'os fascista' que querem derrotá-lo de qualquer forma.

"Sempre gritamos 'pátria ou morte', se não podemos vencer temos que morrer pela pátria e pelo povo boliviano", afirmou Morales em uma concentração de sindicatos cocaleiros no departamento de Cochabamba, onde entregou ambulâncias doadas pela Venezuela e pela Espanha.

O presidente declarou ainda que a luta "para chegar ao governo não foi de graça". E isso, disse, não foi seu esforço pessoal, mas sim "o esforço de todos nós, e essa luta não pode ser em vão". - “Este índio vai ficar no governo por muito tempo. E se não podemos vencer então teremos que morrer. Esta revolução democrática e cultural deve ser terminada, deve ser concluída", sentenciou. Correio Braziliense





GOVERNO ESTÁ DISPOSTO A TUDO PARA APROVAR SUA CONSTITUIÇÃO

Durante a reunião do prefeito de Tarija Mario Cossío teve com o vice-presidente da República Alvaro García, o segundo mandatário deixou bem claro que o governo está disposto a tomar qualquer medida política ou de força para derrotar a “media luna autonomista” e aprovar seu projeto de Constituição Política do Estado.

“O prefeito de Pando (Leopoldo Fernández) vai entrar no cárcere, porque vai lhe fazer bem, e nós vamos seguir adiante. Vocês até podem meter-me no cárcere, depois, eu já estive nele”, disse o segundo Mandatário aos seus interlocutores representantes da oposição regional. La Patria



EVO ORDENA A CAPTURA DO GOVERNADOR DE PANDO
O governo boliviano ordenou no sábado a captura do governador do Departamento de Pando por supostamente ter contratado pessoas para atacar camponeses, deixando vários mortos em meio à violência política no país. "Vamos prendê-lo onde estiver em Pando", afirmou a uma rádio o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana.





MILITARES VENEZUELANOS PODEM TER SIDO ENVIADOS A PANDO PARA REFORÇAR EXÉRCITO BOLIVIANO

Militares venezuelanos podem ter sido enviados a Pando para reforçar o Exército Boliviano. A notícia fez com que separatistas fossem ao Aeroporto Internacional Capitão Aníbal Arab Fadul, em Cobija, capital de Pando, mas foram reprimidos pelas forças militares.

Os soldados bolivianos, armados com fuzis russos AK-47, atiraram para dispersar os manifestantes. Até governador de Pando, Leopoldo Fernandez, um dos opositores de Evo Morales, esteve no aeroporto para verificar se a informação era verdadeira.

O aeroporto foi fechado para receber cerca de cem soldados bolivianos, o que aumentou a violência em Pando. Os manifestantes ainda tentaram invadir a pista para agredir os militares, mas foram afastados com tiros. Um homem e duas mulheres foram atingidos durante o conflito. Os tiros atingiram as vidraças do aeroporto.

Um segundo grupo de opositores a Evo Morales retornou ao aeroporto. E, segundo informações, mais pessoas ficaram feridas. Ambulâncias foram ao local. Jornal Tribuna do Acre




A VIOLÊNCIA CHEGA A EL TORNO. DEIXOU FERIDOS E DESAPARECIDOS

Acredita-se que ao menos 5 jovens foram levados como reféns pelo militantes do MAS (partido de Evo). Os feridos foram evacuados dos hospitais e clínicas de Santa Cruz, por temor de que os campesinos tomem hospital local

A imprensa foi atacada
Jornalistas, fotógrafos e câmeras de diferentes meios de comunicação local, que cobriam as ocorrências foram agredidos pelos campesinos. Angel Farell Jiménez, fotógrafo do El Deber, recebeu uma paulada na cabeça, foi apedrejado e levou chutes que o deixaram muito ferido; ele foi levado para a clínica Niño Jesús. Seu equipamento de trabalho que foi destruído. José Luis Patuy, o jornalista da rede Uno e Cristian Peña y Lillo tiveram que se refugiar dentro de hospital de Jorochito para não serem atacados. El Nuevo Dia


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A VACA ATOLADA – Por Percival Puggina

Em 1996, a Bolívia abriu suas reservas petrolíferas e refinarias aos investimentos externos. As instalações estavam sucateadas e o país não tinha meios financeiros. A Petrobras entrou no sistema, investiu em tecnologia, qualificou as instalações, capacitou recursos humanos, construiu 3 mil quilômetros de gasodutos até o Brasil e, principalmente, criou uma demanda para 85% do gás boliviano. Hoje, com o mercado consumidor daqui, a Petrobras responde por 15% do PIB daquele país e por algo entre 20% e 30% de sua receita tributária.

Não obstante, o Brasil se tornou alvo para a demagogia esquerdista e que elegeu Evo Morales. “O Brasil enriquece a custa da nossa pobreza!” E todos lembram do que ocorreu em 2006: desapropriação, presença do exército nas usinas e discursos veementes contra os brasileiros gananciosos que sugavam as riquezas bolivianas sem uma conveniente retribuição. Em resposta, o Brasil falou grosso, depois falou fino e, finalmente, bonzinho, recuou. Há dois meses, a Petrobras anunciou que vai investir mais US$ 1 bilhão na Bolívia. Pode?

Pode. No começo dos anos 90, o Brasil assinou um acordo binacional que lhe garantia gás argentino posto na cidade de Uruguaiana. Dali, o gasoduto seguiria para Porto Alegre. Em Uruguaiana seria construída uma grande usina termelétrica (600 MW). Tudo certo e assinado? Tudo certo e assinado. Ficou pronto o gasoduto até a usina. Inaugurou-se a termelétrica. E o gás subiu de preço. Pior, começou a faltar. Ué! Cadê o gás que estava aqui? O gato aspirou.

O país vizinho, por falta de investimentos, entrou em crise energética e restringiu a torneira situada na província de Entre Rios. O brasileiro, bonzinho, reviu o acordo binacional e aceitou a redução do fornecimento. E aí o gás acabou. Como assim, “acabou”? Acabou, mesmo, de vez. Deve ter havido um movimento tipo “El gas es nuestro!”. Agora, a usina de US$ 350 milhões está para ser desmontada e vendida. Pode?

Pode. Na década de 70, o Brasil decidiu construir Itaipu. O Paraguai não tinha dinheiro nem crédito para dividir ao meio o investimento. Entrou com metade da água e da vontade, para receber 50% da energia. É essa energia que viabiliza a equação paraguaia no investimento. Assim: da metade da energia que lhe corresponde, o Paraguai, que só tem mercado para cerca de 10%, vende o excedente ao Brasil. A diferença entre o preço dessa venda e a tarifa no mercado brasileiro cobre a parte paraguaia no financiamento.

É esse acordo que Fernando Lugo, o novo demagogo esquerdista alçado ao poder na América Latina, quer rever. A exemplo de Evo Morales, ele fez campanha prometendo acabar com a exploração imperialista brasileira. De novo, o Paraguai é pobre porque o Brasil é rico... Tá bem. E o brasileiro, bonzinho, vai aceitar. Alega o mandatário que seu país tem imensos excedentes energéticos e em nada se beneficia disso. Esquece-se, no entanto, de que recebe energia a troco de banana e andaria a toco de vela não houvesse o Brasil assumido os encargos e riscos de Itaipu.

Pessoalmente extraio duas lições desses três fatos. A primeira é a de que o Mercosul atolou e só vai andar quando os países-membros adotarem instituições mais sérias e menos sujeitas ao acasalamento da baboseira ideológica com a demagogia. E a segunda é a de que os investimentos que o Brasil está fazendo nos países vizinhos são de altíssimo risco porque as assinaturas se depreciam com o passar do tempo. Jornal Zero Hora

Um comentário:

Anônimo disse...

Morra você, seu índio maldito! Deixa esse povo viver em paz. Esse índio merece um tiro no meio dessa BOCA. Bandido e mentiroso! Está armado até os dentes, matando o povo, e colocando a culpa nos governadores. Já conhecemos essa ladainha.
Olha aqui amigos, estamos vendo o nosso futuro, Ok?