FBI GRAVA CONVERSA SOBRE DÓLARES DE CHÁVEZ PARA CRISTINA
Agrava-se a crise política na Argentina detonada pela prisão nos Estados Unidos de um venezuelano que desembarcou em Buenos Aires com uma maleta cheia de dólares - 800 mil ao todo, remetidos por Hugo Chávez para pagar despesas de Cristina de Kirchner, na época candidata a suceder seu marido como presidente da República. O FBI gravou conversa entre o venezuelano e um advogado em Miami. E a conversa prova o que Cristina e Chávez atribuem a uma conspiração made in EUA para desestabilizá-los. Leia mais em espanhol: Antonini dice que el Gobierno le prometió "bancarlo hasta la muerte"
EM BUSCA DE DESCULPA
Chávez, Cristina e o caso da mala – Expulsão de embaixador para desviar as atenções das ligações com as Farc – Revista Veja
A expulsão do embaixador americano, na quinta-feira passada, foi justificada pelo presidente Hugo Chávez como uma manifestação de solidariedade ao boliviano Evo Morales, que rachou seu país em dois e colocou a culpa no "imperialismo". No dia seguinte, duas notícias vindas dos Estados Unidos desvendaram a real face da manobra chavista: desviar a atenção de revelações sobre crimes cometidos por gente de sua confiança. Três membros do governo venezuelano tiveram seus bens congelados pelo Departamento do Tesouro americano por patrocinar o terrorismo.
De acordo com as provas existentes nos computadores das Farc capturados em março, Rodríguez Chacín, que foi ministro do Interior, auxiliou os narcoterroristas a transportar drogas, comprar armas e obter um empréstimo de 250 milhões de dólares. A outra notícia foi a confirmação do envolvimento de Chávez no dinheiro sujo que apareceu na campanha eleitoral da presidente da Argentina, Cristina Kirchner. O escândalo, conhecido como "caso da mala", foi descoberto em agosto de 2007, quando o empresário venezuelano Guido Alejandro Antonini Wilson foi pego no aeroporto de Buenos Aires com 790 550 dólares numa mala. Depois de ter o dinheiro confiscado, Wilson se reuniu na Casa Rosada com o ministro do Planejamento argentino, Julio de Vido, antes de voltar para Miami, onde mora.
SURGEM AS PROVAS DE QUE O DINHEIRO SUJO ERA PARA A CAMPANHA DE KIRCHNER
Da mesma maneira como orquestraram o envio do dinheiro, as autoridades dos dois países conspiraram para tentar abafar o caso. Chávez designou o chefe da agência de inteligência do país, o general Henry Rangel Silva – que também está entre os acusados de colaborar com as Farc –, para resolver o problema. Rangel foi a Miami tentar subornar Antonini para que não revelasse a origem do dinheiro. O homem da mala seria levado para a Argentina, onde o julgariam por lavagem de dinheiro, com as despesas pagas pelo governo da Venezuela.
Os presidentes da Argentina e da Venezuela garantiam que ele não iria para a prisão. Entre as diversas propostas de suborno oferecidas estavam privilégios no comércio de carne argentina e até o controle de uma refinaria da petroleira venezuelana. Antonini desconfiou: "Isso é mentira. É o mesmo que eu quebrar um copo e você me oferecer um iPhone". Temendo ser preso, o empresário rejeitou as propostas e passou a cooperar com o FBI na investigação. Como resultado, Antonini, que já foi recebido na Casa Rosada, hoje é chamado de "um personagem nefasto que faz negócios com dinheiro sujo" pelos kirchneristas. Toda a negociação foi gravada pelo FBI e agora não há como Chávez e Cristina negarem o envolvimento.
SOBRE O ENCONTRO DA UNASUL, HOJE, NO CHILE
Que o Chávez queira fazer circo para despistar a opinião pública de seu rastro gosmento, inclusive na Argentina, vá lá. Ninguém espera mais nada de Chávez, a não ser atitudes covardes.
Agora, os mandatários da América Latina se ocuparem de fazer parte desse “picadeiro” (UNASUL), em plena segunda-feira, é grave. Sinal que são uns desocupados. Pior: além de apoiarem a ditadura de Morales, vão tentar amoitar as maletas que elegeram a companheira incompetente da Argentina.
É um bando de abestalhados ensaiando seu “grito de guerra”, para o nada, inventando tentativas de golpes para disfarçar sua extrema incompetência e falta de moral.
Passando pelos jornais americanos não vimos uma só manchete, uma linha que fosse, dedicada a esse encontro entre as bestas latinas. Os americanos estão, sim, preocupados em refazer-se dos estragos provocados pelo furacão Ike - como convém a uma Nação que respeita seus cidadãos. Bem ao contrário desses botocudos que agridem seus povos e depois se juntam para apontar outro culpado. Por Gaúcho/Gabriela
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