Oposicão a Morales virá ao Brasil para denunciar violência

Os opositores do presidente boliviano Evo Morales reunidos no Comitê Cívico Santa Cruz anunciaram na noite desta quinta-feira que enviarão uma missão para o Brasil, Argentina, Chile e Paraguai para "denunciar a violência do governo do presidente Evo Morales".

O comunicado, divulgado poucas horas antes do fim da primeira reunião entre Morales e os governadores da oposição, informa que o presidente do Comitê, Branko Marinkovic, denunciará, neste giro, "atos de violência provocados pelo Movimento ao Socialismo (MAS, partido do governo)" em Pando e as "ameaças" oficialistas em torno do processo de diálogo em Cochabamba.

"Fizemos todo o possível para evitar a violência. Suspendemos os bloqueios de estradas, devolvemos instituições públicas e estamos numa mesa de diálogo."
"Apesar disso, o governo Morales insiste em cercar Santa Cruz e o lugar de diálogo em Cochabamba para amedrontar todos os que estão nesta mesa", disse Marinkovic.

Ele disse estar preocupado com os "sinais de violência" dos seguidores do MAS nas comunidades rurais de Santa Cruz – Yapacaní, Quatro Canhadas e San Julián. Foi destes lugares que partiram grupos de manifestantes contrários aos líderes opositores de Santa Cruz. "Com a ajuda de militares venezuelanos, eles ameaçam cercar o Departamento (Estado) de Santa Cruz", acusou.


AJUDA DO BRASIL
O primeiro vice-presidente do Comitê, Luis Núñez, disse à BBCBrasil por telefone que o roteiro e as datas destas viagens ao exterior serão definidos numa reunião nesta sexta-feira.

"Os seguidores do senhor Morales estão vindo pra cá e estão armados com dinamite e armas de fogo. Pedimos a ajuda e a solidariedade do Brasil porque aqui vivem muitos brasileiros", disse. "Ele mesmo (Morales) já tinha dito que a suspensão dos protestos era a condição para o diálogo. Mas hoje (quinta-feira) cercaram o local da reunião em Cochabamba para amedrontar os participantes. E os movimentos indígenas continuam sua caminhada de pressão, vindo aqui para Santa Cruz. Estão nos provocando. Isso não é democracia", afirmou. Leia mais
aqui, na BBC Brasil





EB OCUPA PONTE DA FRONTEIRA APÓS MASSACRE NA BOLÍVIA

Homens do Exército brasileiro ocuparam durante a noite de quinta-feira as cabeceiras das pontes das cidades de Epitaciolândia e Brasiléia, no Acre, que dão acesso à Cobija, capital do departamento de Pando, na Bolívia, onde vigora estado de sítio há mais de uma semana.

Dez dias após o auge do tensionamento na fronteira, o Exército saiu do quartel, mas dois oficiais que se deslocaram para posicionar 10 homens armados nas duas pontes, disseram que não estavam autorizados a prestar qualquer esclarecimento sobre a operação. Eles assumiram as posições que eram ocupadas por homens da Polícia Militar do Acre, responsáveis pela segurança na ponte Wilson Pinheiro, em Brasiléia, e na de Epitacilânida, onde funcionava um posto de fiscalização da Receita Federal. A cidade é uma das portas de saída na rota por onde passa boa parte da cocaína e armas ilegais distribuídas em território brasileiro.

Na Estrada do Pacífico, que liga o Brasil ao Peru, a fiscalização é precaríssima. A rodovia tem facilitado a passagem dos narcotraficantes peruanos, bolivianos e brasileiros. O Acre nada exporta através da estrada, mas importa muita cocaína. A droga ingressa livremente por falta de estratégia de fiscalização e segurança dos governos federal e estadual para a região. Leia matéria completa
aqui, no Blog da Amazônia – Via Portal Terra





CHÁVEZ PRECISA DE UM ESTÁBULO URGENTE

Diretor para as Américas da Human Rights Watch é expulso da Venezuela após críticas a Chávez

A Venezuela expulsou o diretor para as Américas da organização não-governamental Human Rights, Jose Miguel Vivanco, dizendo que ele fez sérias ofensas ao país. Horas antes, a Human Rights havia divulgado um relatório crítico sobre a situação dos direitos humanos na Venezuela.
"Não vamos tolerar que um estrangeiro venha aqui tentar manchar a dignidade da Venezuela e de suas instituições", afirmou o ministro de Relações Exteriores venezuelano, Nicolas Maduro. O relatório da Human Rights afirma que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, vem minando a democracia no país desde que assumiu o poder há quase uma década.

Segundo a ONG, Chávez investe contra a separação de poderes, a liberdade de imprensa e o direito à organização sindical, entre outras acusações. Há ainda acusações de que o líder venezuelano promove perseguições políticas contra funcionários públicos que não são chavistas. As informações são da
Associated Press. Hélio Barboza – Agência do Estado




CONSELHO DAS AMÉRICAS CONDECORA LULA
O Conselho das Américas vai condecorar com a Insígnia de Ouro o Lula. A entrega será realizada na segunda (22), em Nova York, em um jantar com empresários no hotel Waldorf-Astoria, um dia antes dos debates da 63ª Assembléia Geral das Nações Unidas. A cada ano a Sociedade e o Conselho das Américas escolhem um líder de destaque na região para homenagear. No ano passado, o presidente da Guatemala, Oscar Berger, recebeu a honraria. Por
Cláudio Humberto



COMENTÁRIO
Essas condecorações são abismais, principalmente, pela pomba que oferecem a um corrupto e apoiador das Farc. Para nós, cidadãos brasileiros, que conhecemos bem os fatos deste país, pouco importa eles condecorarem o Lula da Silva ou Fernandinho Beira Mar, não é mesmo? Por Gabriela/Gaúcho




EVO VAI RECEBER DOUTORADO “HONORIS CAUSA” EM FAVOR DA HUMANIDADE


Evo Morales chegou hoje ao Panamá para reunir-se com seu homólogo Martin Torrijos, e receber um doutorado "honoris causa" em Humanidade, na Universidade Nacional do Panamá, durante uma cerimônia pública. Isto não é piada, é sério mesmo.




ANALFABETISMO: PIOR DO QUE NA BOLÍVIA

Brasil tem taxa de 10%: 14 milhões de jovens e adultos não lêem nem escrevem – Por Demétrio Weber e Letícia Lins*

O governo Lula chegou ao quinto ano com 14,1 milhões de jovens e adultos analfabetos no país, segundo a última Pnad. A pesquisa foi realizada em setembro de 2007 e revelou que o país permanecia com uma taxa de analfabetismo de dois dígitos - 10% (incluindo o Norte rural) - entre a população de 15 anos ou mais. Em números absolutos, havia mais iletrados que a população da Suécia e da Noruega juntas. De 2006 para 2007, a taxa brasileira caiu de 10,4% para 10%. No Nordeste, 19,9% da população permaneciam sem saber ler e escrever.

O ligeiro recuo na taxa nacional, porém, nada contribuiu para melhorar a posição do Brasil num ranking latino-americano de 22 nações: o país ocupava a 15ª posição, atrás de Bolívia (9,7% de analfabetos), Suriname (9,6%), México (7,6%), Paraguai (6,3%), Chile (3,5%) e Argentina (2,4%). Em situação pior, estavam apenas República Dominicana (10,9%), Jamaica (14%), El Salvador (14,5%), Honduras (16,9%), Nicarágua (19,5%), Guatemala (26,8%) e Haiti (37,9%). Cuba tem a menor taxa: 0,2%.

A comparação usou dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

- É preocupante. O número de analfabetos ainda está muito alto - disse o representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny. O IBGE calcula também o chamado analfabetismo funcional, que considera a população com menos de quatro anos de estudo. No ano passado, 21,6% dos brasileiros estavam nessa situação. No Nordeste, o índice alcançava 33,5%, ou seja, mais de um terço da população.

O Brasil Alfabetizado foi lançado em 2003, quando a prioridade do governo Lula era erradicar o analfabetismo na gestão do então ministro Cristovam Buarque. O programa investirá R$300 milhões este ano para atender 1,3 milhão de jovens e adultos. Segundo Lázaro, 30% das matrículas costumam ser de quem já sabe ler e escrever. Até hoje, o governo desconhece o impacto do programa, pois não sabe quantos alunos efetivamente são alfabetizados.
Em 1992, a taxa de analfabetismo brasileira era de 17,2%. Nesse período de 15 anos, a maior redução ocorreu no Nordeste: de 32,7% para 19,9%.

Analfabetismo é bem maior no interior do Nordeste
Não é preciso ir longe para ver que o analfabetismo vai demorar a acabar em Pernambuco, onde os próprios órgãos oficiais calculam que há 100 mil crianças fora da escola. Alberto Barbosa da Silva, de 13 anos e morador de Cabo de Santo Agostinho, é uma delas. Já tentou estudar duas vezes, mas não conseguiu aprender nada. Diz que não gosta de colégio. No ano passado, matriculou-se, mas só ficou no colégio por um mês. Não sabe ler, escrever e nem mesmo assinar o nome. Sua tia, Edite Barbosa da Silva, de 28 anos, parou de estudar ao 18. Cursou até a 4ª série: sabe ler e escrever "mais ou menos".

No Nordeste, as taxas de analfabetismo chegam a 19,9%. Mas há municípios, como Gameleira, onde 25% dos maiores de 20 anos não sabem ler nem escrever. No meio rural, esse número chega a 57%. (*) Enviada especial

2 comentários:

Anônimo disse...

Esses ASSASSINOS, se diplomam entre eles, sem o menor constrangimento, também, ninguém de bom senso para impedir essas aberrações. Estão condecorando e diplomando bandidos governantes. Que absurdo!

Anônimo disse...

Se a nossa oposição fosse menos indolente, ausente e acomodada, ela apoiaria os opositores da Bolívia. Abriria espaço para eles denunciarem a violência de Evo no Senado Brasileiro.

INFELIZMENTE, SÃO BUNDÕES!