Peixe e cachaça. Como nunca o voto custou tão barato!

Fiscais do tribunal preparam documento sobre ato político com suposta distribuição de bebida pela prefeita Núbia Cozzolino. A distribuição de cachaça durante um protesto no Centro de Magé, na última sexta-feira, apesar de ainda não comprovada, está rendendo ressaca à prefeita Núbia Cozzolino, que tenta a reeleição pelo PMDB. Fiscais do TRE no município estão preparando relatório sobre os incidentes ocorridos na passeata. O tribunal recebeu denúncias de que os manifestantes teriam recebido latas de cerveja e ‘sacolés’ de aguardente.



PT DISTRIBUI PEIXE EM RECIFE
O juiz da 8ª Zona Eleitoral do Recife, Nilson Nery, responsável pelas investigações judiciais, acolheu ontem uma representação protocolada pelo candidato a prefeito do Recife Mendonça Filho (DEM) contra o candidato a prefeito João da Costa e o presidente da Câmara de Vereadores e candidato à reeleição, Josenildo Sinésio, ambos do PT. A ação foi motivada por um suposto flagrante, registrado através de fotos e vídeos, que mostram que peixes foram distribuídos para beneficiar candidatos do PT.




QUANTO VALE O VOTO TUTELADO PELA POLITICALHA?
Pobre. O pobre não gosta de pobre, por isso sempre se dá mal. O pobre é pobre de tudo, a não ser de sem-vergonhice na cara de que é rico. O pobre e o seu maior fardo, a ignorância, são a prova inconteste do eterno retorno nietzschiano: o pobre - do ter-sido ao vir-a-ser no tempo infindo - sempre será pobre.

Só existe uma solução para o pobre libertar-se desse maldito ciclo existencial: desvencilhar-se das amarras da ignorância, a pedra amarroada que ele carrega montanha acima, mas que sempre rola abaixo num extenuante sisifismo. A maneira mais fácil de ver o porquê de o pobre não gostar de pobre é na superfície, ou seja, nos trejeitos, trajes e odores, como bem viu Lêdo Ivo, poeta imortal da ABL: ...

“Na estação rodoviária eles alteiam os pescoços como gansos para olhar o letreiro dos ônibus (pobre só viaja de ônibus!). E seus olhares são de quem teme perder alguma coisa: a mala que guarda um rádio de pilha e um casaco que tem a cor do frio num dia sem sonhos, o sanduíche de mortadela no fundo da sacola... Como os pobres são grotescos! E como os seus odores nos incomodam mesmo à distância! E essas roupas espalhafatosas, esses amarelos de azeite de dendê que doem na vista delicada do viajante obrigado a suportar tantos cheiros incômodos, e esses vermelhos contundentes de feira e mafuá?...”.

Talvez o leitor não concorde com o Lêdo, mas o pobre, este concorda. Daí nunca votar no candidato pobre, que lhe causa horror como ao diabo a cruz. Para o pobre o bom candidato é o que tem carrão do ano e mora em palácio, é aquele pobre-de-moral que se deu bem na política ou que se deu bem na vida – nada contra quem se dá bem na vida -, e almeja aumentar com mais facilidade o seu já abundoso patrimônio.

Não importa ao pobre palmilhar todas as manhãs a calçada de seu casebre construída por D. Pinto I sobre carcaças malcheirosas de peixes e ossos de chambaril.

Depois de longos quatro anos de penúria imposta a todos nós pelo voto do pobre, outra eleição.

Sete da manhã, o capim e as ervas daninhas ainda transpiram o orvalho da madrugada. O primeiro raio do sol refletido na poça lamosa que adorna a casinhola do pobre Zé ofusca-lhe os olhos remelentos, como a lhes advertir do não querem ver o óbvio: Zé vai votar no bacana, o sócio da pilhagem do erário, que lhe reservou cem reais pelo seu voto. Como uma rês no brete, Zé não sabe - ou pouco lhe faz causa -, que o delito expectante e a sua carcinomatosa ignorância têm sido o mais poderoso guardião do seu destino de pobre. O voto viciado do Zé ao mau político nos condena a todos a não ter esperança! Engenheiro, escritor e poeta wapixana - Folha Web




GRUPO INVADE GALERIA E DANIFICA OBRAS EM EXPOSIÇÃO

Um bando de 30 vagabundos invadiu a Galeria Choque Cultural em São Paulo, no último sábado, e pichou paredes, 20 obras de arte e outros objetos em exposição. A ação durou aproximadamente cinco minutos. Entre as obras danificadas estão quadros de Gerald Laing, referência inglesa da pop art, e do artista de rua brasileiro Daniel Melim.

Segundo a Folha, a ação foi organizada por Rafael Guedes Augustaitiz, cuja alcunha é Rafael Pixobomb; um bosta de um marginal que já foi expulso do Centro Universitário Belas Artes, porque pichou o prédio da faculdade. Os vagabundos fazem parte de um movimento intitulado "PiXação: Arte Ataque Protesto".

A invasão/depredação foi organizada por um e-mail onde o cretino afirmava o seguinte: "Evadiremos com nossa arte protesto uma "bosta" de galeria de arte segundo sua ideologia abriga artista do movimento underground. Então é tudo nosso [sic]". Procurado pela Folha, Augustaitiz não quis comentar a pichação e disse que "a ação falava por si mesma". Cadeia neles!

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